Com uma campanha irregular no ano de 2017, o Bahia tenta feito maior para a temporada atual, que além do Campeonato Brasileiro, estreia nas oitavas de final da Copa do Brasil e disputa a Copa Sul-Americana.
Entretanto, ainda neste primeiro semestre – antes da estreia no Brasileiro – o Tricolor de aço tem torneios regionais, como a Copa do Nordeste e o Campeonato Baiano, para preparar a equipe em vista das competições com maior importância.
Na temporada anterior – e ainda com Guto Ferreira no comando técnico – o Bahia conquistou a Copa do Nordeste e após um bom início de Campeonato Brasileiro, perdeu o comandante para o Internacional, passando a demonstrar fraquezas e instabilidades no decorrer da competição.
Próximo ao término do certame nacional e sob às mãos de Paulo César Carpegiani, o Bahia esteve brigando por vaga na Copa Libertadores até a última rodada, porém, a equipe baiana teve de se conformar com a Sul-Americana (enfrenta o Blooming-BOL na competição internacional).
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O retorno de Guto Ferreira e as expectativas para o Tricolor na temporada
Guto Ferreira, que tivera a sua primeira passagem pelo tricolor assumindo a equipe na Série B em 2016, retorna ao comando técnico do clube para tentar ‘repetir a dose’ e levar alegrias aos torcedores. Apesar da mágoa de alguns com o comandante por ter deixado a equipe para assumir o Internacional na Série B, o adepto não discute os pontos positivos do treinador frente ao Bahia.
“A escolha de Guto como técnico passa por dois fatores: primeiro que ele conquistou a Copa do Nordeste em 2017 e conhece boa parte deste elenco, além da carência de treinadores no atual cenário do futebol brasileiro” – Fabrício Carvalho, repórter do site Amor de aço.
O técnico chegou para a pré-temporada quando o clube acabara de anunciar vários reforços, dentre eles, os experientes Eugênio Mena e Nilton. Outros atletas foram apresentados, mas vale ressaltar a manutenção de jogadores importantes para o elenco: são os exemplos de Tiago, Régis e Zé Rafael.
Além dos citados, o torcedor do Bahia pôde comemorar a renovação de empréstimo do meia argentino Agustín Allione junto ao Palmeiras. Com isso, o clube paulista fica com a preferência para uma futura aquisição do atleta Zé Rafael.
“A expectativa é muito positiva! Pode-se analisar um Bahia com movimentação precisa no mercado, como consequência, contratações pontuais de atletas que chegam com boas performances recentes. Soma-se à estrutura atual do clube e fica a esperança do Tricolor realizar um grande ano” – Rafael Machaddo, repórter e setorista na Rádio Itapoan FM.
Entretanto, nem tudo são flores para o tricolor baiano no início de temporada. A equipe não conseguiu um bom arranque ao ser derrotado por Botafogo-PB na estreia da Copa do Nordeste e Bahia de Feira no estadual. Acreditem que ecoaram gritos de “fora, Guto!” na quarta partida do treinador nesta temporada (ao empatar sem gols com o Fluminense de Feira).
O Bahia consegue evolução tática, porém ainda carece na qualidade técnica
Sabe-se que no futebol do Brasil – ou talvez em boa parte do mundo – um técnico tenha que sobreviver de resultados. Porém, sempre cabem análises do padrão – técnico ou tático – de uma determinada equipe.
Ainda que o Bahia não demonstre capacidade técnica para envolver os adversários, evoluções e movimentações táticas podem ser vistas na equipe de Guto Ferreira. Como na passagem anterior, o treinador opta pela formação inicial em 4-1-4-1 com algumas variações.
A ideia de Guto é impor no time transições ofensivas e troca de passes em velocidade, com o apoio e frequentes ultrapassagens dos laterais para ter vantagem numérica diante da marcação adversária e auxílio dos pontas pelos flancos.
No meio, muitas vezes formando um “doble 5” (dupla de meio-campistas que auxiliam na marcação, mas conseguem sair para o jogo), o treinador opta por jogadores que tenham um passe refinado, possam se movimentar pelo setor e auxiliar na criatividade da equipe.
Ao recompor, ainda com esses dois meio-campistas a frente de um volante, o Esquadrão pode ser visto em um 4-1-4-1, fechando os espaços entre linhas e buscando sair com velocidade nos contragolpes.
Sem dúvidas, o reforço que mais vem agradando aos adeptos tricolores é o jovem Gregore (que estava no Santos B e pertence ao São Paulo). Ao perder Renê Júnior para o Corinthians, o Bahia parece ter encontrado um atleta que ofereça suporte ao sistema defensivo, além de ser responsável pelo “primeiro passe” da equipe.
Com a movimentação de Gregore recuando à linha de zagueiros para oferecer mais qualidade nas saídas de bola, os laterais avançam e se aproximam aos “meias de articulação” Vinícius e Élton (titulares na partida diante do Altos-PI).
Guto Ferreira deve seguir a ideia tática, mesmo com todos os atletas a disposição. As mudanças que podem ser vistas na equipe tratam-se de nomes entre os titulares.
O centroavante Kayke pede espaço (briga com Edigar Júnio pela titularidade), em contrapartida Élber ainda não conseguiu atuar bem pelo Tricolor e cede terreno.
Sugestão: como o Bahia pode atuar taticamente!
Os meias Allione, Vinícius e Zé Rafael podem atuar juntos! Vinícius e Allione (que entraria por Élton) formariam o “doble 5” para auxiliar na transição e criação das jogadas ofensivas.
Pelo flanco esquerdo, o Tricolor chegaria com força ao setor de ataque a partir dos avanços de Léo e Mena, que também se ajudariam na recomposição. No lado oposto, Zé Rafael teria liberdade para “flutuar” e se aproximar de Edigar Júnio ou Kayke no comando de ataque.
Trata-se inicialmente de um 4-1-4-1 que pode se alternar a depender da movimentação dos jogadores de meio, principalmente, Allione e Zé Rafael.
Com os avanços dos laterais – Nino Paraíba na direita e Léo na esquerda – o volante Gregore pode recompor para seguir oferecendo suporte nas saídas de bola, como demonstrado anteriormente.
Contudo, Allione e Zé Rafael seriam os responsáveis por ditar o ritmo de jogo da equipe e se aproximar do centroavante, que pode ser Edigar Júnio (com vantagem pela temporada anterior) ou Kayke (que briga pela vaga e possui características que se assemelham mais a um centroavante fixo).
*Agradecemos aos profissionais Fabrício Carvalho e Rafael Machaddo pela colaboração no texto.
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