Por @michelcorbacho
Boca Juniors e River Plate, enfim, decidiram o título da Copa Libertadores 2018, em Madri, no Estádio Santiago Bernabéu. Apesar de não ter agradado muito aos torcedores sul-americanos em ver o título mais importante do seu continente sendo disputado em outro, sem dúvidas, para a CONMEBOL foi uma tacada de mestre. Vários referentes e influencias do futebol estiveram presentes para acompanhar a ‘super Final’.
O Boca Juniors tivera iniciado melhor a partida, diferente da equipe perdida e com pouca qualidade dos últimos jogos, nos primeiros 45 minutos podemos notar um Boca organizado, sabendo o que queria e bem compactado taticamente.
Com o apoio dos extremos Pavón e Villa, a equipe de Schelotto conseguiu superar o River Plate baixando as suas linhas, povoando o meio de campo, explorando os contragolpes e dificultando a chegada dos ‘millonários’ ao ataque.
Além da dedicação dos extremos, outros dois atletas foram destaques do Boca Juniors na etapa inicial: Dario Benedetto, autor do único gol (aço) do Boca na partida e Nahitán Nández, um exemplo de volante que cabe no futebol moderno com mobilidade, compreensão tática, ‘ida y vuelta’ – o famoso área a área – além do comprometimento e entrega durante todo o jogo.
Destes jogadores saíram o – pouco – que o Boca Juniors fez na partida. Assistência (perfeita?) de Nahitán Nández para Dario Benedetto, em um contra-ataque de almanaque, deixando dois jogadores no chão, para abrir o placar em favor do Boca e colocar justiça no que foi os primeiros 45 minutos.
Porém para a etapa complementar Marcelo Gallardo demonstrou mais uma vez o porquê é considerado o melhor técnico da América do Sul. Modificou a maneira de jogar do River Plate, qualificou os passes com a técnica de Juan Fernando Quintero e potencializou o sistema ofensivo do River aumentando a quantidade de jogadores no setor.
Em contrapartida, e com uma ideia cada vez mais reativa, Schelotto sacou Benedetto (questões físicas?) e optou por Ramón Ábila no ataque ao lado de Pavón e Villa. Reduziu drasticamente o – pouco – poder ofensivo do Boca.
A mudança técnica do treinador do River Plate ‘engoliu’ o Boca Juniors de Schelotto. Abriu mão de um volante (capitão e referência), Léo Ponzio e optou por Juan Fer Quintero para se aproximar de Nacho Fernández, Exequiel Palácios e Pity Martínez, juntos romper as linhas de marcação do Boca Juniors. Feito!
O 4-2-3-1 se moldou em um 4-1-4-1 e a superioridade – e por que não qualidade? – numérica e técnica do River Plate se fez notória nos 45 minutos finais.
A intensa movimentação dos quatro homens em uma linha por trás de Pratto confundiu totalmente a marcação dos volantes ‘xeneizes’. Ora Nacho Fernández pela direita e Fer Quintero pelo centro – oferecendo qualidade no primeiro passe – ora Quintero aberto pelos flancos e Fernández se aproximando de Pratto e Palácios pelo centro. Movimentação, velocidade e qualidade de um River Plate protagonista na etapa final.
A insistência com a linha ofensiva culminou no empate do River: Quintero centralizado para Nacho Fernández pela direita, Palácios se aproximando, Pratto dentro da área para finalizar. Um para o outro, tudo de primeira, entrando com autoridade – e muita qualidade – na defesa do Boca Juniors. A partir disto, o River mudou a história do jogo!
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Méritos para a equipe que apresentou o melhor futebol nos 120 minutos desta ‘super Final’. Méritos para um treinador que conhece muito do elenco que tens em mãos e não tem medo de arriscar. Título justo à equipe que conta com jogadores mais técnicos e qualificados. Méritos para o futebol protagonista que mais uma vez supera a previsibilidade de uma opção reativa – e pouco qualificada – dentro das quatro linhas.
O protagonismo venceu e, apesar do pouco profissionalismo nos bastidores, a qualidade do futebol sul-americano sobrevive!
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