Desde a despedida de Pauleta, há dez anos, a posição de centroavante é provavelmente a mais carente da seleção portuguesa. De lá para cá, nomes como Nuno Gomes, Hélder Postiga e Hugo Almeida chegaram a ser titulares, mas sem convencer. Ironicamente, o gol mais importante da história do futebol português veio de um “9” clássico; num chutaço de fora da área. Mas sabemos que, em condições normais, Éder também está longe de ser o homem-gol ideal para os lusos. Tudo indica que, enfim, essa escassez vai acabar. Aos 21 anos, André Silva desponta como mais um jovem promissor da atual geração portuguesa.
Início no futebol de base e mudança de posição:
Foi deslocado para o ataque a contragosto, após atuar em seus primeiros anos de base como meia ofensivo. André Silva sempre chamou a atenção pelos ótimos números com a camisa dos Dragões e pela seleção. Em duas temporadas no time sub-19 do Porto, por exemplo, marcou 47 gols em 59 jogos, tendo sido promovido aos 18 anos para a equipe B, que disputava a 2ª divisão nacional. Ainda pelas categorias de base, balançou as redes 28 vezes nas 47 partidas que disputou pela Seleção das Quinas. No Mundial sub-20 do ano passado, foram 4 tentos em 5 jogos.
Após passar por um período de adaptação em 2014/15, foi na temporada passada que ele definitivamente chamou a atenção. Com 15 gols em 31 jogos, foi eleito o melhor jogador da II Liga Portuguesa; vencida com certa folga pelo Porto B. Só não foi o artilheiro pois saiu no meio do campeonato para o time A. Na campanha conturbada dos tripeiros, foi aos poucos recebendo oportunidades do técnico José Peseiro, até roubar de Aboubakar a titularidade na reta final. Foi tempo suficiente para ter o seu primeiro momento de grande brilho como profissional: na final da Taça de Portugal, quando o Porto perdia para o Braga por 2×0, André Silva mostrou poder de decisão. Apareceu nos minutos finais para marcar duas vezes e empatar a peleja – o segundo gol, inclusive, uma bicicleta de puro oportunismo dentro da área (para a infelicidade do jogador, o Braga foi campeão nos pênaltis).
Brilhando de vez no comando do ataque
Em 2016/2017, já não há dúvidas sobre quem é o titular no comando do ataque portista. Com seus 1,85m de altura e ótimo senso de colocação dentro da área, André Silva é o vice-artilheiro do Campeonato Português, com 10 gols em 15 rodadas. Na Champions League, marcou cinco vezes em seis partidas e uma das poucas unanimidades no ainda questionado time do Porto.
Além disso, se tornou o jogador mais jovem a fazer um hat-trick pela seleção principal de Portugal, na vitória sobre as Ilhas Faroe, e soma quatro gols na competição.
Talvez você já tenha cansado de ler tantos números sobre esse jogador, mas na matemática do futebol, é fácil interpretar: André Silva sabe marcar gols como poucos na sua idade e inicia uma caminhada cujas projeções são altas. A titularidade de seu clube e seleção já são realidades, com boas médias em ambos e uma multa rescisória de 60 milhões de euros. Pelo visto, não vai demorar para o futebol europeu ganhar mais um goleador.
Olho Nele!
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