Bicampeã Olímpica e vice-campeã do Mundo com os EUA, medalha de prata da Rio 2016 com a Suécia e descobridora de talentos hoje consagrados destas seleções. Quando Pia Sundhage foi anunciada a nova técnica da Seleção Brasileira, eu sabia que ainda seria difícil, mas que finalmente estávamos no caminho certo.
Os jogos contra Argentina e Chile mostraram muito do que eu esperava. Vimos jogadoras atuando em suas posições, tirando delas o que elas tem de melhor, sem forçar que aprendessem, ou tentassem aprender em tão pouco tempo de trabalho juntas, uma função nova em campo. Encurtamos os espaços, usamos o toques curtos, trabalhamos melhor a bola antes de seguir com ela loucamente ao ataque.
Um jogo mais coletivo e menos individual. O oposto da Seleção de Vadão que aguardava soluções saírem dos pés de Marta, Formiga, Cristiane ou Andressa. Quando a esperança tinha que vir de alguém e não de um time. Uma estratégia suicida e que raramente funcionava quando encontrava com times mais coletivos.
Temos talento, faltava organização. Temos vontade, faltava direção. Temos peças, faltava saber encaixá-las.Tínhamos uma Ferraria na mão de um cego. Agora temos uma Ferrari na mão de um Schumacher.
Com trabalho, um jogo definido, mais entrosamento e um planejamento – o que já pode ser visto nas datas recentes anunciadas de amistosos contra Inglaterra e Polônia e no trabalho feito nos treinos. Finalmente, depois de muito tempo, podemos imaginar coisas grandes.
Parafraseando Walter Elias, o criador de um império do entretenimento:
“Durante muito tempo encostamos a cabeça no travesseiro para descansar; da falta de uma proposta de jogo, do nervosismo, do quão aflitante era ver tanto talento jogado fora. Hoje não, hoje nós dormimos para sonhar.”
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