quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

André Silva, o 9 que Portugal precisa

Desde a despedida de Pauleta, há dez anos, a posição de centroavante é provavelmente a mais carente da seleção portuguesa. De lá para cá, nomes como Nuno Gomes, Hélder Postiga e Hugo Almeida chegaram a ser titulares, mas sem convencer. Ironicamente, o gol mais importante da história do futebol português veio de um “9” clássico; num chutaço de fora da área. Mas sabemos que, em condições normais, Éder também está longe de ser o homem-gol ideal para os lusos. Tudo indica que, enfim, essa escassez vai acabar. Aos 21 anos, André Silva desponta como mais um jovem promissor da atual geração portuguesa.

Para alguns, o garoto já é quase uma realidade, mesmo tendo chegado somente há pouco mais de sete meses na equipe principal do Porto.

Início no futebol de base e mudança de posição:

Foi deslocado para o ataque a contragosto, após atuar em seus primeiros anos de base como meia ofensivo. André Silva sempre chamou a atenção pelos ótimos números com a camisa dos Dragões e pela seleção. Em duas temporadas no time sub-19 do Porto, por exemplo, marcou 47 gols em 59 jogos, tendo sido promovido aos 18 anos para a equipe B, que disputava a 2ª divisão nacional. Ainda pelas categorias de base, balançou as redes 28 vezes nas 47 partidas que disputou pela Seleção das Quinas. No Mundial sub-20 do ano passado, foram 4 tentos em 5 jogos.

Após passar por um período de adaptação em 2014/15, foi na temporada passada que ele definitivamente chamou a atenção. Com 15 gols em 31 jogos, foi eleito o melhor jogador da II Liga Portuguesa; vencida com certa folga pelo Porto B. Só não foi o artilheiro pois saiu no meio do campeonato para o time A. Na campanha conturbada dos tripeiros, foi aos poucos recebendo oportunidades do técnico José Peseiro, até roubar de Aboubakar a titularidade na reta final. Foi tempo suficiente para ter o seu primeiro momento de grande brilho como profissional: na final da Taça de Portugal, quando o Porto perdia para o Braga por 2×0, André Silva mostrou poder de decisão. Apareceu nos minutos finais para marcar duas vezes e empatar a peleja – o segundo gol, inclusive, uma bicicleta de puro oportunismo dentro da área (para a infelicidade do jogador, o Braga foi campeão nos pênaltis).

Brilhando de vez no comando do ataque

Em 2016/2017, já não há dúvidas sobre quem é o titular no comando do ataque portista. Com seus 1,85m de altura e ótimo senso de colocação dentro da área, André Silva é o vice-artilheiro do Campeonato Português, com 10 gols em 15 rodadas. Na Champions League, marcou cinco vezes em seis partidas e uma das poucas unanimidades no ainda questionado time do Porto.

Tão jovem e já ladeando nomes de peso como Messi, Cavani e Lewandowski. André Silva é o sonho dos portugueses se materializando com a 9. (créditos da imagem: UEFA.com – respectivamente nas colunas; jogos disputados, minutos em campo, gols marcados e passes para gol)

Além disso, se tornou o jogador mais jovem a fazer um hat-trick pela seleção principal de Portugal, na vitória sobre as Ilhas Faroe, e soma quatro gols na competição.

Talvez você já tenha cansado de ler tantos números sobre esse jogador, mas na matemática do futebol, é fácil interpretar: André Silva sabe marcar gols como poucos na sua idade e inicia uma caminhada cujas projeções são altas. A titularidade de seu clube e seleção já são realidades, com boas médias em ambos e uma multa rescisória de 60 milhões de euros. Pelo visto, não vai demorar para o futebol europeu ganhar mais um goleador.

Olho Nele!

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