segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Pinturas Inesquecíveis: Capita e um chute para a história

Nos primórdios do futebol a defesa efetivamente era uma linha de quatro jogadores. Digo efetivamente porque os laterais eram basicamente zagueiros, com a principal função sendo a defensiva. Raras exceções fugiam dessa característica e ousavam subidas ao ataque. Hoje, depois de muitas mudanças, o futebol pede laterais que saibam marcar e apoiar com a mesma eficiência e, geralmente, os que atacam melhor são mais valorizados.

O precursor dessa evolução foi ninguém menos que Carlos Alberto Torres, o Capita.

arte-jogador-moderno

Carlos Alberto Torres é daquela estirpe de jogador que transcende as limitações posicionais de seu tempo. Lateral vanguardista que dominava tanto a defesa quanto o ataque e que ainda tinha inteligência suficiente para se adaptar ao miolo da zaga. Lenda do futebol que jamais será esquecida.

Jogou de zagueiro e lateral, ambos com extrema qualidade. Mas foi como lateral que teve o momento mais marcante de sua carreira. Talvez não pra ele, mas para o futebol com certeza sim. Quando vem à lembrança o terceiro titulo mundial do Brasil, o primeiro lance que surge no imaginário é Carlos Alberto soltando aquela sapatada fulminante pra sacramentar a vitoria brasileira.

Num time com Pelé, Gérson, Rivellino, Jairzinho e Tostão, quem precisaria de um lateral para fazer gols? Não precisava. O gol nem faria diferença no título, afinal, eram 41 minutos da segunda etapa e o jogo estava 3×1 Brasil. Mas o lance é muito mais emblemático e simbólico do que qualquer pessoa poderia supor àquela altura.

capita-tacaCarlos Alberto era o capitão daquele time. Era o líder de um conjunto de craques, incluindo ele mesmo. Mas, como sempre no futebol brasileiro, acabamos por valorizar mais os meias e atacantes, preterindo nossos craques de outras posições. Ele já levantaria a taça, teria sua imagem marcada na história para sempre. Mas esse gol foi a libertação da posição. Foi o gesto definitivo rompendo as correntes como quem dissesse “vão lá, laterais, subam ao ataque e façam gols”.

“Raio-x” do lance

via GIPHY

A pintura começou com uma roubada pelo lado esquerdo da defesa brasileira (pelo craque Tostão, quem diria).

via GIPHY

A bola ficou nos pés de Clodoaldo, volante que jogava com classe, cabeça em pé, e fazia na década de 70 tudo aquilo que cobramos dos volantes atuais: a famosa transição para o ataque com qualidade. E que qualidade. Foram quatro dribles em sequência, deixando uma fila de italianos com vontade de sair do campo e ir embora para comer uma macarronada.

via GIPHY

A jogada segue nos pés de Rivellino. Rápido e objetivo. Dois toques na bola apenas. Um domínio e um passe para Jairzinho.

via GIPHY

O Furacão recebeu a bola e, como de praxe, partiu com fúria para dentro do marcador. Alguns toques na bola, um pouco de explosão e velocidade, e “ciao, raggazzo”. Bola nos pés de Pelé. Parem o mundo um instante. O Rei quer falar.

Sem palavras, com gestos e a sensibilidade do maior craque de todos os tempos. A bola chega até ele e o lance já está desenhado. Coitado de Albertosi, vai sofrer um dos gols mais bonitos da história do futebol e nem fazia ideia.

via GIPHY

Pelé domina, segura e passa. Assim. Simples e fácil.

Eis que então surge Carlos Alberto Torres. A lateral direita é toda sua, somente sua, praticamente registrada em cartório. Ninguém a sua frente. Apenas espaço, uma linda e rente relva verde, a bola e a história. Ele vem decidido. A taça é dele. A taça é nossa. O destino está traçado. Capita é o carrasco, a bola é o machado e Albertosi o pecador. Um golpe seco é desferido. O chute. Meio de peito. Meio de três dedos. Três de Tri.

Bola na rede, braços aos céus, abraços dos companheiros.

O lance estava eternizado.

Arte: fazmeugol.com.br | Clique na imagem e adquira sua cópia desta singela homenagem.

Arte: fazmeugol.com.br | Clique na imagem e adquira sua cópia desta singela homenagem.

O Capita estava eternizado.

Vá em paz, Capita. Fica aqui a homenagem do DPF.

O conteúdo acima é de responsabilidade expressa de seu autor. O Doentes por Futebol respeita todas as opiniões discordantes e tem por missão promover o debate saudável entre ideias.

O post Pinturas Inesquecíveis: Capita e um chute para a história apareceu primeiro em DOENTES POR FUTEBOL.



from DOENTES POR FUTEBOL http://ift.tt/2f4GeRm
via IFTTT

domingo, 30 de outubro de 2016

Um Atlético de Madrid que joga

Diego Simeone recuperou o Atlético de Madrid nos últimos anos baseando seu jogo numa defesa consistente, contra-ataques fulminantes e bolas paradas pra lá de eficientes. Nos acostumamos a ver os Colchoneros com pouca posse, onze jogadores atrás da bola e o 1 a 0 a favor no placar. Em resumo, era uma equipe reativa, que não gostava de propor e entregava a bola para o adversário, desafiando-o a furar um dos bloqueios mais sólidos da Europa. O Atléti era assim, não é mais. O início da temporada 2016/17 mostra um Atlético de Madrid que também sabe jogar.

Foto: Ángel Gutiérrez - Simeone organizou um Atlético capaz de propor e se defender com eficiência

Foto: Ángel Gutiérrez – Simeone organizou um Atlético capaz de propor e se defender com eficiência

Desde a temporada passada Simeone já utilizava um ataque posicional, apontando na direção de ter mais posse e aprimorar os mecanismos ofensivos de seu 4-4-2. Não era aquele time voltado apenas a se defender, como também não era ótimo quando tinha a bola nos pés. Vivia mesmo o momento de transição entre o time campeão espanhol em 2013/14 e o que vai se desenhando como a melhor versão do Atlético de Madrid na era Simeone.

Essa transformação não aconteceu da noite para o dia e, muito menos, por acaso. É fruto do grandíssimo trabalho de Cholo e o resultado de uma série de fatores que se encaixaram para formar esse excelente time.

Griezmann: o ponto alto do ataque

Foto: Ángel Gutiérrez - Griezmann tem se consolidado como um dos melhores atacantes da atualidade

Foto: Ángel Gutiérrez – Griezmann tem se consolidado como um dos melhores atacantes da atualidade

O crescimento ofensivo do Atlético de Madrid passa diretamente por Antoine Griezmann. O francês chegou ao Vicente Calderón como um jogador de lado, mas foi transformado em um ótimo atacante nas mãos de Simeone e se transformou na melhor peça ofensiva da equipe. Partindo do centro do ataque, Griezmann circula por todo o campo, busca espaços nas costas dos volantes e, principalmente, infiltra muito na defesa adversária. Sem dúvidas o camisa 7 é um dos melhores do mundo quando o assunto é atacar o espaço e concluir em gol, virtude muito bem explorada pelo Atléti.

Essas características de Antoine são exploradas em estratégias adotadas pela equipe. Seu companheiro de ataque, seja Kevin Gameiro ou Fernando Torres, se coloca entre dois defensores, segurando-os para criar espaço entre as linhas de defesa e meio-campo do oponente. Griezmann circula por ali constantemente para receber bolas vindo de todas as regiões do campo. Sua qualidade na leitura dos espaços, aliada ao faro artilheiro que tem desenvolvido, faz do atacante a melhor arma ofensiva colchonera e o coloca entre os tops da posição.

Foto: Reprodução - Fernando Torres entre os zagueiros e Griezmann no espaço entrelinhas

Foto: Reprodução – Fernando Torres entre os zagueiros e Griezmann no espaço entrelinhas

Além de toda essa capacidade ofensiva, Griezmann mostra muito trabalho quando seu time não tem a bola. Infectado pelo “vírus Simeone”, o francês faz a primeira pressão com muita dedicação, se posiciona para fechar linhas de passe e volta até a intermediária defensiva se for necessário. Simeone melhorou Griezmann, e Griezmann melhorou o Atlético.

“(Simeone) me convenceu da importância de defender, algo que antes não fazia e agora é um prazer. E isso não me impede de fazer gols. Me transformou por completo. Com ele aprendo todos os dias, seja tatica ou tecnicamente”. Antoine Griezmann

Carrasco e Correa: reforços que já estavam na casa

Foto: Ángel Gutiérrez - Ferreira-Carrasco é um dos principais nomes do Atléti na temporada 2016/2017

Foto: Ángel Gutiérrez – Ferreira-Carrasco é um dos principais nomes do Atléti na temporada 2016/2017

Yannick Ferreira-Carrasco, um dos destaques do surpreendente Mônaco da temporada 2014/15, e Ángel Correa, revelação da Libertadores 2014 pelo San Lorenzo, não empolgaram de imediato com a camisa vermelha e branca. Carrasco até foi titular na maior parte da temporada passada, mas seus quatro gols em 29 partidas de Espanhol mostram que o desempenho este aquém do esperado. Terceiro reserva mais utilizado no último ano, Correa também decepcionou: cinco gols em 26 jogos.

No entanto, as mudanças táticas promovidas por Simeone deram vida nova a dupla e a alçou ao posto de componente fundamental no modelo de jogo proposto. Isso porque o Atlético de Madrid 16/17 utiliza muito as laterais do campo para agredir o adversário. A base ofensiva colchonera é o jogo pelos flancos, buscando incessantemente os pontas e os laterais. Nesse cenário, Carrasco e Correa são acionados com frequência, embora possuam funções distintas.

Foto: Ángel Gutiérrez - Jogando aberto ou centralizado, Correa é um dos destaques colchoneros

Foto: Ángel Gutiérrez – Jogando aberto ou centralizado, Correa é um dos destaques colchoneros

Ponta pela esquerda, Carrasco se mantém próximo à linha lateral na maior parte do tempo. O belga só deixa a região quando pode participar ativamente da jogada, ou seja, quando pode tocar na bola em situações de triangulações, aproximação ou condução. Dessa forma o Atléti pode extrair algumas das melhores virtudes do seu camisa 10: a jogada individual e o potente chute de perna direita partindo de fora pra dentro.

Na outra beirada, Correa tem se destacado como um jogador de mais mobilidade. Mesmo sem a bola o argentino transita pela região central. Assim como Griezmann, se aproveita dos espaços gerados pelo atacante entre as linhas adversárias para aparecer mais próximo à área em busca de finalizações. Quando está nessa faixa dialoga com a dupla de ataque, faz tabelas e infiltra na defesa. Em relação a Carrasco, Correa tem muito mais instinto atacante de se enfiar na área e chutar a gol.

Juanfran e Filipe Luís: avalanche pelos lados

Como equipe que visa atacar o oponente pelos flancos, os laterais do Atlético de Madrid recebem papeis importantes. Eles são responsáveis pela amplitude do ataque desde a saída de bola até os últimos metros do gramado. Isso quer dizer que, quando a bola ainda está com o goleiro, Juanfran e Filipe Luís já grudam nas linhas de lado para alargar a área de atuação da sua equipe.

Um comportamento fundamental para o jogo posicional colchonero parte da movimentação sem bola de seus laterais. Eles se adiantam e levam consigo o ponta do time adversário, empurrando-os para trás e gerando espaço para seu time sair jogando com passes curtos. Esse movimento insere Gabi e Koke na construção do ataque, já que eles abrem para ocupar o setor deixado pelo lateral.

Foto: Reprodução - Lateral (circulados) avança e empurra o jogador adversário. Koke abre para ocupar o espaço deixado e iniciar o ataque colchonero

Foto: Reprodução – Lateral (circulado) avança e empurra o jogador adversário. Koke abre para ocupar o espaço deixado e iniciar o ataque colchonero

Além desse trabalho na iniciação das jogadas, Juanfran e Filipe são importantíssimos no terço final do campo. Sempre bem abertos, fazem ultrapassagens (principalmente associadas com diagonais dos jogadores ofensivos, que levam os adversários para dentro e abre o lado), recebem inversões de jogo para abrir a defesa e tabelam com os pontas. Em todo ataque vermelho e branco a dupla incomoda de alguma forma. É impressionante a dedicação de ambos em campo aos 31 anos. Atacam e defendem com muita intensidade, não param de correr um minuto sequer.

Koke: quem torna tudo possível

A principal engrenagem desse novo Atlético de Madrid é Koke. Jogando ao lado de Gabi na volância, o camisa 6 comanda as ações ofensivas, se evolvendo com todos os jogadores do time. Ele se movimenta basicamente de maneira horizontal, ou seja, de um lateral a outra, sem avançar muito em direção ao gol. Sua função é acionar os laterais, os pontas e os atacantes, por isso é importante que sempre seja opção de passe para algum desses companheiros. Koke é quem mais toca na bola e isso dá fluidez ao jogo, fazendo o time andar.

Foto: Ángel Gutiérrez - Como meio-campista Koke faz o Atlético de Madrid jogar

Foto: Ángel Gutiérrez – Com Koke de meio-campista o Atlético cresceu ofensivamente

Sua qualidade permite que o time tenha várias opções na hora de atacar. Frequentemente vemos o Atlético atrair o adversário para um lado do campo e então Koke inverte o jogo de uma vez, acionando o lateral do lado contrário que está livre. Esse tipo de lance pode gerar vantagem numérica contra o oponente (alguém no mano-a-mano ou até dois contra um no lado que recebe a inversão), abrir espaços entre os jogadores da defesa e cansar o adversário, que fica correndo de um lado para o outro.

“Temos trabalhado muito tempo com Koke para que possa ocupar essa posição importante no meio, coisa que não fará sempre. Ele é determinante quando joga nesse lugar porque nos da muita fluidez de jogo e nos possibilita ter mais ferramentas em algum dos lados.” Diego Simeone

Ele também abastece o ataque com passes verticais, que furam as linhas da defesa e encontram os atacantes nas costas dos volantes. O crescimento de Griezmann também tem a contribuição do meio-campista. Afinal, de nada vale abrir espaços para o francês se não tiver alguém para encontra-lo com um passe, e Koke é esse cara. É um trabalho conjunto para que o time possa atacar bem: um abre o espaço, outro ocupa esse espaço e um terceiro faz a bola chegar lá. E um leque de possibilidades que se abre com o simples deslocamento do camisa 6 para o centro do campo.

Após parar em mais uma final de Liga dos Campeões, Simeone deu um passo importante para que o Atlético de Madrid siga competitivo e possa voltar a final continental. Os Colchoneros evoluem muito ao treinar e desenvolver planos para atacar bem, necessidade que surgiu desde o retorno ao grupo dos grandes do continente. Isso tudo sem deixar de lado a entrega, dedicação, paixão e a fortaleza defensiva que caracterizou a equipe nos últimos anos. O Atléti cresce ainda mais.

O conteúdo acima é de responsabilidade expressa de seu autor. O Doentes por Futebol respeita todas as opiniões discordantes e tem por missão promover o debate saudável entre ideias.

O post Um Atlético de Madrid que joga apareceu primeiro em DOENTES POR FUTEBOL.



from DOENTES POR FUTEBOL http://ift.tt/2fkvVML
via IFTTT

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O Pequeno Príncipe de Sevilla

Há duas unanimidades sobre o início de temporada do Sevilla. A primeira é que a equipe, agora treinada por Sampaoli, ainda está em processo de construção. Embora os resultados indiquem bom futebol, a verdade é que o argentino ainda está implantando seu estilo de jogo em um clube acostumado historicamente a sistemas mais militares e físicos, tais quais os de Unai Emery nos últimos três anos. Enquanto o Sevilla ainda mescla boas apresentações com ruins, as soluções individuais têm sido mais frequentes em comparação com as coletivas. Individualismo que se revela importante nessa fase de transição e garante resultados positivos no Campeonato Espanhol (segundo colocado, com 20 pontos, um a menos que o Real Madrid) e na Liga dos Campeões (líder do grupo F com sete pontos, ao lado da Juventus, e quatro a mais que o Lyon, terceiro colocado). E, quando se fala de talento individual, um nome tem brilhado mais que todos os outros: Samir Nasri.

O meia francês chegou à Andaluzia com a missão de recuperar prestígio na carreira, depois de temporadas opacas no Manchester City. Em nove rodadas, não é exagero dizer que, por momento, o Petit Prince (Pequeno Príncipe, como fora apelidado nos tempos de Olympique de Marseille) é o mais destacável meio-campista da atual edição da Liga Espanhola. Taticamente, Nasri joga em uma posição mais semelhante com aquela que sempre costumou jogar. A novidade vem da versão que o Nasri “made in Espanha” tem mostrado: a de um gestor de jogo dominante. O natural de Marselha ainda mostra características de sua versão mais jovem, mas o novo jeito de jogar tem preponderado.

Foto: Site Oficial do Sevilla | O cara: enquanto não funciona o esperado coletivamente, Nasri é a individualidade que faz a diferença ao Sevilla

Foto: Site Oficial do Sevilla | O cara: enquanto não funciona o esperado coletivamente, Nasri é a individualidade que faz a diferença ao Sevilla

O primeiro aspecto de influência de Nasri no Sevilla de Sampaoli tem a ver com a sua liberdade tática. Na teoria, Samir parte do interior esquerdo, independente do esquema escolhido pelo comandante, que inicialmente tem variado entre um 4-1-4-1, um 4-3-3 e um 4-3-1-2. Mas, apesar da disciplina tática que o argentino exige à equipe, o francês tem soberania para se deslocar por todas as zonas do campo para organizar o ainda caótico jogo sevillista. Com critério e qualidade, Nasri é sempre o jogador que mais toca na bola ao longo dos 90 minutos.

Para se ter uma noção do impacto do ex-City, Nasri alcançou contra o Dínamo Zagreb, há uma semana, pela Champions League, a marca de 158 passes certos, segunda mais alta de um jogador desde 2005/2006, ficando atrás somente dos registros de Xavi, um dínamo dos passes, nesse período. Pela Liga Espanhola, a média é de 92% de acerto por partida. Nasri exibe um arsenal digno dos mais brilhantes interiores de posse do futebol espanhol: inteligência para segurar a posse, fabricar jogadas e liderar ofensivas, o que tem gerado uma expectativa altíssima, rodada após rodada. Qual o limite do camisa 8 sevillista?

A tendência do francês sempre foi de se dirigir aos lados do campo. No Arsenal de 2010/2011, por exemplo, sua posição era justamente a ponta esquerda, com Fàbregas centralizado e Walcott pela direita. Atualmente, a propensão é ter relevância em regiões onde não costumava ser ativado. Por exemplo, a saída de bola. Hoje, o principal trunfo de Sampaoli para ter a bola limpa no ataque passa pela clareza que Nasri dá quando recebe na defesa. Até por N’Zonzi não ser veloz o bastante para agilizar a circulação no círculo central, Sampaoli encarrega Samir de começar a transição da defesa para o ataque.

Estamos somente no início da temporada europeia, mas já dá para cravar com absoluta certeza que Nasri se reencontrou no Ramon Sánchez Pizjuán. Seu nível de confiança é alto, o que, consequentemente, gera uma particularidade técnica saliente no sistema de Sampaoli. O treinador sabe que o meia é o jogador com mais talento do elenco e por isso se “entrega” ao seu “cerébro”. Em um campeonato mais tático e técnico que a Premier League, Nasri enfim despertou da hibernação que por um triz não extinguiu suas chamas.

“O ano passado foi muito difícil para mim, o mais complicado da minha carreira. Às vezes não é possível ir a campo, mas não é o mesmo quando se está de baixa, no departamento médico, durante seis meses, assistindo apenas das arquibancadas. Tenho sorte de jogar futebol, se é possível chamar assim. Tive que ter a consciência, de fazer algo durante as férias para sair desse ano difícil. Trabalhei e me dei conta: tenho somente 29 anos. Ainda há espaços para mostrar tudo que tenho para mostrar. Ainda posso voltar a jogar em um bom nível”
(NASRI, Samir)

O conteúdo acima é de responsabilidade expressa de seu autor. O Doentes por Futebol respeita todas as opiniões discordantes e tem por missão promover o debate saudável entre ideias.

O post O Pequeno Príncipe de Sevilla apareceu primeiro em DOENTES POR FUTEBOL.



from DOENTES POR FUTEBOL http://ift.tt/2eRGMKj
via IFTTT

terça-feira, 25 de outubro de 2016

O Palmeiras não é líder por acaso, mas poderia jogar melhor

Líder com seis pontos de vantagem para o Flamengo, o Palmeiras foi o time que mais venceu neste Brasileirão até agora (20 vezes). É o que menos perdeu (5 vezes). Tem o melhor ataque (56 gols) e também a segunda melhor defesa da competição (sofreu 29 gols, apenas um a mais que Atlético/PR e Santos). Se olharmos além, vamos ver que o alviverde não perde há 15 partidas.

Fora todos os números excelentes, tem o melhor jogador da competição em seu elenco: Gabriel Jesus, a maior revelação do Brasil nos últimos quatro anos. Contestar a ponta do time comandado por Cuca é absurdo – e ninguém está aqui para isso. Mas, esperar um melhor futebol de seu time não é nem um pouco.

A cultura de aversão à crítica, no Brasil

O desafio de analisar futebol no Brasil é enorme, muito maior do que parece. Porque aqui, mais do que em qualquer lugar do mundo, o jogo suscita paixão. E em meio a todo esse turbilhão de emoções, dizer a um torcedor que seu time não vem jogando bom futebol, mesmo sendo líder do campeonato e com todos os números citados acima, é muito difícil.

Definição retirada do Dicionário online Michaelis. Para o brasileiro, em geral, criticar apenas significa apontar defeitos - como marcado dentre os significados existentes do termo.

Definição retirada do Dicionário online Michaelis. Para o brasileiro, em geral, criticar apenas significa apontar defeitos – como marcado dentre os inúmeros significados existentes do termo. Criticar vai muito além do que apenas “falar mal”. Ainda precisamos evoluir e amadurecer para compreender isso.

A reação usual é a de retorquir que você está criticando seu time por inveja ou por que torce contra. Porém, não é uma coisa, nem outra. Estamos aqui para falar de desempenho, através de análise mais fria e distante dos centros de emoção possível. Nada mais, nada menos do que seguir ao pé da letra o que o termo crítica resume.

Início arrasador / animador

Herdando um Palmeiras eliminado da Libertadores na primeira fase e do Paulista na semifinal, Cuca teve tempo para trabalhar visando a estreia no Brasileirão.

Os 4×0 sobre o Atlético/PR deixaram uma primeira impressão sensacional. Exibição de gala do jovem Jesus, dono de dois gols e uma assistência, e de Cleiton Xavier dando mais dois passes para gols. Para muitos, inclusive esse que escreve, ali surgia o grande favorito ao titulo nacional.

O primeiro Palmeiras deste Brasileirão. Gabriel Jesus ainda aberto, Tchê Tchê coordenando tudo entre meio e lateral. Volume de jogo, alta intensidade. Uma exibição.

O primeiro Palmeiras deste Brasileirão. Gabriel Jesus ainda aberto, Tchê Tchê coordenando tudo entre meio e lateral. Volume de jogo, alta intensidade. Uma exibição. – Reprodução: Premiere.

⚽ Leia mais: as ideias de Cuca na estreia do Palmeiras

Atuação que não se repetiu nas derrotas contra Ponte Preta e São Paulo, duas das três jornadas seguintes. Resultados que apoiaram os comentários bem típicos de nossa cultura, como “o Palmeiras não é tudo isso”. Depois disso, o time embalou vencendo Grêmio, Flamengo e o atual campeão Corinthians, na despedida no técnico Tite.

As protocolares vitórias contra Santa Cruz, que ainda era sensação, e América/MG no Allianz Parque deram a liderança ao time de Cuca. Aliás, dentro de casa o time sofreu muito pouco na primeira metade da competição. Jogou em alta intensidade, com muito volume e poder de fogo na frente.

Vieram mais oscilações, como a derrota para o Cruzeiro e o empate com o Santos, em casa.

Emoção é ver o #Palmeiras balançando esta rede. #AllianzParque #Arena #SEP #avantipalestra

Uma foto publicada por Allianz Parque (@allianzparque) em Out 3, 2016 às 2:15 PDT

Ficou claro também como o adversário condicionava o jogo do Palmeiras, principalmente se era fora de casa. Em casa o time tinha uma postura, jogando como visitante tinha outra, mais retraída, que dava a bola e esperava. Com isso, a tônica de perseguições individuais de Cuca, o famoso cada um pega o seu na marcação, ficava muito evidente. Custou alguns pontos.

Um exemplo de encaixe individual do Palmeiras contra o Grêmio no Sul. Defesa exposta. - Reprodução: SporTV.

Um exemplo de encaixe individual do Palmeiras contra o Grêmio no Sul. Defesa exposta. – Reprodução: SporTV.

“Campeão” do Primeiro Turno

No fim do turno, já sem Gabriel Jesus na seleção olímpica, o Palmeiras voltou a oscilar. Duas derrotas seguidas:

Uma para Atlético/MG, a única em casa (até aqui). E Botafogo (a última no Campeonato até aqui):

As derrotas lhe custaram momentaneamente a liderança no Brasileirão, que foi retomada na última rodada do turno, graças a uma combinação de resultados. Assim, o Palmeiras de Cuca ficava com o troféu simbólico de “Campeão do Primeiro Turno”,  que tem marcado a trajetória dos últimos campeões nacionais. Ótimo sinal.

Segundo Turno: bons resultados, futebol nem tanto

Na virada do turno, o time de Cuca venceu jogos importantes. Como os contra Atlético/PR, única derrota do melhor mandante em casa, e Fluminense, mesmo jogando em Brasília. Atuações sólidas e seguras. Mas, empatou com Ponte Preta, Flamengo e Grêmio. E venceu o São Paulo jogando muito mal.

Jogo precário, apoiado em bolas altas e lançamentos longos. Pouco repertório, diferente do que já foi visto na mesma competição. Se apoiando no jogo individual e esquecendo do coletivo.

Saída de bola contra o Flamengo. Meio campo aberto, time distante, forçando a bola longa. Reprodução: Premiere.

Saída de bola contra o Flamengo. Meio campo aberto, time distante, forçando a bola longa. Reprodução: Premiere.

As vitórias contra Corinthians e Coritiba não foram de grande apresentação do time paulista. Seguras, tranquilas até certo ponto, mas sem mostrar muita coisa.

Nesses jogos, repertório baixo como nos anteriores, mantendo a tônica do desempenho ruim da equipe de Cuca. Contra o Santa Cruz, o time sofreu mais do que em toda essa sequência de jogos em que não vem bem, mas também conseguiu vencer. Consistência total de time, que como dito acima, não é líder por acaso.

Volantes indicando a intenção do treinador

Em seu qualificado elenco, o Palmeiras tem jogadores como Thiago Santos, Matheus Sales e Gabriel. Atletas com a característica de primeiro volante mais robusto, sem tanto passe e qualidade na saída, mas muita força na marcação. Cuca usou essa peça nos jogos tidos como mais cascudos, como contra São Paulo, Grêmio, Flamengo e Corinthians por exemplo.

Marcação encaixada contra o Corinthians, com Gabriel vigiando Rodriguinho, o "10" do time de Cristóvão a época. - Reprodução: Premiere

Marcação encaixada contra o Corinthians, com Gabriel vigiando Rodriguinho, o “10” do time de Cristóvão a época. – Reprodução: Premiere

Mas o interessante na campanha do Palmeiras de Cuca é também a versatilidade de seu elenco. Nos jogos contra Coritiba, Santa Cruz e América/MG, teoricamente mais fáceis, Cuca escalou o time sem o tal volante robusto.

Créditos: ESPN

Créditos: ESPN

"<yoastmark

Com Tchê Tchê e Moisés, ótimos “achados” da diretoria, conduzindo a equipe desde trás até o campo de ataque. Ideias modernas na forma de montar seu time, onde todos jogam com a bola e fazem o time jogar.

É possível (e desejável) jogar melhor

Os primeiros vinte minutos da vitória sobre o lanterna América/MG foram ótimos. Intensidade, rotação, meio-campo altamente móvel e chances de gol. Quatro arremates nos primeiros minutos, contando com o gol de Tchê Tchê no segundo minuto de jogo. O ritmo caiu, natural também pelo calor de Londrina, a sequência de jogos e a conhecida fragilidade do adversário. Mas do líder se espera mais, atuações melhores e não jogos preguiçosos com a resposta pronta: “Nesse momento importante vencer, não jogar bem”.

“O mais importante é que o Palmeiras ganhou.”

Sim é hora de somar. Faltam seis rodadas para acabar o campeonato brasileiro. O Palmeiras tem seis pontos de vantagem para o Flamengo atualmente. Mas encontros com Santos e Atlético/MG fora de casa podem definir ou não o titulo do alviverde. Partidas onde talvez jogar para o gasto não será suficiente. E ninguém está aqui para ser profeta da desgraça palmeirense, vale sempre lembrar.

palmeiras-cuca-2016

Também vale lembrar que, um elenco com jogadores como Jean, Zé Roberto, Tchê Tchê, Moisés, Dudu, Roger Guedes e Gabriel Jesus, poderia jogar melhor. Poderia apresentar um futebol mais vistoso, que pudesse dar mais confiança tanto a quem torce, quando a quem analisa. Caso vença o campeonato – algo bastante factível dado o excelente aproveitamento do Palmeiras de Cuca – os livros de história dificilmente registrarão que o o time não jogou tão bem assim por bom período. O que ficará é o resultado.

taca-brasileirao-2016

No fim das contas é o que importa para quem torce, nada mais justo. Mas para quem vê desempenho, disseca jogos e acompanha todos os dados, isso não é o mais importante. É parte do conjunto, do plano de trabalho.

Vença quem vencer, seja ou não o Palmeiras, que o faça jogando bem. Para o bem do futebol brasileiro.

O conteúdo acima é de responsabilidade expressa de seu autor. O Doentes por Futebol respeita todas as opiniões discordantes e tem por missão promover o debate saudável entre ideias.

O post O Palmeiras não é líder por acaso, mas poderia jogar melhor apareceu primeiro em DOENTES POR FUTEBOL.



from DOENTES POR FUTEBOL http://ift.tt/2fcJIE1
via IFTTT

Uma análise da gestão Piffero no Internacional

A situação do Internacional no Brasileirão é delicada. Após o título da Libertadores em 2006 e a consolidação do clube como uma potência administrativa, o torcedor jamais imaginou que iria passar novamente pela possível queda de divisão nacional, como acontecera nos anos 90 e no início dos anos 2000. Mas uma série de erros da atual direção colorada desde sua eleição, em dezembro de 2014, levaram uma equipe com o sexto maior orçamento do país a frequentar a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

vitoriopiffero-divulgacao

Ainda antes das eleições, Vitorio Piffero, candidato favorito ao pleito, chegou a declarar o desejo por Tite como treinador do clube para 2015, rejeitando o então técnico colorado, Abel Braga. Naturalmente, o mundo do futebol dá voltas, e Piffero não esperava que Tite, hoje comandante da Seleção Brasileira, fosse assinar com o Corinthians. Além de perder o plano A, Piffero, eleito presidente com 71,75% dos votos, descartou seu plano B publicamente, e óbvio, Abel Braga não continuou na casamata do Internacional. Pensando grande, vários nomes de peso passaram a ser veiculados nos bastidores. Jorge Sampaoli, Alejandro Sabella e Cuca. No fim das contas, o uruguaio Diego Aguirre, vice-campeão da Libertadores de 2011 como treinador pelo Peñarol, foi apresentado. Apesar de não ser a melhor opção, comparado ao que havia sido prometido, Aguirre conseguiu fazer o time do Inter ter boas atuações e estatisticamente alcançou bons números. O que não foi suficiente para sua manutenção no cargo. Mas logo chegaremos lá.

No início de 2015, o Inter saiu para o mercado de transferências. Perdeu De Arrascaeta para o Cruzeiro, e contratou Réver e Léo para o setor defensivo. Ambos não foram aproveitados como deveriam, seja por lesões ou por opção técnica. Mas hoje, um brilha como destaque do Flamengo, e outro é um dos principais jogadores do Atlético-PR, ambos os times lutando por posições na parte de cima da tabela. Outra contratação feita foi a do meia Anderson, ao custo total de R$ 28 milhões nos 4 anos de contrato. O segundo ano está acabando e essa contratação já se mostrou um dos maiores micos da atual gestão. Após mais um título gaúcho, o Inter ia se credenciado como um dos candidatos ao troféu de campeão da Libertadores, principalmente após ter eliminado Atlético Mineiro e Independiente Santa Fé. Contra o Tigres, nas semifinais, o Inter acabou sendo eliminado por um gol de diferença, algo inerente ao futebol. Não foi dessa maneira que Piffero viu a eliminação. A apenas três dias do clássico Gre-Nal, pelo Brasileirão, Aguirre é demitido, em anúncio feito ao lado de Carlos Pellegrini, nomeado vice de futebol dias antes após seis meses sem ninguém no cargo. O uruguaio Aguirre deixou o Beira-Rio com um aproveitamento de 60,41% em 48 partidas. De acordo com o mandatário colorado, era necessário criar um “fato novo”. Na Arena, o único fato novo que se viu foi ser impiedosamente goleado por 5 a 0 diante do maior rival. Goleada histórica.

20413666576_152a24f81b_z_l

Sem treinador, Piffero voltou a ir atrás de Jorge Sampaoli, sem sucesso. Foi atrás também de Mano Menezes, técnico do qual havia desprezado publicamente em momentos anteriores. E claro, foi rejeitado. Mesmo com poucas opções, Piffero foi enfático: “A minha pretensão é um treinador que fique até dezembro do ano que vem. Esse é o foco atual. Um nome que satisfaça as necessidades do Internacional”. Em 13 de agosto de 2015, Argel Fucks é apresentado. Técnico destacado por ser um adepto de um estilo de jogo mais defensivo, Argel jamais havia treinado um clube do G12. Diferente do que Piffero declarava, era claro que seria um treinador com prazo de validade.

O bom desempenho no fim do segundo semestre de 2015 manteve Argel com prestígio, inclusive entre a torcida. O ano virou, e diferente do que todos esperavam, o Inter foi extremamente econômico no mercado de transferências. Trouxe para o Beira-Rio o lateral Paulo Cezar Magalhães, o volante Fernando Bob e o meia-atacante Marquinhos. Além disso, recusou uma proposta milionária da China por Anderson, o Inter permitiu a saída de D’Alessandro por empréstimo para o River Plate. Com menos opções técnicas, as limitações de Argel foram ficando cada vez mais evidentes, e o título do gauchão mais uma vez maquiou os muitos defeitos do time. Para não citar apenas pontos negativos, é importante frisar a excelente reposição após perder Allison, para a Roma. O goleiro Danilo Fernandes foi um acerto e tanto da direção. Continuando, se o título estadual empolgou a todos, imagina iniciar o Brasileirão de maneira arrasadora? Em oito jogos disputados, o time havia conquistado 19 pontos, e era líder isolado. Porém, a partir daí, o desempenho desandou. Com as lesões de Danilo Fernandes e Valdívia, derrotas que seriam pontuais se tornaram rotineiras. O Inter chegou a perder cinco jogos de maneira consecutiva e ficou 14 partidas sem vencer no Brasileirão, ambos recordes negativos na história do clube. Nesse meio tempo, demitiu Argel e contratou Paulo Roberto Falcão. Aclamado pela torcida, Falcão não teve tempo de trabalhar, e 26 dias após sua contratação, foi mais uma vez demitido sem sequer ter conquistado uma mísera vitória. Mais decepcionante do que as derrotas, foi a insistência em novos erros. Em 8 de agosto de 2016, Celso Roth retorna ao Beira-Rio. Desesperado, Piffero também recorre ao ex-presidente Fernando Carvalho, nomeado vice de futebol.

piffero-carvalho-roth-0908_2
Mesmo precisando de novos reforços de qualidade, o Inter insistiu em ir atrás de nomes questionáveis, como os do volante Anselmo, vindo do Joinville, e do atacante Ariel Nahuelpán, que estava no futebol mexicano. A vinda de Seijas e Nico López foram acertos, mas nas mãos de Celso Roth, treinador que claramente demonstra não trabalhar bem com estrangeiros, isso pouco se reverte em bons resultados. Com Roth, foram quase 30 dias até conseguir a primeira vitória, contra o Fortaleza, pela Copa do Brasil. Pelo Brasileirão, voltou a vencer em 8 de setembro. Diante do Santos, no Beira-Rio, o Internacional venceu por 2 a 1 em jogo de arbitragem muito polêmica. Apesar de voltar a vencer, o que era ruim, ficou pior. Além dos resultados, o time jamais apresentou um futebol minimamente convincente. Foram seis derrotas seguidas entre jogos do Brasileiro e Copa do Brasil. Nos últimos cinco jogos, porém, três vitórias dramáticas por apenas um gol de diferença tiraram o Inter temporariamente da zona de rebaixamento, algo que pode voltar a acontecer a qualquer momento. Além da heroica classificação às semifinais da Copa do Brasil. Mas não se engane. Pouco se deve à direção e ao treinador Celso Roth. Pelo apresentado até então, apenas a individualidade de jogadores como Vitinho, Seijas, Valdívia e Danilo Fernandes pode salvar o Internacional de um desastroso fim de ano.

O conteúdo acima é de responsabilidade expressa de seu autor. O Doentes por Futebol respeita todas as opiniões discordantes e tem por missão promover o debate saudável entre ideias.

O post Uma análise da gestão Piffero no Internacional apareceu primeiro em DOENTES POR FUTEBOL.



from DOENTES POR FUTEBOL http://ift.tt/2fctV8b
via IFTTT

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

A Deep Web do futebol

Day 3 of the SAG Lime Invitational Challenge held at the Shrewsbury Aquatic Center on 5th September 2015.

Um dos muitos lances de gol das eliminatórias da CONCACAF – Foto: fifa.com

Pense no pior elenco que você já viu do seu time. Ou na pior equipe profissional que você tenha assistido no estádio ou pela TV. Esqueça o lanterna do campeonato brasileiro, os clubes da disputada série D, nem pense em Venezuela, Bolívia, Luxemburgo, Andorra ou até San Marino.

Provavelmente todos eles jogariam por música e seriam capazes de se impor em ritmo moderado contra determinadas seleções do planeta. Combinados de países minúsculos e até desconhecidos que, muitas vezes escondidos em meio à ilhas, estão engatinhando no esporte, mas já se aventuram em eliminatórias sonhando integrar a festa maior da elite do futebol mundial: uma Copa do Mundo.

Bem como o lendário e secreto conteúdo digital que se mantém desconhecido por boa parte dos usuários de internet do mundo, trazemos histórias e informações de equipes que normalmente estão longe de alcançar os primeiros degraus da superfície midiática e vistosa do esporte, mas que representam nações, carregam histórias e vivenciam de perto alegrias e tristezas, sentindo o duro impacto do desnível econômico e estrutural do futebol.

tongaxsamoa

Tonga x Samoa pelas eliminatórias da Oceania: o sonho da Copa do Mundo atinge a todos – Foto: fifa.com

Taiti, potência ou fiasco? Depende do ponto de vista

Em 2012, o Taiti disputou de forma surpreendente a final da Copa das Nações da Oceania, bateu a favorita Nova Caledônia e comemorou o título. A conquista foi ainda mais significativa, já que a equipe ganhou com ela o direito de participar pela primeira vez da Copa das Confederações, que seria disputada em 2013 no Brasil. O feito, até então era dominado por Austrália e Nova Zelândia, as potências do continente. Assim, em 2013, em meio a muita euforia e repleto de jogadores amadores, o Taiti atravessou o planeta e chegou ao país do futebol. No entanto, sentiu rapidamente o duro choque de realidade ao enfrentar seleções tradicionais. Com uma campanha de 3 jogos, 24 gols sofridos e 1 marcado, restou aos taitianos uma despedida se agarrando ao êxito de ter balançado a rede uma vez, na derrota por 7×1 na estreia contra a Nigéria.

taitiespanha

Um dos muitos gols espanhóis na derrota taitiana por 10×0 – Foto: fifa.com

Mas nem só de goleadas contras vive o Taiti. Um ano antes, entrava em campo pela Copa das Nações da Oceania em um início mais feliz. Atropelou Samoa por 10×1, dando mostras de que queria a vaga no Brasil. Poucos dias depois, Nova Caledônia, a outra futura finalista, enfrentaria o mesmo frágil adversário e faria 9×0. Samoa, que em meio a seu vasto histórico de derrotas impactantes, na década de 2000 registra uma única goleada a favor: 4×0 contra Samoa Americana, a famosa seleção que se tornou conhecida por ter levado 31×0 da Austrália nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002.

Samoa Americana viria a marcar seu primeiro gol oficial na história somente em 2007, num pênalti convertido contra Ilhas Salomão. A lendária primeira vitória viria em 2011, em um 4×0 contra Tonga. Tonga, que caiu diante da Austrália por 22×0 em 2001. E que teve sua única vitória frente à Ilhas Cook, por 2×1, em 2004. Cook, país menos populoso dentre todas as seleções ranqueadas da Fifa e que perdeu por 30×0 em sua estreia no futebol, em 1971. Para o Taiti.

Palestina, que goleia Timor Leste, que goleia Mongólia, que goleia Ilhas Marianas….

Na Ásia, a realidade não é diferente e os abismos estão presentes. A Mongólia figura entre os 20 maiores países do mundo em área territorial e seu esporte mais popular é o arco e flecha. Coadjuvante no futebol, filiou-se à Fifa somente em 1998. A seleção não disputou partidas internacionais oficiais por quase 4 décadas, o que prejudicou a popularização e o desenvolvimento do esporte no país. Entretanto, pequenos incentivos surgiram nos últimos anos, fazendo o futebol entrar no currículo de todas as escolas locais. Um investimento de longo prazo, mas necessário para tentar mudar uma realidade e nivelar o rendimento dentro de campo à seleções asiáticas tradicionais como Japão, Arábia Saudita e Coréia do Sul. O que inclui êxitos e (muitos) tropeços pelo caminho.

mongolinvest

O futebol está sendo descoberto aos poucos na Mongólia – Foto: fifa.com

Sem nível suficiente para determinadas competições, a Mongólia atualmente reúne esforços em torneios dentro de seu continente. A Copa do Leste Asiático, realizada de 3 em 3 anos, é um exemplo. Na seletiva para a edição de 2017, a equipe teve boa participação, com uma ampla vitória sobre Ilhas Marianas do Norte (um arquipélago localizado entre a Oceania e a Ásia) por 8×0. No entanto, com um empate e uma derrota, terminou em segundo lugar, atrás de Taipei Chinês (representante de Taiwan nas competições de futebol da FIFA), e foi eliminada.

Um ano antes, os mongóis se preparavam para enfrentar o Timor Leste na primeira fase das eliminatórias asiáticas para a Copa de 2018. No jogo de ida, fora de casa, a equipe praticamente deu adeus à vaga ao ser surpreendida por 4×1. Na volta, mais uma derrota, dessa vez por 1×0. O sonho ficou pra 2022.

timorleste4x1mong

Timor Leste 4×1 Mongólia: dai em diante seria só dureza para Timor – Foto: fifa.com

Timor Leste, outro país em evolução no futebol, ao eliminar a Mongólia, passou para a segunda fase de forma histórica. Porém, o choque não demoraria a vir. Sua presença no grupo A, com equipes mais fortes tornaria evidente o tamanho da diferença de nível entre determinados grupos de jogadores de futebol. Foi impiedosamente goleado pela Arábia Saudita por 7 e 10×0 (fora e dentro de casa), pelos Emirados Árabes por 8×0 e pela Palestina por 7×0. Terminou na lanterna do grupo, atrás da Malásia.

Lembram de Taipei Chinês, o líder do grupo da Mongólia na Copa do Leste? Depois de eliminar Brunei na primeira fase das eliminatórias, integrou o grupo F com Tailândia, Iraque e Vietnã e terminou na lanterna, com 6 jogos e 6 derrotas.

Enfrentando os melhores sendo o pior

Nas disputadas eliminatórias da CONCACAF para 2018, São Vicente e Granadinas viveu de alguns altos e muitos baixos. Beneficiando-se do direito de entrar a partir da segunda fase (pela colocação no ranking da Fifa – 134º lugar), o conjunto de ilhas de pouco mais de 103 mil habitantes conseguiu dois empates contra Guiana (2×2 e 4×4), com o último na casa do adversário, e avançou pela regra do gol fora. Na etapa seguinte, mais dois jogos emocionantes contra Aruba (2×0 e 1×2) e uma classificação que colocava o país na quarta e penúltima fase da competição.

vicentguyana

O festival de cores de São Vicente e Granadinas x Guyana – Foto: fifa.com

Eles estavam a um único passo da chance real da disputa da Copa do Mundo na Rússia. Porém, os grandes e novos problemas começavam ai. Em meio a um conjunto que foi reduzido a apenas 12 seleções, São Vicente passou por um sorteio que a deixou no grupo C, com Estados Unidos, Trinidad e Tobago e Guatemala.

Em grupos onde duas equipes avançam, era de se supor que os americanos, conduzidos pela tradição e investimento, terminassem em primeiro, deixando uma outra vaga em aberto. Uma esperança para as outras 3 seleções, mas que logo começou a se dissolver para os vicentinos quando estes se deram conta de que seu nível técnico destoava de forma brutal não apenas do grande favorito, mas de qualquer uma das equipes do grupo.

Em dois jogos contra os Estados Unidos, as duas derrotas esperadas (6×1 e 0x6).

granadeua

Goleiro vicentino desolado: contra os americanos, o buraco é um pouco mais embaixo – Foto: fifa.com

Contra Trinidad, em casa, um placar reverso, mas apertado (2×3). Fora, passeio do adversário, com mais meia dúzia de bolas na rede (6×0).

Dos encontros contra a Guatemala, se esperavam confrontos mais equilibrados, e foi exatamente do embate entre as supostas seleções mais fracas que se definiu o saco de pancadas definitivo da chave. Os guatemaltecos não pouparam esforços e atropelaram por 0x4 e 9×3.

Apesar da eliminação e da campanha de pior aproveitamento da quarta fase, São Vicente e Granadinas mantém até então o artilheiro da competição, Tevin Slater, com 5 gols.

O conteúdo acima é de responsabilidade expressa de seu autor. O Doentes por Futebol respeita todas as opiniões discordantes e tem por missão promover o debate saudável entre ideias.

O post A Deep Web do futebol apareceu primeiro em DOENTES POR FUTEBOL.



from DOENTES POR FUTEBOL http://ift.tt/2etJYLY
via IFTTT

terça-feira, 18 de outubro de 2016

FIFA 17 tem sua primeira grande atualização.Veja a lista.

Foi lançada hoje (18) pela EA Sports a primeira atualização da mais nova versão do game FIFA. Muitos detalhes foram corrigidos.

fifa17atualizado

Para quem foi jogar uma partida nesta terça-feira, foi preciso aguardar um pouco para baixar a primeira  atualização do FIFA 17 com cerca de 800 megas, lançada para todas a plataformas.

A atualização mexeu com jogabilidade, posicionamento tático da CPU, comemorações, correções gráficas, torcidas, inteligência artificial e outros detalhes.  O tão esperado placar da Premier League foi atualizado. Já os clubes brasileiros, ainda estão com os jogadores genéricos. Esta é a maior decepção da edição até aqui.

Veja abaixo a lista de correções:

Jogabilidade

– Uma situação, rara, em que uma disputa de penaltis terminava antes do esperado;
– Melhorias nas tendências de ataque da CPU;
– Um problema onde os jogadores, às vezes, atravessavam a bola após o uso de alguma habilidade;
– Aumento das chances de erro nos cruzamentos rasteiros;
– Melhorias na física da bola, onde chutes de fora da área perdiam muita velocidade;
– Posicionamento dos goleiros em escanteios;
– Melhorias nas trocas de jogadores em escanteios e faltas;
– Um problema em que o jogador tentava controlar a bola em vez de chutar;
– Melhorias em cabeçadas nos escanteios;
– Correções nas comemorações;
– Cenas de corte podem ser ignoradas;
– Melhorias nas respostas aos chutes;
– Melhorias nos passes quando a bola está no ar.

Pro Clubs

– Aumento na experiência necessária para classificações mais elevadas no Pro Clubes;
– Resolução de um problema onde as características faciais personalizadas de um determinado jogador não eram exibidas corretamente.

Ultimate Team

– A dificuldade padrão não será configurada no FUT Single-player;
– Resolvido um problema onde o jogador era forçado a substituir um atleta lesionado;
– Correções no texto.

Modo Carreira

– Correção de uma situação onde a CPU deixava os craques no banco de reservas.

Alterações Visuais

– Novos componentes adicionados ao pacote de transmissão da Premier League;
– Equipes atualizadas (kit, faixas, bandeiras) Velez Sarsfield e Tigre;
– O goleiro agora comemora corretamente após defender um último penalti;
– Resolução de um problema onde o uniforme selecionado não era o utilizado no jogo;
– Melhoria na taxa de quadros durante os jogos de habilidades no pré-jogo;
– Resolução de um problema onde o nevoeiro da respiração de um jogador era exibido distante da sua posição;
– Correções gerais.

A lista de correções vimos no meups4.com.br.

 

O conteúdo acima é de responsabilidade expressa de seu autor. O Doentes por Futebol respeita todas as opiniões discordantes e tem por missão promover o debate saudável entre ideias.

O post FIFA 17 tem sua primeira grande atualização.Veja a lista. apareceu primeiro em DOENTES POR FUTEBOL.



from DOENTES POR FUTEBOL http://ift.tt/2e42yvR
via IFTTT

Botafogo, Inter e São Paulo | Imigrantes Drops011

futebol, esporte, podcast, doentes por futebol, dpf, imigrantes da bola, áudio, rádio, sports, estádio, imigrantes, blog, fifa, américa-mg, américa, atlético-go, botafogo, bragantino, corinthians, coritiba, cruzeiro, flamengo, fluminense, vasco, vasco da gama, são paulo, palmeiras, santos, grêmio, internaciona, inter, bahia, vitória, paraná, atlético-pr, atlético, atletico mineiro, cap, cam, atlético-mg, sport, náutico, santa cruz, chapecoense, avaí, figueirense, rogério ceni, diego souza, nenê, diego, guerrero, luan, marcelo oliveira, giuliano, douglas, anderson, eduardo sasha, giovanni augusto, marquinhos gabriel, bruno henrique, lucas lima, vanderlei, zeca, marcos rocha, luan, fred, robinho, lucas pratto, rafael sóbis, willian, wilian bigode, arouca, fernando prass, lucas barrios, gabriel jesus, gabigol, gustavo scarpa, ribamar, camilo, bruno rangel, rafael moura, wellington paulista, kléber gladiador, brasileirão, brasil, campeonato brasileiro, série a, série b, cbf, destaque

A 31ª rodada foi de surpresas e revira-voltas

O Campeonato Brasileiro se mostra cada vez mais dinâmico e menos previsível. O Botafogo, dado por alguns como rebaixado, hoje já enxerga a vaga na pré-Libertadores como uma realidade. O imbatível São Paulo de alguns anos atrás, semifinalista da Libertadores, briga para não cair. E o decadente Internacional, que sempre cria expectativas, teve pela frente um Flamengo que faz grande campanha.

Nesse Drops011, Felipe Simonetti e Leandro Lainetti conversaram rapidamente sobre o que aconteceu com esses três clubes que foram destaque pelas surpresas e revira-voltas nas campanhas. Vale conferir!

O conteúdo acima é de responsabilidade expressa de seu autor. O Doentes por Futebol respeita todas as opiniões discordantes e tem por missão promover o debate saudável entre ideias.

O post Botafogo, Inter e São Paulo | Imigrantes Drops011 apareceu primeiro em DOENTES POR FUTEBOL.



from DOENTES POR FUTEBOL http://ift.tt/2eCw3Xq
via IFTTT

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

O Fla x Flu e a regra da segunda chance.

Se o Fluminense tivesse sido prejudicado com a lambança feita pelo árbitro Sandro Meira Ricci no último Fla x Flu, isto é, se o gol de Henrique fosse feito legalmente, fosse validado e, após vexaminosa confusão, fosse invalidado, talvez nenhum circo fosse armado. Talvez, apenas o Fluminense, na figura dos seus dirigentes, se lamentaria e tentaria algo de concreto. Não haveria reportagens e mais reportagens, debates e mais debates, muito menos leitura labial em rede nacional em programa dominical. Absolutamente ninguém, além do próprio clube, se importaria com prejudicado, pois a consternação com os sucessivos erros de arbitragem dura até o próximo acontecer, ou até que ele aconteça e favoreça ao invés de prejudicar. Mitologia da conveniência, “roubado é mais gostoso”.

Em 2013, no campeonato estadual, o Flamengo fora prejudicado num lance semelhante. Hernane marca contra o Duque de Caxias, gol legal, juiz valida, vexaminosa confusão, juiz volta atrás, anula. Flamengo lança então, o mesmo expediente que passou a assolar um campeonato que estava tão formidavelmente disputado como este brasileirão de 2016: a anulação da partida. Não conseguiu. O processo foi arquivado, o ERRO prevaleceu, o prejudicado que se exploda e vida que segue.
A diferença entre as situações é clara. O que se discute aqui é um fundamento que é completamente desconhecido no futebol brasileiro, do jogador que marca o gol ilegal e vai pressionar o auxiliar pedindo a validação, do simulador de agressões e faltas, do torcedor, dos dirigentes em geral: ética.

O futebol é um dos poucos esportes que não forma caráter. Não residem nele as noções de ética, respeito e honra que, por exemplo, são vistas em esportes de luta. No futebol, o adversário quer que o time sofra, seja humilhado, rebaixado, espezinhado, suma do mapa. Esta “aura” muitas vezes extrapola e o adversário quer que o outro morra. “Desperta o que há de pior no homem”, diz Rubem Fonseca. O que vale para o seu time, não vale para o meu. Se o seu ganhou, foi na “mão-grande”; não vale. Infantilização. Se fosse possível, diante de um horizonte desagradável, cada torcedor escondido atrás da máscara da passionalidade, entraria em campo e levaria a bola para casa.

Ninguém quer que o gol de Henrique seja validado. Não há como voltar nisso, embora na hora, ninguém ligue para que ele estivesse impedido, além dos flamenguistas. Não querem que regra nenhuma de interferência externa seja cumprida. Esta é a verdade: quem disputa o título quer poder desfrutar de uma possibilidade de haver uma segunda chance do Flamengo perder 3 valiosos pontos. E o Fluminense, que talvez precise dos pontos para conseguir algo no campeonato, quer desfrutar de uma possibilidade de segunda chance de obtê-los, além de, é claro, poder tentar vencer de novo um clássico.

Se a ética fosse levada em conta, TODOS, absolutamente TODOS: Flamengo, Fluminense, STJD, CBF, torcedores, mídia esportiva, leitores labiais, emissora que trava uma briga de bastidores pelos contratos de transmissão do estadual não assinados pelo Flamengo, leitores do Doentes por Futebol, respirariam aliviados e conformados de que , a despeito de comunicações, pressões, interferências, a lambança do Sr Ricci fora devidamente corrigida e o correto prevaleceu. Sem prejudicados. Mas o brasileiro é despudoradamente sem-vergonha. Tanto é que retoma seu interesse pelo jogo semana após semana independente dos lamentáveis rumos que ele toma.

E o mais terrível, há quem ache que este tipo de polêmica seja parte fundamental do futebol.

O conteúdo acima é de responsabilidade expressa de seu autor. O Doentes por Futebol respeita todas as opiniões discordantes e tem por missão promover o debate saudável entre ideias.

O post O Fla x Flu e a regra da segunda chance. apareceu primeiro em DOENTES POR FUTEBOL.



from DOENTES POR FUTEBOL http://ift.tt/2dWMQB7
via IFTTT

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Wonderkids | Imigrantes 049

futebol, esporte, podcast, doentes por futebol, dpf, imigrantes da bola, áudio, rádio, sports, estádio, imigrantes, blog, fifa, champions league, premier league, inglaterra, espanha, la liga, liga bbva, seria a, itália, calcio, ligue 1, frança, alemanha, bundesliga, bayern, bayern de munique, muller, lewandowski, guardiola, borussia dortmund, borussia, bvb, dortmund, reus, gotze, aubameyang, liverpool, coutinho, roberto firmino, klopp, chelsea, hazard, diego costa, cortouis, conte, arsenal, cazorla, alexis sanchez, ozil, manchester united, united, man united, ibrahimovic, zlatan, mkhtaryan, pogba, mourinho, man city, manchester city, city, nolito, de bruyne, aguero, yaya touré, hart, leicester, vardy, mahrez, ranieri, milan, bacca, balotelli, inter, inter de milão, internazionale, jovetic, brozovic, handanovic, roma, juventus, pjanic, higuain, napoli, dybala, mandzukic, hamsik, psg, lucas moura, lavezzi, cavani, di maria, ancellotti, real madrid, real, bale, cristiano ronaldo, ronaldo, cr7, james, james rodriguez, benzema, modric, kroos, marcelo, danilo, sergio ramos, varane, navas, casillas, barcelona, ter stegen, bravo, dani alves, daniel alves, douglas, digne, puyol, piqué, mascherano, umtiti, jordi alba, alba, busquets, rakitic, vidal, turan, arda turan, iniesta, munir, neymar, messi, suárez, sandro, luis enrique, zidane, atlético de madrid, atleti, atletico, simeone, griezmann, koke, juanfran, oblak, destaque

Quem vingou, quem vingará?

Na semana passada a revista FourFourTwo liberou uma lista dos maiores jogadores sub-21 do momento. Na lista desses wonderkids (wonderful + kids/garoto prodígio) vemos, obviamente Dele Alli, Renato Sanches e Kingsley Coman, jogadores que hoje são peças importantes em suas equipes e países e já encantam o mundo com seu futebol.

10 anos atrás (em 2007) a WorldFootball soltava uma lista semelhante, mas os nomes são poucos que conhecem perfeitamente. Claro que alguns vingaram, mas como Anderson (ilustrado na vitrine deste programa) outros amargaram e não cumpriram as expectativas. O peso nas costas de um menino de menos de 20 anos é grande e lidar com o mundo futebolístico e do glamour certamente não é fácil para um wonderkid.

No Imigrantes 049Felipe Simonetti e Marcelo Fadul convidam Gabriel Corrêa (do The Pitch Invaders, do projeto Footure) para comentar as diferenças de geração. Analisamos os jogadores que deram errados e os porquês e, com certeza, demos pitacos na atual geração que parece infalível, mas possui alguns elos mais fracos.

Quem vingará? Por que?

O programa

Avalie o Imigrantes da Bola pelo iTunes

Responda nosso questionário


Download | Feed | iTunes| Facebook | Instagram | Youtube

Deixe seu feedback pelas nossas redes sociais ou pelo e-mail.

Emails: imigrantesdabola@gmail.com

O conteúdo acima é de responsabilidade expressa de seu autor. O Doentes por Futebol respeita todas as opiniões discordantes e tem por missão promover o debate saudável entre ideias.

O post Wonderkids | Imigrantes 049 apareceu primeiro em DOENTES POR FUTEBOL.



from DOENTES POR FUTEBOL http://ift.tt/2exWWej
via IFTTT

Involução à Argentina

Foto: Olé - Aguero perdeu um pênalti diante dos paraguaios

Foto: Olé – Aguero perdeu um pênalti diante dos paraguaios

É incrível como o futebol dá voltas. E que o diga a Argentina. De melhor seleção do continente há pouco mais de três meses, a Albiceleste agora teme ficar de fora da Copa do Mundo em 2018.

Um cenário improvável para quem desembarcou nos Estados Unidos como o principal favorito para a Copa América Centenário e mostrou dentro de campo que a badalação não acontecia por acaso.

O título novamente não veio nos pênaltis, diante do algoz Chile. O novo vice, somado à grave crise que toma conta da AFA, fez com que Tata Martino entregasse o cargo.

Foto: Divulgação/AFA - Tata Martino chegou a ficar sete meses sem receber salários

Foto: Divulgação/AFA – Tata Martino chegou a ficar sete meses sem receber salário

Mesmo com a frustração do jejum de 23 anos sem títulos, não havia motivo para uma demissão. Por isso a saída do técnico causou um forte estrago aos bicampeões do mundo.

A Argentina mostrava um bom futebol. Conseguiu resolver a falta de equilíbrio entre ataque e defesa, contando com um time compacto, que variava entre o 4-2-3-1 e o 4-1-4-1, este último principalmente sem Messi. Aliás, foi sem a Pulga em campo que a Albiceleste venceu o Chile por 2 a 1 na estreia da competição continental.

O ex-técnico do Barcelona deixou a seleção argentina no terceiro do lugar das Eliminatórias, com 11 pontos em seis partidas. Quatro rodadas depois, o time caiu para a quinta posição e somou apenas cinco pontos sob o comando de Bauza.

Foto: Olé - Bauza virá pressionado ao Brasil

Foto: Olé – Bauza virá pressionado ao Brasil

Mas por que essa diferença? O 4-2-3-1 continua em campo, mas sem a mesma compactação. Com a ausência de Messi, Aguero, por exemplo, encarou a função de enganche contra o Paraguai no último jogo. Demorou pouco tempo para o esquema se tornar um 4-2-4, com os dois volantes (Mascherano e Banega) cada vez mais distantes do quarteto ofensivo.

O espaçamento do time ficou ainda mais claro no gol paraguaio. Um contra ataque rápido, que pegou a defesa desprotegida e aproveitou o espaço nas costas de Demichelis e Rojo.

Com a equipe espalhada em campo, a Argentina sofre para criar. E joga cada vez pior. Um desperdício para uma seleção com tanto bons jogadores à disposição.

Edgardo Bauza também é criticado por suas convocações. Diante dos paraguaios, escalou Demichelis no lugar do suspenso Otamendi. O zagueiro do Espanyol não disputava uma partida oficial desde o dia primeiro de maio, quando ainda defendia o Manchester City, e estava claramente sem ritmo.

Além disso, a Fox Sports da Argentina acusa o treinador de privilegiar os amigos de Messi nas convocaçõs. Segundo a emissora, seria este o motivo de Aguero seguir na equipe titular e Mauro Icardi sequer ser convocado.

Pressionado, Bauza terá o desafio de recuperar o time já na próxima rodada, logo no Superclássico contra o Brasil, em Belo Horizonte. Um jogo que pode ter a sua cara. Ninguem ficará surpreso se a Argentina vier fechada, esperando os contra ataques. Um bom cenário para um técnico conhecido por seu pragmatismo, mas pouco para quem sonha em colocar uma terceira estrela no peito…

O conteúdo acima é de responsabilidade expressa de seu autor. O Doentes por Futebol respeita todas as opiniões discordantes e tem por missão promover o debate saudável entre ideias.

O post Involução à Argentina apareceu primeiro em DOENTES POR FUTEBOL.



from DOENTES POR FUTEBOL http://ift.tt/2e0AJD5
via IFTTT

Liverpool com a cara de Klopp

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Tite precisou de três jogos para recuperar a Seleção

Foto: Lucas Figueiredo - Neymar (dir) tem a ganhar com o jogo coletivo da Seleção

Foto: Lucas Figueiredo – Neymar (dir) tem a ganhar com o jogo coletivo da Seleção

Três vitórias, 10 gols marcados e apenas um sofrido. Os resultados mostram como é interessante o começo de Tite à frente da Seleção. Mas, além dos números, o desempenho da Canarinho empolga. Mesmo com pouco tempo para treinar, o técnico começa a dar sua cara ao time.

Sabedor de que a rotina de uma seleção é diferente do que encontrava nos clubes, o gaúcho optou por definir logo o seu modelo de jogo, adaptando as peças ao seu plano. Implantou, como no Corinthians, o 4-1-4-1, trazendo com ele conceitos como a compactação, o jogo apoiado, as triangulações, defesa e ataque em bloco e as rápidas transições.

Noções que a maioria dos convocados já conhecia em seus respectivos clubes, mas faziam falta à Seleção. Com uma estratégia bem definida, Tite foge da necessidade de fazer experiências e consegue praticamente montar um time base. Exceto pelas brigas no meio campo (Casemiro ou Fernandinho? Paulinho ou Giuliano?), causadas justamente pelas ausências diante da Bolívia, ou o duelo entre Philippe Coutinho e William, é quase possível escalar o 11 titular verde e amarelo. Na zaga, talvez seja questão de tempo para Thiago Silva recuperar a vaga que hoje é de Marquinhos.

Chama a atenção o jogo coletivo da Seleção. Compacta, aproxima os atletas, dá mais opções e minimiza os erros de passe. Neymar, por exemplo, foi mais ativo diante dos bolivianos, tendo Gabriel Jesus, Renato Augusto e Filipe Luís por perto para buscar triangulações.

Tite, inclusive, repetiu no lado esquerdo o que fazia no Timão, mas pelo lado direito, com Fagner, Jadson e Renato Augusto. Nos dois casos tinha ali o eixo principal da equipe, com o ponta (Neymar e Jadson) flutuando em campo.

É preciso elogiar o começo de trabalho, mesmo levando em conta as fragilidades da Bolívia, mas isso não significa achar que o Brasil vencerá os próximos 16 jogos oficiais que terá pela frente, de Mérida, na Venezuela, até Moscou, culminando no Hexa. Trata-se de um recorte do momento, que sofrerá alterações conforme a evolução da equipe.

Foto: Lucas Figueiredo - A "Titebilidade" chegou de vez à Seleção

Foto: Lucas Figueiredo – A “Titebilidade” chegou de vez à Seleção

Em solo venezuelano, o treinador lidará pela primeira vez com a ausência de Neymar. A tendência é que Coutinho migre para a esquerda, aonde atua no Liverpool, e William volte à ponta direita. Um bom teste, diante da lanterna das Eliminatórias, mas que segurou um empate com a Argentina em sua última partida como mandante.

Se ainda é cedo para prever até onde a Seleção pode chegar, ao menos já é possível mensurar que aos poucos o time nacional volta a se aproximar do torcedor, principalmente após o ouro olímpico. Nada como um dia depois do outro…

O conteúdo acima é de responsabilidade expressa de seu autor. O Doentes por Futebol respeita todas as opiniões discordantes e tem por missão promover o debate saudável entre ideias.

O post Tite precisou de três jogos para recuperar a Seleção apareceu primeiro em DOENTES POR FUTEBOL.



from DOENTES POR FUTEBOL http://ift.tt/2eb4J1B
via IFTTT

Imigrantes 048 | 2017: FIFA X PES

capa

FIFA ou PES?

Ano vai e ano vem e a polêmica continua a mesma: FIFA ou Pro Evolution Soccer (PES)? Muito da discussão já se tornou papo de fanboy, defendendo sem argumentos os jogos, o que pode-se chegar a um consenso é que o nível que os jogos de futebol chegaram é altíssimo. Cada vez mais próximos da realidade, FIFA e PES impressionam principalmente quem não está acostumado com o meio.

E tem mais, os jogos trazem modos exclusivos, no qual você controla um ou mais jogadores, conta uma história, se põe no papel do dirigente ou monta um time dos sonhos na comunidade online. É incrível, por isso, resolver destrinchar tudo que tange o mundo desses games.

O Imigrantes 048, contudo, se afasta do que foi o Imigrantes 024, focamos nos dois principais jogos do momento e para analisá-los, Felipe Simonetti e Marcelo Fadul convidaram os youtubers Crocodillo e JuninhooBH. Não tem como perder, ficou muito legal o programa.

Qual jogo você prefere? Por que?

O programa

Avalie o Imigrantes da Bola pelo iTunes

Responda nosso questionário


Download | Feed | iTunes| Facebook | Instagram | Youtube

Deixe seu feedback pelas nossas redes sociais ou pelo e-mail.

Emails: imigrantesdabola@gmail.com

O conteúdo acima é de responsabilidade expressa de seu autor. O Doentes por Futebol respeita todas as opiniões discordantes e tem por missão promover o debate saudável entre ideias.

O post Imigrantes 048 | 2017: FIFA X PES apareceu primeiro em DOENTES POR FUTEBOL.



from DOENTES POR FUTEBOL http://ift.tt/2dSZuoi
via IFTTT

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

A novidade que vem das Canárias

As Ilhas Canárias são uma das oito regiões com uma consideração especial da nacionalidade histórica reconhecidas como tal pelo governo da Espanha. Sua história é famosa desde a Antiguidade: estima-se que as ilhas tenham 30 milhões de anos. As Canárias eram habitadas por uma população indígena conhecida coletivamente como “guanches”. No entanto, as origens desses povos ainda são pautas de discussões entre historiadores e linguistas espanhóis. Várias teorias têm sido propostas, alcançando vários graus de aceitação. Porém, engana-se que somente os indígenas da ilha, cujo destino turismo tem crescido nos últimos anos e proporcionado o desenvolvimento da construção civil, é motivo de debate quando se pensa em Canárias. Isso porque, em âmbito esportivo, um clube proveniente da região tem encantado a todos neste início de temporada: a Unión Deportiva Las Palmas. Treinada pelo brilhante Quique Setién, os amarillos, como são chamados, estão na sétima posição com 11 pontos, somente a dois do Barcelona, que abre a zona de Liga dos Campeões.

Antes de começarmos a analisar o Las Palmas, vamos dar uma volta no tempo. A equipe voltou para a primeira divisão em 2015, depois de 14 anos disputando somente a segunda divisão, completando um trajeto que pôs fim a uma etapa dolorosa da instituição. A fórmula para competir no regresso à elite foi a mesma utilizada na década de 60, quando era habitual o clube brigar pelo título da Liga: formar um elenco essencialmente canário, com jogadores nascidos e criados na ilha, justamente para criar uma identidade. Mas o início de Liga foi complicado: somente quatro pontos em 24. As dúvidas não correspondiam somente a delicada questão numérica, mas sim também ao modelo de jogo, proposto pelo comandante Paco Herrera. Em suma, a equipe não se encontrava. Era necessária uma mudança. E ela, definitivamente, veio.

Foto: Site Oficial da Las Palmas | O criador: o técnico Quique Setién é o grande responsável pelo momento do clube das Ilhas Canárias

Foto: Site Oficial da Las Palmas | O criador: o técnico Quique Setién é o grande responsável pelo momento do clube das Ilhas Canárias

A chegada de Quique Setién representou o início de uma nova era ao Las Palmas. E o técnico, desde o primeira dia, estabeleceu um padrão: ter a bola, não importa o contexto. De certa forma, sua chegada significou uma troca radical de paradigma. Com Paco, o Las Palmas costumava atuar em um 5-3-2 que privilegiava um jogo mais físico e defensivo. Não estava dando certo. Setién deu espaço a um 4-2-3-1 que variava para um 4-1-4-1, esquema mais coerente às características do elenco. O motivo do time ter melhorado a qualidade da troca de passes nasceu através do impacto que teve a dupla de volantes formada por Roque Mesa e Vicente Gómez. Principalmente por Mesa, um dínamo que organiza o jogo no melhor estilo de Modric ou Xavi: inteligente para construir, ágil para vencer pressões, paciente para bater linhas.

Foram dois meses até os jogadores compreenderem e assimilarem por total a ideia, exposta numa partida contra o líder Barcelona no estádio Gran Canário em fevereiro. O Las Palmas perdeu por 2 a 1, mas foi elogiado pelos jogadores culés, que à época defendiam uma invencibilidade histórica e passavam a impressão que parecia uma missão impossível alguém derrotá-los. Estava claro: mesmo não tendo conquistado três pontos, o ritmo imposto pelos amarillos serviu para explodir e consolidar a fórmula implantada por Setién. A reta final de Liga explica a ascensão: nos últimos dez jogos, foram sete vitórias, um empate e duas derrotas. A expectativa para a temporada posterior era alta.

Mas, de uma forma ou outra, o Las Palmas das sete primeiras rodadas joga diferente. O futebol continua brilhante, mas Setién adicionou novos mecanismos que melhoraram o equilíbrio do time. Cabe evidenciar que os canários não são um time camaleônico, que se adapta a derivados contextos, mas sim que os recursos propostos pelo comandante permitem uma maior solidez na retaguarda. Não sabemos até onde vai durar, certamente uma hora o Las Palmas terá uma queda em seu jogo, mas se trata de uma equipe completa em todas as fases.

O ataque é organizado, os passes têm fluidez e a criação de jogadas é em alto nível. Além disso, a saída de bola é um aspecto que merece estudo. A figura de Lemos, a onipresença de Mesa e a inteligência de Gómez garantem consistência nos primeiros passes. Ademais, quando Tana ou Jonathan Viera recuam para garantir apoio, o Las Palmas também ganha em opções para transitar de maneira mais veloz. Por falar em Jonathan Viera, o camisa 21 é outro talento. Se Roque Mesa constrói em zonas mais recuadas, Viera assume funções em zonas mais relacionadas aos metros finais. É o Messi canário: um jogador versátil ofensivamente, rico em dribles, com movimentos em diagonais sempre perigosos e inventivo. Enquanto isso, Kevin Prince Boateng (a maior contratação do clube no verão) segue se encontrando rodada após rodada (e o coletivo tem ajudado-o bastante). Jogando aberto à esquerda, o ganês ainda não é o que os dirigentes sonharam, mas só o fato de ter ajudas que potencializam o individual já garantem uma certeza de que a evolução é certa.

Foto: Site Oficial da Liga Santander | Roque Mesa (esquerda) e Jonathan Viera (centro): os dínamos do meio-campo amarillo

Foto: Site Oficial da Liga Santander | Roque Mesa (esquerda) e Jonathan Viera (centro): os dínamos do meio-campo amarillo

O que mais impressiona nos Las Palmas é a confiança com a qual a equipe joga. Peguemos como exemplo o empate contra o Real Madrid por 2 a 2, há duas semanas. Não foi nem de longe a melhor partida dos amarillos no ano (pelo contrário, em um aspecto geral foi uma má atuação), mas conseguiram sair com um ponto. O que explica? O simples fato de, mentalmente, o time acreditar que pode contornar qualquer situação. Em condições normais, o que o Real construiu naquele dia valeria para uma vitória confortável. Não conseguiu porque enfrentou um desses conjuntos originais que nascem com certa frequência na Liga Espanhola. Aproveitemos.

O conteúdo acima é de responsabilidade expressa de seu autor. O Doentes por Futebol respeita todas as opiniões discordantes e tem por missão promover o debate saudável entre ideias.

O post A novidade que vem das Canárias apareceu primeiro em DOENTES POR FUTEBOL.



from DOENTES POR FUTEBOL http://ift.tt/2cV858B
via IFTTT