segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Hexagonal promete ser duro para a seleção sub-20

A seleção brasileira sub-20 está disputando mais um Sul-Americano da categoria nas mesmas condições de sempre: estádios ruins, gramados ruins, clima hostil e jogos de muita imposição física, o que prejudica uma análise mais abalizada sobre o real desempenho da equipe. Porém, mesmo dentro desse contexto, podemos fazer algumas avaliações e projeções para o hexagonal final que começa nesta segunda-feira.

ESTE TEXTO É UMA COLABORAÇÃO DO SITE OLHEIROS

Classificar antecipadamente, com uma sequência de quatro jogos em oito dias, foi excelente. Méritos ao técnico Rogério Micale, que coloca em campo, como sempre, uma equipe muito sólida e organizada. Os gols sofridos na primeira fase quase sempre foram em situações individuais fortuitas. O Brasil teve as melhores chances de gol em todos os jogos e pôde se dar ao luxo de poupar o time todo contra a Colômbia, a partida derradeira.

Alguns destaques individuais precisam ser ressaltados, especialmente o zagueiro Lyanco, com sua personalidade, o volante Caio Henrique, sempre um bom primeiro passe, o forte atacante Richarlison e o sempre oportunista Felipe Vizeu. Matheus Sávio ganhou a titularidade com justiça, deu mais verticalidade. Por outro lado, esperávamos mais de David Neres e dos laterais.

Onde estão os principais problemas? O volante de mais saída, Douglas Luiz, não conseguiu jogar aquilo que sabe, e Maycon deve ganhar a posição com méritos. Com essa situação, esperamos mais fluidez ofensiva e uma transição mais qualificada. Os pontas reservas não convenceram, especialmente Artur e Giovanny, que são habilidosos, mas muito pouco produtivos.

O hexagonal tem tudo para ser duríssimo. Do outro grupo somam-se duas equipes fortes e que encorparam muito durante a primeira fase: a Argentina e o Uruguai. Os charruas, especialmente, tem grandes talentos, como o meia Rodrigo Amaral. A Venezuela de Dudamel apresentou ótima solidez defensiva. Colômbia e Equador, que o Brasil já conhece, não devem vender nada fácil seus jogos.

Antes de tudo, o importante é conquistar uma das quatro vagas ao Mundial. O contexto do Sul-Americano costuma ser mais duro que o da competição máxima do futebol sub-20. E num possível Mundial, Rogério Micale não poderá esquecer de Vitinho, do Palmeiras, Arthur Gomes, do Santos, além de observar outros nomes que podem crescer no primeiro semestre do ano.

Jogos da primeira rodada

Colômbia x Venezuela
Uruguai x Argentina
Equador x Brasil

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sábado, 28 de janeiro de 2017

CAN2017: Resumo da primeira fase e um panorama das quartas de final

A Copa Africana das Nações 2017, disputada no Gabão, teve nesta semana o final da sua primeira fase, classificatória às quartas de final. Bons jogos, gols bonitos e sobretudo, surpresas com a desclassificação de favoritos ao título e a ascensão, em aspectos técnicos e táticos de seleções que outrora não têm tanta tradição dentro do Continente. Doentes por Futebol, acompanha a principal competição da África e traz à você um resumo da primeira fase do torneio e uma prévia das quartas de final.

Os destaques

Um dos principais representantes da escola africana de futebol, Camarões chegou ao Gabão como uma grande incógnita. Com desfalques importantes, muitos jogadores recusando a convocatória do treinador do treinador belga Hugo Bross. Entretanto, sem tempo à lamentar as ausências, o treinador belga deixou de lado o medo e apostou na valorização de novas promessas. Conquistou o respeito do grupo, que nitidamente, fechou com o treinador, algo raro para Camarões nos últimos anos. Contando com um sólido sistema defensivo, comandado pelo experiente N’Kolou e com bons jogos de Moukandjo, os “Leões Indomáveis” avançaram às quartas de final jogando a pressão para seus adversários e fizeram o dito “dever de casa”. Diante do Senegal, Camarões irá ter sem sombra de dúvidas seu grande teste de fogo.

Benjamin Moukandjo (8) assumiu a responsabilidade e vem sendo um dos destaques camaroneses nesta CAN2017 (foto: Gavin Barker/BackpagePix)

Apontada como favorita e com uma geração de muito talento, Senegal apresentou um ótimo futebol nesta primeira fase. Líder do grupo D, com sete pontos ganhos, os senegaleses têm muita força ofensiva, mas ao contrário dos últimos anos, uma sólida defesa, que passa muita confiança. Apontado, por razões óbvias, como um dos destaques da sua seleção, Sadio Mané até aqui não vem decepcionando os que acreditam nesta sua condição e vem sendo, sem dúvidas, um dos grandes jogadores de sua equipe, muito bem montada pelo ex-jogador/capitão senegalês, Aliou Cissé, que trouxe à sua equipe uma característica de jogo semelhante ao Senegal de 2002, que encantou o Mundo e era treinado pelo francês Bruno Metsu: a transição em passes rápidos da defesa ao ataque, sempre em velocidade e com qualidade técnica.

Sadio Mané, é um dos destaques da CAN2017 (foto: Sydney Mahlangu/ BackpagePix)

Após anos no ostracismo, o “Rei de Copas” da África, sob a batuta do argentino Hector Cuper, recuperou seu estilo de jogo, pragmático e acima de tudo, extremamente competitivo. O resultado foi o primeiro lugar do grupo D, com sete pontos ganhos, à frente de Ghana, Mali e Uganda. Apostando na consistência defensiva que marcou as grandes seleções egípcias ao longo da história, os “Faraós” fizeram um jogo equilibrado diante de Mali e venceram pela mínima contagem Uganda e Ghana. Pode ser pouco, mas historicamente o Egito das grandes conquistas sempre jogou assim, valorizando a posse de bola e sabendo jogar a pressão para cima dos seus oponentes. Levando em consideração, esta primeira fase, a equipe recuperou este estilo, perdido nos últimos sete anos.

Com um grupo jovem e de muito talento, o Egito vem recuperando o espaço perdido no cenário (foto: Chris Ricco / Backpagepix)

Terceiro lugar na CAN 2015, a República Democrática do Congo, sob batuta de Floriant Ibengé, treinador local que conhece como poucos o futebol africano e que desde 2014 vem realizando excelente trabalho à frente dos “Leopardos”, vem adquirindo uma mentalidade vencedora, podemos definir assim. E esta mentalidade vencedora faz
de sua equipe, líder do difícil grupo C, com sete pontos ganhos, deixando para trás Marrocos, Costa do Marfim e Togo, uma equipe candidata a voos mais longos. Jogando ofensivamente, com muita velocidade na transição. Além destes fatores, a República Democrática do Congo conta, até aqui, com a grande fase de Junior Kabananga, que marcou em todos os jogos e com três gols é o artilheiro do torneio. Além de Kabananga, Neeskens Kebano e o experiente Diumerci Mbokani vêm jogando muito bem e são esperanças diante de um páreo duro para os congoleses nestas quartas de final: a temida Ghana!

Neeskens Kebango (10), comemora seu gol diante da Costa do Marfim (foto: Samuel Shivambu/BackpagePix)

As Surpresas

Vice-campeã em 2013, Burkina Faso não chega a ser uma novidade, entretanto é inegável que o retorno do treinador português Paulo Duarte, que lançou muitos dos jogadores que hoje estão na seleção,  trouxe aos “Garanhões” o padrão de jogo perdido após a sua saída da equipe. Contando com um grupo entrosado e experiente, Burkina Faso terminou em primeiro lugar do grupo A, com grande destaque para as atuações de Préjuce Nakoulma, na literal função do centroavante de referência, é um dos destaques da sua equipe.

Bertrand Traoré (branco) é um dos bons valores de Burkina Faso (foto: Sydney Mahlangu/Backpagepix)

Segundo lugar no dificílimo grupo C, Marrocos tem no seu banco de reservas, um grande trunfo: Hervé Renard, treinador francês bicampeão da competição. Após a derrota na estreia (1×0 para a República Democrática do Congo), os “Leões dos Atlas” colocaram os nervos no lugar e venceram Togo (3×1) e os atuais campeões, a Costa do Marfim (1×0). Diante dos marfinenses, os marroquinos jogaram esperando o momento do contra-ataque, aposta bem sucedida, graças ao talento técnico de Rachid Alioui, autor de um dos gols mais bonitos da competição neste duelo que definiu a passagem marroquina às quartas de final.

Com Hervé Renard no comando, Marrocos avançou às quartas e sonha com o título (foto: Samuel Shivambu/BackpagePix)

As decepções

País-sede e com boas participações em outras edições da CAN, certamente esperava-se muito mais de Gabão. Entretanto, nitidamente o clima de instabilidade político-econômica vivido no país atrapalhou demais a seleção, somando isso a um planejamento totalmente errado da federação local que às vésperas da CAN, trouxe o espanhol Antônio Camacho para o lugar do português Jorge Costa. Em campo, uma equipe confusa e que em momento algum soube exercer o fator mandante com o apoio do seu torcedor. Assim, nem com o talento de Aubameyang, foi suficiente para evitar a precoce desclassificação.

Nem o talento de Aubameyang foi capaz de livrar o Gabão da precoce desclassificação (foto: Gavin Barker/)

Ainda “sobrevivendo” dos maravilhosos feitos do Mundial de 2014, a Argélia é certamente uma das grandes decepções e parece que a ausência do mentor daquela seleção, o treinador Vahid Halilhodžic, é o grande problema. De lá para cá, a expectativa criada é sempre grande, mas a Argélia não tem conseguido superar as mesmas. Nesta CAN não foi diferente, apesar do ataque executar um bom trabalho, a defesa segue sendo o grande problema e as falhas apresentadas ao longo dos jogos do torneio, mostram isso e apesar do esforço de Sophiane Hanni, Ryad Mahrez e Islam Slimani, não foi o suficiente para colocar a Argélia nas quartas de final!

Apesar de um ataque eficiente, a defesa argelina tem sido o ponto fraco da equipe (foto: Sydney Mahlangu/ BackpagePix)

Atual campeã, a Costa do Marfim chegou ao Gabão cercada de muitas boas expectativas quanto a mais uma participação. Entretanto contando com apenas 10 jogadores da vitoriosa campanha de 2015 e muitos jovens valores estreando na competição, os “Elefantes”, sucumbiram justamente à falta de experiência e a ansiedade claramente vista ao longo dos jogos, onde tiveram domínio territorial mas não conseguiam no passe final converter em gols as oportunidades criadas. O alerta está ligado entre os marfinenses, mas o treinador Dussuyer deve seguir com a renovação que vem promovendo.

O primeiro teste da renovação marfinense, não foi bem sucedido. (foto: Samuel Shivambu/BackpagePix)

As camisas de respeito

Após a derrota na estreia (2×0 para o Senegal), muitos deram a Tunísia como eliminada da competição. Cabe ressaltar que os tunisianos criaram inúmeras oportunidades mas esbarraram em seus próprios erros de ataque, perdendo a partida para os senegaleses. O jogo decisivo entretanto seria diante da Argélia e com uma atuação convincente, as “Águias de Cartago” venceram (2×1) e seguiram rumo a classificação às quartas de final. Com grande destaque para a força ofensiva, onde Youssef Msakni vem jogando o fino da bola, sendo um dos  bons destaques da equipe de Henryk Kasperczak.

Após recuperar-se da derrota na estreia, Tunísia segue firme na CAN (foto: Sydney Mahlangu/ BackpagePix)

Eles podem não estar em seus melhores dias, podem estar há 32 anos sem conquistar o continente, mas a seleção de Ghana é sempre um adversário à ser respeitado. Apesar do segundo lugar no grupo D, os ghaneses foram uma das primeiras seleções a garantir lugar nas quartas de final. Se já não possuem o mesmo futebol vistoso e com o volume intenso de anos anteriores, os comandados de Avant Grant têm muita experiência, um conjunto entrosado liderados em campo, por Andre Ayew e Asamoah Gyan. O destaque coletivo de Ghana fica justamente em função da consistência defensiva.

Tetracampeã africana, Ghana segue firme e forte na competição. (foto: Chris Ricco/BackpagePix)

Os gols mais bonitos da primeira fase

Não que seja necessariamente nesta ordem, afinal, cada um dos apaixonados pelo futebol têm suas próprias impressões. Entretanto, a primeira fase da CAN 2017, teve muitos gols bonitos, desde gols em jogadas individuais, cobranças de falta com primor e chutes de longa e média distância. Doentes por Futebol selecionou algumas destas obras primas da primeira fase da competição.

O jogo era diante da poderosa seleção de Camarões, entretanto, o atacante Piqueti, da estreante Guiné-Bissau não se intimidou e marcou um golaço, misturando habilidade, velocidade e objetividade. Uma obra prima desta CAN.

Jogo decisivo entre Marrocos e Costa do Marfim, onde somente a vitória interessava às duas equipes e numa aula de contra-ataque, os marroquinos chegaram ao gol da vitória, com cinco toques na bola e uma maravilhosa conclusão de Rachid Alioui, assinando esta obra de arte!

A Argélia caiu precocemente na fase de grupos, mas Ryad Mahrez, no jogo de estreia, assinou uma obra prima diante do Zimbabwe, marcando um belo gol e mostrando os motivos que o levaram a ser eleito o melhor jogador africano de 2016.

Diante do Togo, Mubele, recebeu uma bola rebatida da defesa congolesa. Com muita classe e domínio dominou a pelota e com um “tapa” assinou um belo gol, colocando a República Democrática do Congo nas quartas de final.

Um dos destaques de Uganda, Farouk Miya não passou em branco nesta CAN. Apontado como uma jovem promessa do futebol africano, Miya anotou diante de Mali um golaço, para comprovar a sua capacidade técnica e a grande fase que vem atravessando.

Um dos gols coletivamente mais bacanas desta fase de classificação da CAN 2017 é de Abdallah Said, do Egito, diante de Uganda. Com uma troca de passes consciente, de pé em pé, até chegar ao lateral egípcio, que foi o elemento surpresa e finalizador da jogada.

Diante da Argélia, o Senegal mostrou força de reação e com um belíssimo gol de Papakouli Diop, acertando um lindo sem pulo, os “Leões de Teranga” chegaram ao empate e garantiram assim, o primeiro lugar do grupo.

Diante de Uganda, no jogo derradeiro da primeira fase, Yves Bissouma cobrou uma falta com perfeição, lembrando os bons cobradores deste estilo de falta, misturando força e muita precisão. Golaço malinês na CAN2017.

Jogo complicado e truncado, clássico do futebol africano e eis que surge falta na entrada da área para a cobrança perfeita de Mohamed Sallah. O astro egípcio cobrou com violência e marcou um golaço que colocou o Egito no caminho da classificação e liderança de sua chave.

Na estreia da CAN, Benjamin Moukandjo presentou aos torcedores com uma bela cobrança de falta diante de Burkina Faso, vencendo o ótimo goleiro burkinabé, Herve Koffi e colocando Camarões no rumo da classificação às quartas de final.

Para encerrarmos, outra bela cobrança de falta. Desta vez, o autor da obra é, Paul-Jose M’Pokou, da República Democrática do Congo, autor do segundo gol contra o Togo,com uma batida perfeita, firme e muito precisa, sem chances para o experiente Agassa.

Os confrontos das quartas de final

Burkina Faso x Tunísia – 28/01 – 14h (horário de Brasília)

Primeiro colocado no grupo A, Burkina Faso enfrenta a Tunísia,segunda colocada no grupo B. Em termos gerais, o grupo tunisiano era mais difícil e a tradicional força do norte da África chega com um leve favoritismo pelo futebol apresentado na primeira fase. Por outro lado, Burkina Faso, nas mãos de Paulo Duarte demonstra ser uma equipe com boa postura tática e conta justamente com a força do seu veloz contra-ataque e com a grande fase de Bertrand Traore e Préjuce Nakoulma para avançar às semifinais, repetindo o feito da CAN 2013.

Senegal x Camarões – 28/01 – 17h (horário de Brasília)

Um clássico desta edição da CAN está reservado para esta fase. De um lado o Senegal, seleção que mais impressionou positivamente à todos na primeira fase, terminando na liderança do grupo B, sem nenhum questionamento. Do outro a tradicional força de Camarões, que ficou em segundo lugar no grupo A, mas que com muitos desfalques superou as perspectivas negativas em torno da sua participação. O favoritismo, pelo futebol jogado, é do Senegal com sua força ofensiva, mas Camarões corre por fora e com seu pragmatismo de jogar a responsabilidade aos senegaleses, pode, porque não, surpreender.

República Democrática do Congo x Ghana – 29/01 – 14h (horário de Brasília)

Outro grande jogo pelas quartas de final envolve a República Democrática do Congo, em busca de voltar aos seus melhores dias; diante da força de Ghana, uma das gigantes da África. Os congoleses avançaram em primeiro lugar no dificílimo grupo C; não tão fácil, Ghana passou em segundo lugar no também complicado grupo D. A República Democrática do Congo terá nestas quartas de final um teste decisivo ao seu futebol bem jogado até aqui, diante de uma Ghana com muita experiência em todos os aspectos. Assim, apontar um favorito neste jogo é algo complicado, tanto que o mistério em torno de prováveis escalações, por parte de ambas as seleções vem desde que se souberam os confrontos e qualquer detalhe num jogo de forças equilibradas, como este, poderá ser decisivo e fazer enorme diferença.

Egito x Marrocos – 29/01 – 17h (horário de Brasília)

Fechando as quartas de final, um clássico da África do Norte, da África Árabe, com duas seleções buscando retomar o tempo perdido em suas próprias histórias e com dois grandes treinadores em seus respectivos bancos de reservas. Primeiro colocado no grupo D, o Egito de Hector Cuper, a cada dia que passa vem recuperando a auto-estima e com um futebol pragmático de outros tempos, mas extremamente coletivo e eficiente, é uma das gratas surpresas desta CAN, por tudo que representa a sua camisa. Do outro lado, um adverário que igualmente busca ressurgir no cenário futebolístico mundial, o Marrocos do bicampeão africano Hervé Renard, que nitidamente impôs sua mentalidade vencedora e de autoconfiança à sua equipe, que também apresentou um bom futebol na primeira fase, surpreendendo por exemplo, a Costa do Marfim, atual campeã continental, mas já eliminada pelos marroquinos. Assim, este é mais um jogo aonde apontar um favorito, é não fazer justiça ao que ambas as seleções apresentaram na primeira fase e salvo, qualquer “acidente de percurso” teremos um jogo que poderá ser decidido no tempo extra ou nas penalidades.

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Hora de valorizar os campeões

Favorito desde as projeções iniciais, o Corinthians venceu o Batatais e conquistou, nesta quarta-feira (25), a décima Copa São Paulo de sua história. Um título incontestável, com nove vitórias em nove jogos, que consagrou o técnico Osmar Loss, campeão em 2015 e vice em 2014 e 2016. Um título que, acima de tudo, mostra que o trabalho de formação do clube está no caminho certo.

Não há dúvidas de que o grande nome da equipe ao longo da campanha foi Pedrinho, craque da Copinha. Pouco badalado, o meia brilhou desde a goleada sobre o Pinheiro-MA, na fase de grupos. Com gols importantes e passes precisos, ajudou a consagrar o centroavante Carlinhos, outrora contestado, como o artilheiro do torneio. Ambos, aliás, merecem ser aproveitados entre os profissionais, e o mesmo vale para o capitão Mantuan.

Além do trio supracitado, outras peças também foram importantes. O meia Fabrício Oya cresceu na hora certa, após um início pouco empolgante. E o que dizer do coadjuvante Marquinhos, essencial no mata-mata e melhor em campo na decisão? Destaque, ainda, para o goleiro Felipe, o zagueiro Del’Amore e o lateral esquerdo Guilherme Romão, todos com boa projeção de futuro.

Em função do inchaço do elenco profissional e a limitação de inscritos para o Paulistão, ainda não é possível cravar como será o aproveitamento dos atletas campeões. Convém lembrar que Fábio Carille já tem a disposição nomes como Léo Santos, Guilherme Arana, Maycon e Léo Jabá – os quatro estão disputando o Sul-Americano Sub-20 –, e a presença de Loss como auxiliar técnico será de suma importância nessa transição.

O futebol é uma “caixinha de surpresas”. Há o garoto que vinga, há o prodígio que decepciona, ser destaque na base nem sempre é sinônimo de carreira bem sucedida. Mas, diante do contexto atual, é incoerente não apostar nos garotos e dar espaço a nomes como Yago, Jean, Paulo Roberto e Mendoza, por exemplo. Chegou a hora do Corinthians valorizar seus pratas da casa! Que a transição seja bem-feita… E que nenhum talento se perca pelo caminho!

Campanha do campeão

Primeira fase
Corinthians 6 x 0 Pinheiro-MA
Corinthians 4 x 0 Operário-MS
Corinthians 3 x 2 Taubaté-SP

Mata-Mata
Corinthians 5 x 1 Manthiqueira-SP
Corinthians 2 x 1 Coritiba-PR
Corinthians 3 x 1 Internacional-RS
Corinthians 2 x 1 Flamengo-RJ
Corinthians 3 x 0 Juventus-SP
Corinthians 2 x 1 Batatais-SP

Principais Artilheiros
11 gols – Carlinhos
5 gols – Pedrinho
4 gols – Mantuan e Marquinhos
2 gols – Fabrício Oya e Guilherme Romão

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Por que jogar o Estadual?

Foto: Divulgação/Botafogo – Abertura do Carioca teve um Moça Bonito vazio como palco

Qualquer torcedor de futebol se empolga com a chegada de uma nova temporada. Por mais eletrizante que tenham sido as movimentações do mercado de transferências ou os resultados nos amistosos de preparação, nada se compara à expectativa pelas competições que virão pela frente.

Ciente disso, as ligas e federações ao redor do mundo planejam um início de época capaz de chamar a atenção. Boa parte delas começa com a tradicional supercopa, um duelo entre os atuais vencedores do campeonato e da copa nacional. Outros, por exemplo, armam uma estreia com pompas para o atual campeão do país.

Coube a Real Madrid, campeão da UEFA Champions League, e Sevilla, vencedor da Liga Europa, abrirem a temporada europeia. Na Espanha, o mesmo Sevilla e o Barcelona se enfrentaram no início oficial da época. Já na Inglaterra, o Manchester United, dono do maior número de títulos no país, trouxe o Leicester do “conto de fadas” para o mundo real. E por ai vai, pelas supercopas ao redor do planeta.

Foto: Divulgação/Barça – O Barcelona abriu a temporada com o título da Supercopa

E no Brasil? 2190 pessoas (apenas 1690 pagantes) foram à Moça Bonita assistir numa quarta-feira à tarde a estreia entre Botafogo e Madureira. Já o Santos, último vencedor do Paulistão, abrirá a competição com um empolgante duelo contra o Linense, numa sexta-feira à noite. Isso para ficar apenas entre os dois maiores mercados do país.

O Campeonato Brasileiro, principal torneio por essas bandas, só começará na metade de maio. Até lá, três meses e meio com estaduais espalhados pelo país. Competições com menor média de público, audiências televisivas abaixo da média, pouco interesse do mercado e nível técnico mais baixo. Uma maneira estranha de tentar gerar interesse nas pessoas. Mas por que esses campeonatos seguem com tamanho destaque no calendário? A resposta é simples: política.

A política rege o futebol. Da FIFA a um clube de pequeno porte, tudo passa por um sistema político. Para se eleger é preciso de votos, e para conseguir tais votos é necessário agradar aos eleitores. A CBF, com 27 federações tendo direito a voto (num total de 47 “eleitores”, com os times da Série A completando a relação), sabe da importância de ter os representantes estaduais felizes.

Foto: Rafael Ribeiro/CBF – Candidato único, Del Nero teve os votos de 25 federações

Para as federações, os estaduais são a principal fonte de receita no ano. Recebem cota de tv, patrocínios pelas placas em campo, além de várias taxas. Sem falar, é claro, da importância institucional de ser responsável pela organização da competição.

Quanto mais datas à disposição, maior a receita. Em Pernambuco, embora sem os grandes, o torneio começou logo depois da virada de ano. No Rio Grande do Norte e no Ceará os principais times não tiveram descanso, e a bola já rola há duas semanas.

O resultado é um calendário ainda mais inchado. Quem chega à final em seu Estado, por exemplo, inicia o Brasileirão com quase 20 partidas na conta. Perde-se tecnicamente e o torcedor, em meio a um turbilhão de partidas, nem sempre tem condições financeiras de acompanhar tal maratona.

Foto: Christian Alekson/cearasc.com – No Cearense já teve clássico em 2017

Em um mundo cada vez mais global é difícil empolgar a torcida com um título local. Ela quer ter sucesso no Brasileiro (e isso não se limita aos times da Série A) ou na Copa do Brasil. Quem disputa a Libertadores, então, nem tem olhos para a competição. Nesse cenário, o torneio se torna uma faca de dois gumes. Quem vence, não fez mais do que a obrigação. Quem perde, corre o risco de uma forte turbulência logo no começo do ano.

Se uns sofrem com o excesso de jogos, outros são prejudicados por um calendário incompleto. É o caso dos times que não integram as quatro divisões do Campeonato Brasileiro. A temporada chega ao fim junto com os Estaduais, deixando milhares de atletas desempregados por todo o país.

Mas não é preciso acabar com os campeonatos estaduais. Uma boa alternativa é transforma-los em copas, com menos datas, distribuindo as partidas dentro do Brasileirão aos meios de semana. Em compensação, criar uma competição que preencha toda a temporada para os clubes não classificados no Nacional, servindo como uma divisão de acesso.

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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Tabelando com Bernardo, do RasenBallsport Leipzig

(por Leonardo Missio, do Tabelando)

Bernardo é a cara do “futebol moderno”. O típico caso do jogador que sai cedo do Brasil para jogar em um time-empresa na Europa. Outro fato que o caracteriza sua modernidade é seu estilo de jogo. Na maioria dos jogos atua como zagueiro, mas também pode jogar de volante e na lateral do campo. Além do desarme o jogador distribui o jogo como ninguém, é canhoto, dá passes rápidos e lançamentos precisos para o campo de ataque.

Bernardo Júnior nasceu em São Paulo. E como quase toda criança brasileira, tinha o sonho de ser jogador de futebol. Iniciou a carreira na base do Audax. Lá aprendeu a passar, lançar e a jogar um futebol técnico. Depois do Audax passou pela base do Coritiba. E do Coxa para finalmente ser profissional na Ponte Preta.

Sem espaço na Ponte Preta, Bernardo não pensou duas vezes em sair do país visando buscar seu espaço.

Sem espaço na Ponte Preta, Bernardo não pensou duas vezes em sair do país visando buscar seu espaço.

Na Macaca não teve muito espaço e foi emprestado para o RB Brasil. Encerrada sua participação na Série D do Brasileiro, surgiu a oportunidade de passar um tempo no RB Salzburg. Bernardo só voltou ao Brasil para fazer as malas. O time da Áustria gostou do que tinha visto e comprou o jogador.

Na temporada 2015/2016 foi campeão da Liga Austríaca e da Taça Austríaca, pelo Salzburg. Titular do time, e com um futuro promissor, recebeu a proposta de jogar a Bundesliga no RB Leipzig. E não pensou duas vezes ao aceitar.

O Tabelando conversou com o zagueiro para entender a sua saída do Brasil e desvendar os segredos do RB Leipzig, clube sensação em sua primeira disputa na Bundesliga:

Tabelando – Você tinha a opção de ficar na Ponte Preta, mas escolheu ir jogar na Áustria. Quais os motivos?

Bernardo – Eu escolhi ir pra Áustria porque via ali uma oportunidade de conseguir um atalho para uma grande liga na Europa. Já que ia jogar no melhor time do país, com possibilidade de jogar competições continentais. Além disso na Ponte via que não tinha o espaço que achava que merecia.

Tabelando – Você acredita que cada vez mais jovens jogadores fazem a mesma escolha que você: sair do Brasil e ir jogar na Europa logo cedo, por qual motivo?

Bernardo – Na Europa o futebol é mais competitivo, os jovens têm tanto espaço quanto os veteranos. E os valores financeiros também são (geralmente) mais elevados. Eu acho que são esses os motivos que levam jogadores jovens a irem para a Europa.

Tabelando – Qual foi o maior desafio encontrado quando chegou na Áustria? Idioma? Frio? Distância da família e amigos?

Bernardo – O maior desafio foi me adaptar ao estilo de jogo. O futebol é muito mais rápido e dinâmico! O resto eu tirei de letra, quanto tomei a decisão de ir para lá já esperava por esses outros “problemas”.

Tabelando – Um dos assuntos mais criticados do futebol no momento é o chamado “futebol moderno”. Jogadores que saem muito cedo do Brasil para a Europa. Para jogar em times que são comandados por um único dono multimilionário. Bernardo , você é praticamente um prato cheio para os críticos; já que esse é foi o seu caminho no futebol. Como você responde a isso?

Bernardo – Eu gostaria de perguntar qual profissional não optaria por trabalhar em uma empresa séria, com gestão consciente, salário bom e em dia e excelentes instalações. Ao invés de um lugar extremamente desorganizado e sem estrutura. É essa a analogia que eu faço quando comparado os clubes empresa em que joguei (Red Bull`s e Audax) e 99% dos clubes “tradicionais” do Brasil. Quem critica deveria trazer essa mesma situação para a sua área de trabalho e se perguntar qual escolha faria.

Tabelando – Foi campeão e titular na Áustria, jogou a Champions League. É titular com uma campanha incrível na Alemanha. Se tivesse ficado na Ponte, acha que já teria tido tantas oportunidades de mostrar seu futebol?

Bernardo – Sinceramente acho que não! Pelo menos não na Ponte! O maior exemplo é o Tchê Tchê era praticamente só eu e ele quem ficava de fora da relação para o jogo! Treinávamos sábado e domingo sozinhos no CT com um preparador físico! Ele saiu da Ponte e teve sucesso no futebol nacional, eu também saí, e venho me dando bem na Europa. O que faltou pra gente? Acho que só uma oportunidade, porque futebol os dois tem.

Tabelando – Quando o RB Leipzig foi te contratar, eles te apresentaram o planejamento da temporada. Qual era a meta estipulada para a Bundesliga?

Bernardo – Sim, o planejamento era se manter na primeira divisão nessa primeira temporada! A longo prazo, aí sim, se consolidar como uma grande força no futebol alemão.

Bernardo é bastante contundente e decidido em suas respostas. E parece dar cada passo muito bem planejado em sua carreira profissional.

Bernardo é bastante contundente e decidido em suas respostas. E parece dar cada passo muito bem planejado em sua carreira profissional.

Tabelando – A que se deve o sucesso do RB Leipzig logo em sua primeira temporada na Bundesliga?

O time tem um estilo de jogo muito claro e que combina perfeitamente com os jogadores do elenco! Futebol rápido, agressivo e ofensivo! Com jogadores jovens, promissores, com disposição para correr o campo todo e que tem vontade de vencer!

Tabelando – Começou a temporada como titular, lesionou e voltou como titular. Como se tornou essa peça tão importante no time? Com você em campo o time sofreu apenas uma derrota.

Bernardo – Acho que dou consistência defensiva muito importante ao time. No nosso estilo de jogo é importante que a defesa seja extremamente sólida, pois muitas vezes ficamos expostos, devido ao jogo ofensivo. A linha de 4 encaixou muito bem com a minha entrada e por isso hoje sou um jogador muito importante taticamente.

Tabelando – Você é um jogador “coringa”, pode jogar como volante, lateral e zagueiro. Normalmente nós vemos jogadores assim, porém mais velhos. Parece que demoram um pouco para “descobrir” que podem jogar em outras posições. Como você aprendeu e desenvolveu todas essas habilidades tão cedo? E em qual posição prefere jogar?

Bernardo – No Audax, devido ao estilo de jogo, onde muitas vezes não há posição fixa fui estimulado a jogar em várias posições (desde meio campo até zagueiro). E eu não tenho posição predileta… prefiro jogar rs.

Tabelando – Como o time pretende manter a boa forma até o final da temporada?

Bernardo – Acredito que se mantivermos nossa mentalidade de jogar jogo a jogo e o mesmo nível de comprometimento, temos tudo para continuar fazendo uma boa campanha.

Tabelando – Após os bons resultados a meta do RB Leipzig para a Bundesliga mudou?

Bernardo – Não! A meta continua sendo a mesma: 1) se manter na primeira divisão; 2) somar o maior número de pontos possível.

Tabelando – Como você explica esse ódio dos outros torcedores pelo RB Leipzig? Culpa do sucesso do time?

Bernardo – Na Alemanha não é novidade times bancados por grandes patrocinadores (Leverkusen, Hoffenheim, Dortmund, Wolfsburg, Ingolstadt). Por isso eu acredito sim, que essa “birra” se deve ao sucesso do projeto.

Tabelando – Um momento marcante na Europa e por quê?

Bernardo – Entrar em campo contra o Dinamo de Zagreb e ouvir a música tema da Champions League. No jogo mata-mata que valia a vaga para a fase de grupos da UCL.

Tabelando – Jogador mais difícil que já enfrentou? E porquê?

Bernardo – Douglas Costa. Um ala praticamente completo. Tem bom drible, é forte, inteligente e muito, mas muito rápido.

Tabelando – Em quem se espelha?

Bernardo – Eu não me espelho em ninguém. É lógico que tenho ídolos, e também jogadores com característica que admiro. Mas quero fazer a minha própria história.

Tabelando – Planos futuros?

Bernardo – Quero ter uma boa segunda metade de temporada com o RB e quem sabe ano que vem jogar uma competição europeia. E óbvio, como todo jogador, no futuro vestir a camisa da seleção do meu país.

Ficha Técnica:

Photo: GEPA pictures/ Kerstin Kummer

Nome: Bernardo Fernandes da Silva Júnior
Posições: Zagueiro, Volante, Lateral
Data de nascimento: 14/05/1995
Naturalidade: São Paulo – SP
Clubes: Audax, Coritiba, Ponte Preta, RB Brasil, RB Salzburg, RB Leipzig.

Veja mais sobre Bernardo:

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Você precisa prestar atenção na China

Foto: Divulgação – Hulk é o 2o jogador mais caro do futebol chinês

Quantos torcedores brasileiros já sentiram um frio na espinha quando ouviram falar do futebol chinês nas últimas janelas de transferências? O corinthiano, por exemplo, viu praticamente a espinha dorsal do time campeão brasileiro em 2015 se mudar sem pensar duas vezes para o outro lado do mundo.

Só que o mercado brasileiro ficou pequeno para eles, que passaram a investir também em jogadores de destaque na Europa. O Shanghai SIPG, por exemplo, pagou 60 milhões de euros para tirar Oscar do Chelsea e outros 55 milhões de euros para contratar Hulk junto ao Zenit. O Jiangsu Suning, por sua vez, desembolsou 28 milhões de euros por Ramires, ex-Chelsea. Isso para ficar nas três maiores transferências da história da Super Liga Chinesa, competição que também conta com vários nomes conhecidos do grande público, como Renato Augusto, Paulinho, Lavezzi, Witsel, Pellé, Demba Ba, Obi Mikel, Tevez, Jackson Martinez, entre outros.

Mas por que a China, que não tem tradição no futebol, passou a investir pesado na modalidade? Presidente do país desde 2013 e com mandato até 2023, Xi Jinping é o maior incentivador do futebol em terras chinesas e deu à modalidade a mesma prioridade que os demais esportes olímpicos tiveram visando os Jogos de Pequim, em 2008, quando a nação asiática ficou em primeiro lugar no quadro de medalhas. Com isso, o futebol passou a tomar conta das escolas por todo o território e inúmeras crianças começaram a ter contato com um esporte que até outro dia era exótico para elas.

Foto: CCTV – O presidente Xi Jinping sonha em receber a Copa do Mundo

Mais do que investir na formação de base, a China quer resultados a curto prazo. Jinping vê o futebol como um importante instrumento na relação do país com o ocidente, além, claro, de uma interessante oportunidade para negócios. Não por acaso o mandatário mira a Copa do Mundo. Quer ver sua seleção de volta ao Mundial, o que pode ser facilitado com o aumento de 48 equipes a partir de 2022, e, principalmente, receber o evento, se possível já em 2026. Sediar o torneio tem como objetivo atrair os olhos do mundo para a China e impulsionar o esporte através de melhorias estruturais.

Paralelo a isso, há o desenvolvimento financeiro da Super Liga Chinesa. Dos 16 clubes que disputam a competição, 14 são comandados por empresas, boa parte delas estatal, o que ajuda o projeto do governo. Além disso, há incentivo fiscal. É possível reverter até 25% dos impostos em investimento no futebol.

Isso justifica o grande valor gasto em contratações, que, por sua vez, começa a retornar como receita. A média de público nos estádios cresceu, assim como o consumo de produtos. Por mais que o aumento não acompanhe o tamanho das despesas, é um bom indício de crescimento e mostra que o público local pode abraçar de vez o futebol.

O nível técnico melhorou. Outrora vítima da máfia das apostas esportivas, agora a China vê bons jogadores desfilando em seus gramados. O problema é a limitação de estrangeiros. Cada clube só pode contar com cinco “gringos” no plantel, sendo um deles necessariamente asiático. Por jogo só podem ser relacionados quatro deles, incluindo o atleta da Ásia, mesmo modelo utilizado na Liga dos Campeões da AFC. Outro ponto curioso é que o goleiro precisa ser chinês.

Medidas protecionistas para evitar uma invasão internacional e preservar a formação de atletas locais. O que faz sentido, já que um dos objetivos é desenvolver a seleção, mas, por outro lado, atrasa o crescimento da competição nacional. Vale lembrar que a Super Liga consegue atrair jogadores no auge da carreira, diferentemente de outras ligas emergentes, com a MLS, por exemplo.

A necessidade em formar atletas e demais profissionais levou a investimentos chineses na Europa. A Ledman, gigante multinacional, é a principal patrocinadora da segunda divisão portuguesa. Até aí nada demais. A questão é que pelo acordo cada uma das equipes da competição receberá, a partir da próxima temporada, 10 jogadores e três técnicos para intercâmbio. Vale lembrar que Portugal abriga um dos centros de formação de treinadores da UEFA, além da segundona lusa contar com os times B de Benfica, Porto e Sporting. Uma boa maneira de conhecer o know-how dos grandes clubes portugueses.

Foto: Divulgação/Liga Portuguesa – Investimento chinês pelo know-how luso

Outro exemplo vem da Espanha. Empresários chineses começam a encher as categorias de base de clubes menores com atletas oriundos do oriente. Pagam para que eles se formem por lá e tenham pedigree espanhol. Com uma formação diferenciada, passam a valer mais quando voltam para casa, gerando lucro ao investidor. Vale lembrar que a obrigatoriedade de contar com atletas locais gera inflação.

Mas nem tudo são flores. Há quem tema que tudo não passe de uma bolha ou que o presidente Xi Jinping perca o interesse no futebol caso o país não vença a candidatura para receber a Copa. Independentemente disso, o mundo segue de olho na China. Afinal de contas, não dá para ignorar um mercado consumidor com quase 1.4 bilhão de pessoas.

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domingo, 22 de janeiro de 2017

Rooney e seu gol 250 pelo United. Veja por vários ângulos:

Demorou, mas finalmente o recorde chegou.

Rooney cobrando com maestria mais uma falta que morreria nas redes adversárias. Empatou jogo difícil e manteve a invencibilidade do United de José Mourinho.

Rooney cobrando com maestria mais uma falta que morreria nas redes adversárias. Empatou jogo difícil e manteve a invencibilidade do United de José Mourinho.

Infelizmente, não veio em seu melhor momento, é verdade. O craque inglês vem sendo questionado pela imprensa e fãs; além de ter perdido espaço no 11 inicial do United. Acrescente a isso a grande espera pelo momento de superar ninguém menos que Bobby Charlton. O camisa 10 não marcava um gol há 01 mês, e certamente isso devia pesar.

Mas o gol, lindo por sinal, vem para coroar sua espetacular trajetória pelo Manchester United:

Não é para qualquer um ser contratado a peso de ouro e corresponder desde a tenra idade. E Rooney conseguiu isto. Por mais que viva em altos e baixos com sua torcida; que não esquece seus pedidos de transferência para fora do clube – em 2010, por exemplo – é fato que o matador possui muito mais pontos positivos do que negativos em sua passagem pelo United.

Rooney certamente está eternizado no panteão de lendas dos Red Devils. E isso definitivamente não é pouca coisa.

De onde Rooney marca: todos os gols do matador mancuniano destrinchados por setor do campo.

De onde Rooney marca: todos os gols do matador mancuniano destrinchados por setor do campo.

Apenas com 31 anos Rooney conseguiu a marca de ser o maior goleador jogando fora de casa na English Premier League.

Apenas com 31 anos, Rooney conseguiu a marca de ser o maior goleador jogando fora de casa na English Premier League.

Não se sabe se a fase ruim (mais uma) irá passar e se o jogador de 31 anos irá recuperar seu espaço no time principal de José Mourinho. Mas, independente disso, Rooney já tratou de escrever de vez seu nome com letras douradas nas páginas da história do Manchester United.

E ele merece todos os cumprimentos por isso.

Fim de jogo e Rooney recebendo saudação merecida pela torcida.

Fim de jogo e Rooney recebendo saudação merecida pela torcida. A relação não é lá das melhores, mas o inglês merece todos os cumprimentos.

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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Pedrinho: o craque da Copinha

Após superar o Flamengo, na noite de quinta-feira, o Corinthians deu passos largos na briga pelo título da 48ª edição da Copa São Paulo. Favorito desde as projeções iniciais, o time do técnico Osmar Loss é claramente superior aos surpreendentes Juventus, Batatais e Paulista, os outros semifinalistas. E conta com aquele que é o craque do torneio: o meia Pedrinho, nascido em 1998.

Dono de cinco gols e cinco assistências em sete jogos, Pedrinho talvez não tenha a mesma projeção de Vinícius Júnior, apontado como o atleta mais talentoso já visto na base do futebol brasileiro desde Neymar. Porém, o talento do jovem corintiano também é inegável, e, somado a seu protagonismo na Copinha, já faz dele o melhor jogador da competição.

No clube há quatro temporadas, o meia pode ser promovido em breve ao elenco profissional. Entretanto, cabe ao Corinthians acertar na transição e apostar sem medo no atleta, o que não aconteceu de imediato com o volante Maycon, por exemplo. Em contrapartida, há a trajetória bem sucedida de Malcom, campeão brasileiro em 2015 e vendido ao futebol europeu.

A três meses de completar 19 anos, Pedrinho já negocia um novo contrato – o vínculo atual se encerra no final de 2018, com multa rescisória de “apenas” R$ 40 milhões. Uma boa notícia para o craque da Copa São Paulo. Melhor ainda para o torcedor corintiano, que, apostando em seu novo xodó, está perto de comemorar o décimo título do clube no principal torneio de base do país.

Resultados das quartas de final

Botafogo-RJ 0 (2) x (3) 0 Batatais-SP
Paulista-SP 1 x 0 Chapecoense-SC
Corinthians-SP 2 x 1 Flamengo-RJ
Juventus-SP 1 x 0 Bragantino-SP

Semifinais (domingo)

10h – Batatais-SP x Paulista-SP (Jundiaí)
19h45min – Corinthians-SP x Juventus-SP (Barueri)

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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Willian José e a Real Sociedad que lhe impulsiona

A Real Sociedad vai entrar em campo nesta quinta-feira, 18h15 (horário de Brasília), no Anoeta, pelo jogo de ida das quartas-de-finais da Copa do Rei, com dois trunfos para enfrentar o Barcelona. Um é mais psicológico: há dez temporadas que os bascos não perdem para o rival catalão em seu território. O outro é técnico: atualmente, não seria exagero afirmar que a equipe treinada por Eusébio Sacristan exibe, semanalmente, o plano de jogo mais coerente e em forma do futebol espanhol. A Real joga bem. E joga bem de uma forma natural. Todos os jogadores têm papéis particulares que vão se complementando como se tratasse de um grande quebra-cabeça. E quando a Real joga bem, significa que força o rival a jogar mal. O próprio Barcelona, na atual temporada, experimentou o inferno que é visitar San Sebastian hoje em dia. Em dezembro, há uma semana do Superclássico contra o Real Madrid, o time de Luis Enrique arrancou um empate por 1 a 1 que tem que ser comemorado, e não lamentado, como seria o normal. Dentro dos 90 minutos, a fluidez dos ataques e a agressividade da pressão donostiarra colocou o Barça num cenário de desconforto raríssimo.

Tudo começa no meio-campo. Illarramendi e Zurutuza são as peças do doble-pivote que permitem a prancheta de Eusébio ser colocada em prática. Ilarra, mais posicional, garante equilíbrio, enquanto Zurutuza é mais “box-to-box”, avançando principalmente sem a bola. Além da dupla, existem mais três peças-chaves. Uma é o zagueiro Iñigo Martínez, que surgiu como um fenômeno na temporada 2012/2013, nunca mais conseguiu repetir as atuações daquele campeonato, mas começa a reencontrar os rumos da carreira. O diferencial do elenco é, sem dúvida alguma, o mexicano Carlos Vela. Um dos mecanismos de ataque da Real tem a ver com o triangulo que forma no meio-campo entre Illarramendi, Zurutuza, que se adianta para a região de interior esquerdo, e Xabi Prieto, que recua à de interior direito. As associações entre o trio permitem espaços para Vela se desmarcar e, ao receber a bola, encarar no mano a mano o lateral esquerdo rival.

Há um segundo mecanismo que privilegia o brasileiro Willian José, o centroavante. Quando um adversário planeja marcar a Real em campo contrário, diminuindo os espaços para sair de trás tocando, a solução é a ligação direta de Iñigo para Willian. E aí reside a primeira forte característica do alagoano: a proteção de bola. Quando maneja esse jogo direto, é tarefa árdua para um zagueiro roubar a bola do camisa 12. Ao sair da área para dar apoio ao meio, o atacante permite a infiltração de Mikel Oyarzabal. Essa inversão de posição tem a ver com a preferência de Willian pelo setor esquerdo. Mais de 80% de seus desmarques se inclinam à região. Faz sentido. Para começar, se vai receber sozinho e com a missão de ganhar tempo, lhe convém desenvolver a jogada com o seu pé natural, driblando para dentro.

Impressiona, também, a facilidade de Willian José para ganhar disputar individuais dentro da área. É, em suma, um centroavante da estirpe de Drogba e Diego Costa, autossuficiente, com um físico portentoso e um ótimo chute a média distância. Willian José já havia chamado a atenção nos Las Palmas em 2016/2017, mas, com 24 anos, é na Real que enfim está eclipsando a sua carreira. O fato de ter se tornado uma figura essencial para um candidato de Champions é mais do que suficiente para explicar a boa campanha do brasileiro. Todo seu jogo é consequência do bom estado físico, que o permite dar profundidade e verticalidade ao estilo da Real Sociedad. Contra um Barcelona que está custando a ter o controle da partida, Willian José tem uma conjuntura ideal para aprontar mais uma artimanha no ano.

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O retorno de Keirrison ao futebol europeu

Keirrison assinou contrato de 18 meses com o Arouca de Portugal. Imagem: Arouca/Divulgação

Após seis anos de uma não sucedida passagem pelo futebol europeu, o atacante Keirrison, hoje com 28 anos, assinou contrato de 18 meses com o Arouca de Portugal, e retorna ao velho continente com o objetivo de retomar a carreira que parecia promissora há menos de uma década. O jogador nascido em Dourados, no Mato Grosso do Sul, fez sua primeira aparição no profissional em 2006 no Coritiba, em um momento delicado do clube, que havia acabado de ser rebaixado para a série B. Em 2007, Keirrison recebeu mais oportunidades e foi fundamental para que o Alviverde conquistasse o acesso e o título da segunda divisão. No ano seguinte estourou para o Brasil ao marcar 41 gols na temporada, conquistando a artilharia do Paranaense e do Brasileirão, e também o Prêmio Friedenreich.

O ótimo desempenho fez com que Keirrison fosse contratado pelo Palmeiras. No Verdão paulista, marcou 24 gols em 36 partidas, e era tratado pela imprensa como uma das esperanças do futuro no futebol brasileiro. Aí veio o Barcelona. A equipe catalã, a exemplo do que já havia feito com o zagueiro Henrique, contratou o jogador do Palmeiras para em seguida emprestá-lo. Keirrison desembarcou então no Estádio da Luz. No Benfica, teve pouquíssimas oportunidades em um time recheado de opções ofensivas, e que ainda foi ao mercado para contratar mais atacantes. Na Viola, teve mais chances, mas não consegui emplacar como imaginava. A sequência de empréstimos continuou, e Keirrison voltou ao Brasil para vestir as camisas de Santos e Cruzeiro. Em 2012, com o término de contrato com o Barcelona, Keirrison voltou às origens e assinou com o Coritiba, clube que ficou até dezembro de 2015. Nesse período passou por graves lesões e também por momentos pessoais turbulentos, o que o impediu de ter o mesmo nível de atuação de quando subiu ao profissional.

Porém, 2016 foi um ano de renascimento para o K9. No Londrina, participou de 30 partidas no ano, sendo 23 como titular, e foi autor de 7 gols, sendo vice-artilheiro da equipe na Série B do Brasileirão, atrás apenas do volante Germano, com 9. bom desempenho chamou a atenção do Arouca, equipe que nesse momento está na oitava posição do Campeonato Português, e que pretende ao menos repetir o 5º lugar da última temporada. “Estou muito feliz de retornar para a Europa. Agora é dar seguimento ao trabalho e as coisas acontecerão naturalmente”, disse Keirrison com exclusividade para o Doentes por Futebol. O atacante deixa Londrina feliz pela temporada realizada com regularidade em 2016.  “Ao Londrina, sou grato pela oportunidade. Foi um ano muito feliz de trabalho com meus companheiros, com o clube, com os torcedores, com a cidade. Sequência de jogos é muito importante,e no Londrina pude ter isso”, destacou.

Por falar em sequência de jogos, de acordo com Keirrison, as lesões que tanto o atrapalharam também estão no passado, e o jogador está pronto para jogar. “Segui dando continuidade no trabalho, por mais que estivesse de férias, eu continuo trabalhando, e cuidando da parte física e muscular. Me sinto super bem, e junto com a comissão tomaremos a decisão de quando poderei estrear. Estou muito motivado para estrear e ajudar meus companheiros”, afirmou o jogador. Para o atacante, voltar ao futebol europeu é um novo sonho que está sendo realizado. “O Arouca já me procura há algum tempo. E nas nossas conversas com a diretoria, conseguimos ter as mesmas visões e objetivos. Uns dos meus sonhos está se realizando novamente, em retornar para a Europa. Vou viver a cada dia o meu melhor, desfrutando da oportunidade que Deus está me dando de viver, de fazer o que mais amo que é jogar futebol, assim as coisas vão aparecendo e se realizando,tudo no tempo de Deus”, finalizou o K9, que no Arouca irá vestir a camisa de número 21.

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Os segredos do Batatais

A 48ª edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior está em sua reta final. Das 120 equipes que iniciaram a competição, há duas semanas, apenas sete seguem na disputa pelo título. Entre elas, favoritas do quilate de Corinthians, Flamengo (atual campeão) e Botafogo. E, também, algumas surpresas. Como o Batatais Futebol Clube, time que eliminou Sport e Ponte Preta e, sob comando do técnico Paulo Fábio Lippi Júnior, quer continuar fazendo história.

O principal segredo do Batatais talvez esteja na união do grupo de atletas. Palavras de seu próprio comandante. “Desde o início, um dos segredos foi a união. Os meninos aceitaram o que foi passado, ou seja, a ideia de que a Copa São Paulo poderia ser uma oportunidade para eles se destacarem. Todos entenderam, o elenco está fechado e determinado”, afirma Paulo Lippi, sem citar destaques individuais.

Um atleta, no entanto, vem chamando a atenção desde a primeira fase. Com cinco gols em seis partidas, o canhotinho Douglas Pote é o protagonista da equipe. O bom momento significa uma volta por cima na carreira do atacante, que, por motivos de indisciplina, chegou a ser afastado do grupo no último Paulista Sub-20, campeonato no qual o clube realizou campanha modesta. Destacam-se, ainda, o goleiro Gerson, o volante Everton Casimiro e o camisa 11 Thales.

No Batatais há oito meses, após passagens por clubes como Taquaritinga e Olé Brasil, Lippi admite que a atmosfera criada no Estádio J. D. Martins, em Cravinhos, colaborou para a façanha. “A cidade nos abraçou desde o primeiro jogo. Houve uma identificação entre os torcedores de Cravinhos e os nossos jogadores”, destaca – lá, foram quatro vitórias (duas delas sobre o Sport) e dois empates seguidos de triunfos nos pênaltis.

Diante do Botafogo-RJ, pelas quartas de final, o Batatais não contará com o “fator local”: o jogo desta quarta-feira será no José Liberatti, em Osasco, um campo com dimensões maiores em relação ao J. D. Martins. Nada, porém, que assuste Paulo Lippi e seus comandados. “Os meninos estão tranquilos, com os pés no chão. Vamos em busca da classificação”, garante o técnico, lembrando que a preparação para a Copinha foi realizada num campo com dimensões semelhantes ao de Osasco.

Não há dúvidas de que o Botafogo, atual campeão carioca e brasileiro sub-20, é o franco favorito para o confronto. No entanto, convém lembrar, Sport e Ponte Preta também tinham o favoritismo ao seu favor e, mesmo assim, provaram do veneno da sensação da Copa São Paulo. Duvidar do unido e empolgado Batatais, certamente, não é recomendável.

Campanha da equipe

Batatais 3 x 2 Sport-PE
Batatais 2 x 0 Comercial-SP
Batatais 3 x 1 Rio Claro-SP
Batatais 3 (5) x (4) 3 Ferroviária-SP
Batatais 2 x 1 Sport-PE
Batatais 1 (4) x (2) 1 Ponte Preta-SP

Time-base

Gerson, Wislem Júnior, José Neto, Léo Alves e Igor Tostes; Everton Casimiro, Maurício e Murilo; Douglas Pote, João Vitor (Victor) e Thales. Técnico: Paulo Lippi

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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

A tradição, o mercado e a Juventus

Eduardo Galeano, no mais do que recomendado Futebol ao sol e à sombra, escreveu que “o futebol é a única religião que não tem ateus”. Sendo assim, nada mais justo do que as cores, o escudo e o uniforme de um time serem sagrados. Uma santíssima trindade da bola.

Qualquer mudança em um desses três pilares gera uma enorme discussão. Mas em tempos de futebol cada vez mais comercial, acompanhando o que acontece na sociedade, o marketing deixou o fim da linha de produção, tendo que se virar para vender o produto, para se tornar parte fundamental na tomada de decisões. E nessa nova relação é comum que clubes tomem atitudes que fujam do convencional.

Traça-se aí uma cruzada entre tradição e modernidade. Os clubes, sedentos pelo crescimento das receitas, se equilibram entre o desejo de ver o torcedor consumir cada vez mais e o medo da rejeição às novidades, principalmente daqueles adeptos mais “ortodoxos”.

Foto: Juventus/Divulgação – O minimalista novo escudo da Juve

Nesse cenário, o novo escudo da Juventus gerou tamanha repercussão porque vai além de tudo o que já se viu no futebol, mesmo no tal “futebol moderno”. O símbolo, minimalista, se parece mais com alguma marca de automóveis ou a logomarca de um perfurme.

Fica claro o interesse do clube italiano em se consolidar como uma marca moderna e ultrapassar os limites da terra da bota, como se quisesse deixar claro que não é apenas um time de futebol. Pode ser que no futuro isso se torne comum e que a Juve tenha sido pioneira, mas o impacto da mudança foi extremamente negativo, sofrendo forte rejeição dos torcedores da Velha Senhora.

Mudar o escudo não é algo assim tão incomum. O Atlético de Madrid, recentemente, o modernizou. Seu grande rival, o Real, fez uma alteração mais tímida. Tirou o pequeno crucifixo que carregava na parte superior do símbolo, agradando ao patrocinador (Emirates Airline) e evitando qualquer possibilidade de rejeição em países com maioria islâmica. No Brasil também temos bons exemplos de times que modernizaram sua marca nos últimos anos, como Atlético Paranaense e Náutico, ambos muito felizes no processo.

Em poucos segmentos o conflito entre o tradicional e o novo é tão gritante como no futebol. Cabe aos clubes saber equilibrar essa relação…

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COPA AFRICANA DAS NAÇÕES 2017 – PARTE 6 – GRUPO D

Ghana

Uma das seleções mais fortes da África, Ghana chega a sua vigésima primeira participação em fases finais da CAN. Primeiro lugar no Grupo H das Eliminatórias, à frente de Moçambique, Ruanda e Ilhas Maurícius; uma classificação tranquila em um grupo que em momento algum exigiu o “algo a mais” dos ghaneses. Dona de quatro títulos continentais, em 1963, quando sediou a competição e venceu o Sudão (3×0) na final; 1965, quando na Tunísia superou os donos da casa (3×2); 1978, quando novamente na condição de país-sede bateu Uganda na final (2×0) e 1982, na Líbia, superando os donos na casa nas penalidades, após empate (1×1) nos 120 minutos; Ghana espera enfim, quebrar o jejum incômodo, ainda mais levando em conta que desde 2008, a equipe chega às semifinais, “batendo na trave”.

Entretanto, apesar do belo retrospecto, as “Estrelas Negras” terão pela frente um grande desafio, em um grupo complicado. O ataque, que sempre foi uma das grandes virtudes de Ghana nos últimos 12 anos, vem se tornado uma dor de cabeça, diante das dificuldades encontradas para colocar a bola dentro do gol. Nos últimos cinco jogos, foram apenas dois gols e a má fase do capitão e artilheiro Asamoah Gyan preocupa.

Treinada pelo israelense Avram Grant, no comando da equipe desde 2014, num dos raros casos de longevidade na África. Grant tem ao longo deste período desenvolvido um bom trabalho, entretanto, a não convocação, inesperada, do atacante Majeed Warris, especialmente num momento de crise pelo qual o ataque ghanês passa, trouxeram um clima ruim para o comandante, que vem sendo muito questionado por grande parte da imprensa e dos torcedores sobre esta sua opção.

Avram Grant, durante coletiva de imprensa da Copa Africana das Nações 2017 (foto: Chris Ricco/BackpagePix)

Provável formação

Os convocados

O destaque

Com apenas 27 anos de idade, mas uma invejável trajetória dentro da seleção de Ghana, André Ayew é o grande destaque da sua equipe. Atualmente no West Ham (ENG), Ayew chegou ao Gabão em uma condição física desconhecida, devido a uma grave lesão na coxa. Com mais de 70 jogos por Ghana, Ayew é uma presença importante pela sua liderança e na sua quarta CAN, espera poder quebrar o jejum de 35 anos sem o título continental.

Mali

Mali chega para sua décima participação em fases finais da CAN, após vencer o grupo C, à frente de Benin, Guiné-Equatorial e Sudão do Sul. Vice-campeã em 1972, na Copa Africana das Nações disputada em Camarões, quando perdeu a final (3×2) para o Congo, num dos jogos mais emocionantes da história da competição. De lá para cá o futebol malinês passou os anos 80 e 90 praticamente no ostracismo, até retomar o respeito a partir do começo de 2000.

Além do vice-campeonato de 1972, Mali obteve outros bons resultados chegando entre as quatro principais seleções do continente, ficando próximo de conquistar a tão sonhada taça e ao mesmo tempo longe da referida. As metas das “Águias do Mali” (apelido do time) para este 2017 são ousadas: conquistar pela primeira vez a CAN e a vaga para a Copa do Mundo da Rússia em 2018.

Treinada pelo ex-jogador francês Alain Giresse, que em 2015 retornou à Mali, do qual foi treinador em 2012, levando o selecionado até às semifinais. O treinador conhece bem o futebol africano, passou pelo FAR Rabat (MAR) em 2001, treinou o Gabão entre 2006 e 2010, a própria seleção do Mali e entre 2013 e 2015 esteve no Senegal. Com prestígio entre os torcedores e a imprensa local, conseguiu neste período desenvolver um bom trabalho, cabe saber até onde pode chegar a sua seleção.

Novamente à frente de Mali, onde realizou bom trabalho anteriormente, Giresse espera enfim dar o primeiro título continental para o país.

Tal qual o Senegal e a Argélia, Mali tem vários jogadores de muita qualidade que possuem a dupla nacionalidade e estão espalhados por diversos campeonatos europeus. Jogadores com ótima técnica, como Marega, do Vitória de Guimarães (POR), os irmãos Yatabaré, Syla do Montpellier (FRA) ou Sako, do Crystal Palace (ENG) e que estão acostumados a atuarem juntos e a jogos do chamado primeiro escalão do futebol. Um dos pontos que Giresse tem mencionado constantemente, diz respeito ao fator psicológico da sua equipe e a dificuldade, em função desta pressão, em conquistar a CAN, a qual em muitos momentos os jogadores têm dificuldades em lidar.

Provável formação

Os convocados

O destaque

Olho em Moussa Marega, atacante que aos 25 anos de idade, vive grande fase em sua carreira, após passagens por Amiens (FRA), Marítimo (POR), onde se destacou e foi comprado pelo Porto (POR), está emprestado ao Vitória de Guimarães (POR). Na temporada é o segundo maior artilheiro africano na Europa, atrás apenas de Pierre-Emerick Aubameyang. Certamente Marega é um dos candidatos à revelação da CAN 2017.

Egito

Primeiro colocado no Grupo G, à frente da Nigéria e da Tanzânia (outro integrante da chave, Chade desistiu após ter disputado três jogos), os “Faraós” chegam à sua vigésima terceira participação em fases finais da CAN. Os egípcios são os “reis de Copas” do continente e não serão superados tão cedo, afinal são sete títulos: 1957 (no Sudão), 1959 (quando foi sede pela primeira vez); 1986 (quando novamente foi sede do torneio); 1998 (no Burkina Faso); 2006 (quando também foi país-sede); 2008 (em Ghana) e 2010 (em Angola). Ausente das últimas três edições da CAN, muito em função dos problemas de ordem político-religiosa, que refletiram em campo, com uma onda de violência a ponto do campeonato local ter sido cancelado por dois anos, os “Faraós” aos poucos retomam sua rotina vitoriosa.

E justamente, este hiato de sete anos sem participar da competição, onde é o “Rei de Copas” e que poderia ter sido algo prejudicial ao futebol egípcio é que na verdade têm se constituído numa das suas grandes forças, pois mesmo com o futebol parado no país e uma fase de transição, entre uma geração extremamente vencedora e a atual, então promissora, é que fazem do Egito um adversário que volta ao topo e com muita qualidade e sobretudo, respeito por parte dos seus adversários. Um dos símbolos desta atual geração, é Mohamed Salah, atualmente na Roma (ITA), mas com passagens pelo futebol suíço e inglês, grande destaque dos “Faraós”.

Treinada pelo argentino Héctor Cuper, 60 anos, que levou o modesto Valencia (ESP) a duas finais de Uefa Champions League nas temporadas de 1999/2000 e 2000/2001. Após trabalhos discretos na Internazionale (ITA), Parma (ITA) e Real Bétis (SPA) e experiências em centros menos badalados do futebol mundial, como Geórgia, Grécia, Turquia, Emirados Árabes; Cuper aceitou o desafio de treinar o Egito. Estudioso do futebol em geral e acima de tudo, experiente, Cuper vem fazendo um grande trabalho á frente do selecionado, desde 2015, quando assumiu a responsabilidade de devolver a competitividade a uma das camisas mais fortes do continente e este trabalho é acima de tudo, recolocar o Egito em uma Copa do Mundo; missão que iniciou com êxito, seis pontos nos dois primeiros jogos e a liderança da Chave que ainda tem a fortíssima Ghana presente.

Com bons trabalhos ao longo da sua carreira, Hector Cuper tem a missão de recolocar o Egito no caminho das vitórias.

O trabalho de Héctor Cúper passa muito em dar autoconfiança para novos e talentosos valores. Mas para isso, o treinador argentino trouxe novamente para a seleção, o multi-experiente goleiro Essam El-Hadary, aos 43 anos de idade e quatro títulos da CAN (1998, 2006, 2008 e 2010) é o nome de confiança de Cuper. Outro aspecto positivo no trabalho e que facilita a vida do comandante está no fato que a maioria dos jogadores atuam no país e muitos destes vem do Al-Ahly Cairo, maior clube da África. Assim, a maioria dos jogadores sabe o que significa, verdadeiramente, disputar competições dentro da África, uma realidade contrária a muitas seleções, que têm a maior parte dos jogadores atuando na Europa e por assim, um pouco alheio ao que significa jogar dentro do próprio continente.

Provável formação

Os convocados

O destaque

Estrela do futebol egípcio da atualidade, Mohamed Salah é o grande destaque da sua seleção. Aos 24 anos de idade, o meia que passou a atuar, com sucesso pela ponta direita do campo, vive um grande momento e é sem sombra de dúvidas um dos principais articuladores da equipe. Em sua primeira participação na CAN, Salah espera escrever seu nome ao lado das lendas Mohamed Aboutrika e Ahmed Hassan. O Egito de Cuper é um dos grandes favoritos para levar a sua oitava coroa para o Cairo.

Uganda

Após 39 anos de ausência em fases finais da Copa Africana das Nações, Uganda retorna ao torneio em um momento interessante pelo qual o futebol no país atravessa. Será a sexta participação ugandesa na competição. Há 39 anos atrás, a equipe foi vice-campeã da CAN de 1978, que foi disputada em Ghana e que teve os anfitriões conquistando o título naquela oportunidade, sobre a que é considerada a melhor geração de Uganda da história e que tinha na época, no jovem Phillip Omondi, seu grande destaque individual.

Uganda conquistou a classificação como um dos (dois) melhores segundos colocados, ficando atrás de Burkina Faso (nos critérios de desempate), no grupo D e à frente de Botswana e Ilhas Comores. Treinada pelo sérvio Milutin Sredojevic, que há 15 anos trabalha no futebol africano, incluindo passagens pelo futebol etíope, sudanês, tanzaniano e sul-africano. No comando da seleção de Uganda desde 2013, vem desenvolvendo um trabalho à longo prazo e conquistou o respeito dos jogadores, torcedores e da imprensa local, que reconhecem a qualidade deste planejamento, como algo fundamental para que Uganda retorne aos holofotes do futebol africano.

Milutin Sredojevic é o treinador desta CAN2017 que está há mais tempo no comando da sua seleção. São 13 anos à frente de Uganda.

A estabilidade do trabalho de Sredojevic é sem sombra de dúvidas o ponto forte de Uganda, ainda mais levando em consideração que na África em geral, trabalhos a longo prazo não costumam serem levados à sério pelos dirigentes. Por sua vez, a inexperiência é o ponto fraco, ainda mais levando em conta o dificílimo grupo de Uganda, que curiosamente enfrenta Ghana e Egito na briga por uma das vagas à Copa do Mundo de 2018, adversários com grande gabarito na comparação.

Provável formação

Os convocados

O destaque

Olho no meia-atacante, de apenas 19 anos, Farouk Miya, vem vivendo uma temporada espetacular. O jogador do Standard Liege (BEL) tem despertado o interesse de grandes clubes do futebol europeu e é sem sombra de dúvidas o principal jogador de Uganda neste momento. Jogador de muita velocidade e com ótimo poder de conclusão, também possui habilidade e um bom repertório de dribles, por estes motivos, é considerado um dos jogadores promissores do futebol africano.

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O post COPA AFRICANA DAS NAÇÕES 2017 – PARTE 6 – GRUPO D apareceu primeiro em DOENTES POR FUTEBOL.



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