sábado, 30 de setembro de 2017

Tuchel e Nagelsmann, ótimos nomes para o Bayern

Após derrota para o PSG (3×0), Carlo Ancelotti foi demitido pelo Bayern. O italiano passou pouco mais de um ano no comando dos bávaros. Após cisões com alguns medalhões da equipe, o clima ficou muito pesado. Além disso, pesou também o início conturbado de temporada, sobretudo no aspecto tático. Ancelotti perdeu pontos com todos. As poucas variações no estilo de jogo tornaram o Bayern um tanto quanto pragmático. A derrota na liga dos Campeões foi a gota d’água.

Último jogo de Ancelotti no comando dos bávaros foi uma derrota impactante de 3×0 para o PSG.

As performances do nosso time desde o início da temporada não alcançaram nossas expectativas. A partida em Paris claramente mostrou que tínhamos que tomar uma ação imediata. Hasan Salihamidžić e eu encontramos com Carlo para uma conversa franca, durante a qual o informamos da nossa decisão, comentou Karl-Heinz Rummenigge.

Eu gostaria de agradecer Carlo por seu tempo trabalhando conosco e sinto muito pela forma que acabou se desenrolando. Carlo é meu amigo e assim continuará, mas tivemos que tomar uma decisão profissional visando os interesses do FC Bayern. Espero que o time produza uma resposta positiva e mostre absoluta determinação para alcançar os objetivos da temporada”, encerrou Rummenigge.

Tendo em vista a necessidade do Bayern de Munique, coloco dois nomes como favoritos: Julian Nagelsmann e Thomas Tuchel. Claro, a diretoria pode buscar outro treinador no mercado. Mas dentro da análise atual do futebol alemão, esses dois seriam os mais indicados no que concerne estilo de jogo, ideias, desenvolvimento do esporte e entendimento da cultura alemã.

Julian Nagelsmann

Nagelsmann moldou seu Hoffenheim no estilo mais reativo, que ousa enfrentar equipes gigantes sem medo algum. Fã dos meio-campistas, elaborou uma proposta de jogo baseada nas ações e no controle pelo meio. Além disso, camaleônico que é, vem se utilizando do esquema com três zagueiros, mas sem grande influxo com os pontas.

Com essa ideia em mente, e compreendendo sua “obsessão” no jogo pelo meio, seria de grande valia o trabalho do jovem treinador com Thiago, Vidal e Tolisso. Pensando mais além, potencializaria ainda mais Sebastian Rudy, com quem trabalhou nos hoffes. Outro bom aspecto: gosta das bolas longas através dos zagueiros, vide Niklas Süle, ex-comandado de Julian, que hoje atua pelos bávaros. Pensando assim, Hummels e Boateng seriam seus homens de confiança.

Saiba mais sobre a prodigiosa trajetória de Nagelsmann 

Thomas Tuchel

Quanto a Thomas Tuchel, por mais áspero que seja nos vestiários, possui ideias que agradam a torcida do Bayern de Munique: menos passes, muita velocidade, utilização do camisa 9 como grande referência do time, introdução do jogo pelos lados. Bem, esse “menos passes” refere-se à transição, já que o treinador é fascinado pelo jogo de posição. Ou seja, ele é um mix, um tracejo do jogo mais vertical aliado ao estilo posicional.

 

O livro “Pep Guardiola: a evolução” traz um capítulo especial, chamado: Tuchel, o potencial herdeiro:

Tuchel introduziu no Borussia Dortmund um novo paradigma de jogo. Sem perder a personalidade intensa, agressiva e direta que Klopp lhe havia inspirado, criou um variado catálogo estratégico e tático, dotando sua equipe de um jogo posicional do qual carecia (e que foi uma das principais razões do declínio no último período de Klopp, quando os rivais lhe cederam a bola e lhe negaram espaço para correr). Em minha opinião, Tuchel é o treinador alemão mais interessante dos últimos anos do ponto de vista estratégico, e com grande futuro. Ele demonstrou isso no Mainz 05 e demonstra no Dortmund. Em suas mãos, o BVB passou a ser um time que corria muito para um conjunto que corre com muito sentido”.

Outra passagem importante ocorre após uma derrota para Guardiola, quando Thomas o convida para jantar. O teor da conversa? “Se a Alemanha adotar o jogo de posição, será sobretudo graças a Tuchel”.

As necessidades do Bayern são evidentes. Sendo assim, é preciso recolocar o time em alto nível, com identidade e estilo de jogo. Acostumado ao sucesso, o clube irá em busca de um treinador que planeje o futuro pensando no presente.

Tuchel e Nagelsmann são opções interessantíssimas.

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