sábado, 10 de fevereiro de 2018

Ariel Holan e a manutenção de um estilo no Independiente

Mais uma final entre brasileiros e argentinos! O Grêmio, atual campeão da Libertadores, encara o Independiente, que bateu o Flamengo pela Copa Sul-Americana. É a decisão da Recopa Sul-Americana!

Sabe-se que o Grêmio iniciou a temporada de maneira inconstante. O tricolor gaúcho perdeu peças importantes – principalmente no setor ofensivo – e carece de recomposição. A diretoria segue em busca de reforços para o ataque.

Apesar de ter perdido algumas peças, o Grêmio ainda mantém o mesmo esquema e estilo de jogo que o consagrou campeão da Libertadores. Conta com jogadores de qualidade que podem definir em favor do tricolor, além das apostas em jogadas de velocidade e, quando preciso, os contragolpes.

O adversário argentino também mantém os padrões de jogo que o levaram ao título da Copa Sul-Americana, diante do Flamengo. O Independiente ainda sofre com algumas modificações no elenco, visto que, perdeu referências como o capitão Nicolás Tagliafico e a joia Ezequiel Barco.

Com a venda desses dois jogadores o Rojo colocou nos cofres algo em torno de 20 milhões de dólares (R$ 65 milhões). Assim, Ariel Holan pôde solicitar por alguns reforços que se encaixam no seu padrão de jogo. O Independiente trouxe seis jogadores para incorporar ao plantel e tentar manter a qualidade técnica.

Os Reforços do Independiente: seis contratados e um retorno

Após se desprender do seu principal jogador, Ezequiel Barco, o Independiente voltou ao mercado e conseguiu bons reforços. Dois destes, com valores históricos para os cofres do clube: Silvio Romero e Fernando Gaibor, ambos contratados por 4,2 milhões de dólares.

Silvio Romero.

Silvio Romero é o reforço mais caro da história do Independiente (Foto/Reprodução: Diario Olé)

O Rojo ainda firmou com Braian Romero, Jonathan Menéndez, Emanuel Brítez e Gonzalo Verón, além de contar com o retorno do jovem zagueiro Nicolás Figal, após suspensão de nove meses por dopping. Ao todo, o Independiente investiu cerca de 14 milhões de dólares (R$ 44 milhões).

Muito pelo fato dos novos nomes, o técnico Ariel Holan ainda busca por entrosamentos na equipe principal. O volante Fernando Gaibor, recém-chegado do Emelec, é uma das peças que pode encontrar espaço entre os titulares. O certo é que com todas essas opções, o Independiente se candidata a título em todas as competições que disputa.

Leia também: Por Libertadores, gigantes argentinos investem milhões em reforços

Variação tática, um estilo de jogo para Ariel Holan

Na Superliga Argentina o Independiente segue no pelotão de cima, em perseguição ao líder Boca Juniors. Ariel Holan garante que a sua equipe ainda luta pelo título da competição, apesar do foco ser a Libertadores (está no grupo do Corinthians).

No certame nacional, em maioria no 4-2-3-1, o índice da posse de bola do Independiente foi superior em todas as partidas que disputou no seu estádio. Como mandante, o Independiente busca um estilo de jogo com protagonismo, rápidas trocas de passes e transição defesa-ataque com muita velocidade.

O Rojo tem uma média de 54% de posse de bola com 78% de aproveitamento nos passes. O sistema ofensivo da equipe de Holan é um dos pontos fortes deste Independiente. As constantes movimentações de peças como Leandro Fernández e Maxi Meza oferecem dinamismo e qualidade à equipe, o que dificulta a marcação adversária.

Análise de Desempenho do Independiente na Superliga Argentina

Um Rojo com DNA de futebol argentino

O Independiente atua no melhor estilo argentino. Em troca de passes com dinamismo, velocidade e qualidade técnica, alguns baixinhos bons de bola e uma defesa frágil nas jogadas aéreas.

A variação tática é uma das principais características desta equipe. Por contar com jogadores polifuncionais, o técnico do Independiente varia a sua equipe taticamente conforme o decorrer das partidas. Preferencialmente em um 4-2-3-1, mas pode-se ver o Rojo atuar em um 4-3-3, 3-4-1-2 ou até mesmo um 3-3-3-1.

Fabrício Bustos, Sanchéz Miño, Maxi Meza e Leandro Fernández são os jogadores que desempenham mais de uma função na equipe do Independiente. Bustos pode atuar por toda faixa do lado direito, Sanchéz Miño por todo o flanco esquerdo (lateral, ala, volante ou ponta).

No meio, Maxi Meza é o chamado volante “área a área” ou volante de ida y vuelta, na Argentina. Bom índice de passes, dinâmica, auxila na marcação e finaliza bem de média distância. São algumas características deste volante que chama a atenção do técnico da seleção Jorge Sampaoli.

No setor ofensivo Leandro Fernández é o jogador que oferece ao técnico atuar em todas as faixas do campo. Ponta-direita, ponta-esquerda ou centroavante são as posições que cumpre bem o atacante – e artilheiro – do Rojo.

A equipe de Ariel Holan mantém uma média de 15 finalizações por partida. Trata-se de uma equipe que marca a maioria dos seus gols no segundo e terceiro terço de jogo. Ademais, com uma fragilidade no porte físico de alguns atletas, a maioria dos gols sofridos pela equipe é durante o segundo tempo das partidas.

Para o duelo diante do Grêmio…

Ao pensar no Grêmio pela Recopa Sul-Americana, o treinador argentino não pode contar com o volante Torito Rodríguez. Suspenso, o atleta deve abrir espaço para Fernando Gaibor no meio, que deve formar a trinca de volantes ao lado de Domingo e Maxi Meza.

Essa trinca de volantes no meio campo do Rojo oferece a equipe uma variação tática devido a polifuncionalidade dos jogadores. Gaibor e Maxi Meza como interiores têm por responsabilidade gerar o jogo da equipe. O Independiente inicia a partida em um 4-2-3-1, mas a movimentação desses atletas – principalmente de Meza – torna-se fundamental para a sustentação e variação tática que requer Holan.

O tridente ofensivo será formado por Leandro Fernández, que deve atuar mais pelo flanco direito, Martín Benítez leva vantagem, mas disputa posição com Jonathan Menéndez pela ponta esquerda, enquanto que Gigliotti continua sendo o centroavante da equipe, com Silvio Romero a esperar entre os reservas.

É o papel do Independiente quando atua em seus domínios: ser protagonista, ditar o ritmo do jogo com velocidade pelos extremos e vantagem numérica no setor ofensivo.

A alternativa que os adversários estão encontrando para o embate com o Independiente no Estádio Libertadores da América é segurar o ímpeto dos atletas pelos lados do campo, pressionar as saídas de bola e incomodar através dos contragolpes.

Longe de Avellaneda, a equipe de Ariel Holan possui uma característica de jogo mais reativa, optando por oferecer a posse para os adversários, marcar atrás da linha da bola e surpreender com a velocidade dos contragolpes.

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