sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

O Bahia de Guto Ferreira: reforços, expectativas e análises táticas

Com uma campanha irregular no ano de 2017, o Bahia tenta feito maior para a temporada atual, que além do Campeonato Brasileiro, estreia nas oitavas de final da Copa do Brasil e disputa a Copa Sul-Americana.

Entretanto, ainda neste primeiro semestre – antes da estreia no Brasileiro – o Tricolor de aço tem torneios regionais, como a Copa do Nordeste e o Campeonato Baiano, para preparar a equipe em vista das competições com maior importância.

Na temporada anterior – e ainda com Guto Ferreira no comando técnicoo Bahia conquistou a Copa do Nordeste e após um bom início de Campeonato Brasileiro, perdeu o comandante para o Internacional, passando a demonstrar fraquezas e instabilidades no decorrer da competição.

Próximo ao término do certame nacional e sob às mãos de Paulo César Carpegiani, o Bahia esteve brigando por vaga na Copa Libertadores até a última rodada, porém, a equipe baiana teve de se conformar com a Sul-Americana (enfrenta o Blooming-BOL na competição internacional).

Na semana anterior: Por Libertadores, gigantes argentinos investem milhões em reforços

O retorno de Guto Ferreira e as expectativas para o Tricolor na temporada

Guto Ferreira, que tivera a sua primeira passagem pelo tricolor assumindo a equipe na Série B em 2016, retorna ao comando técnico do clube para tentar ‘repetir a dose’ e levar alegrias aos torcedores. Apesar da mágoa de alguns com o comandante por ter deixado a equipe para assumir o Internacional na Série B, o adepto não discute os pontos positivos do treinador frente ao Bahia.

“A escolha de Guto como técnico passa por dois fatores: primeiro que ele conquistou a Copa do Nordeste em 2017 e conhece boa parte deste elenco, além da carência de treinadores no atual cenário do futebol brasileiro”Fabrício Carvalho, repórter do site Amor de aço.

O técnico chegou para a pré-temporada quando o clube acabara de anunciar vários reforços, dentre eles, os experientes Eugênio Mena e Nilton. Outros atletas foram apresentados, mas vale ressaltar a manutenção de jogadores importantes para o elenco: são os exemplos de Tiago, Régis e Zé Rafael.

Além dos citados, o torcedor do Bahia pôde comemorar a renovação de empréstimo do meia argentino Agustín Allione junto ao Palmeiras. Com isso, o clube paulista fica com a preferência para uma futura aquisição do atleta Zé Rafael.

Allione volta por empréstimo ao Bahia por mais uma temporada (Imagem: ecbahia.com)

“A expectativa é muito positiva! Pode-se analisar um Bahia com movimentação precisa no mercado, como consequência, contratações pontuais de atletas que chegam com boas performances recentes. Soma-se à estrutura atual do clube e fica a esperança do Tricolor realizar um grande ano”Rafael Machaddo, repórter e setorista na Rádio Itapoan FM.

Entretanto, nem tudo são flores para o tricolor baiano no início de temporada. A equipe não conseguiu um bom arranque ao ser derrotado por Botafogo-PB na estreia da Copa do Nordeste e Bahia de Feira no estadual. Acreditem que ecoaram gritos de “fora, Guto!” na quarta partida do treinador nesta temporada (ao empatar sem gols com o Fluminense de Feira).

O Bahia consegue evolução tática, porém ainda carece na qualidade técnica

Sabe-se que no futebol do Brasil – ou talvez em boa parte do mundo – um técnico tenha que sobreviver de resultados. Porém, sempre cabem análises do padrão – técnico ou tático – de uma determinada equipe.

Ainda que o Bahia não demonstre capacidade técnica para envolver os adversários, evoluções e movimentações táticas podem ser vistas na equipe de Guto Ferreira. Como na passagem anterior, o treinador opta pela formação inicial em 4-1-4-1 com algumas variações.

A ideia de Guto é impor no time transições ofensivas e troca de passes em velocidade, com o apoio e frequentes ultrapassagens dos laterais para ter vantagem numérica diante da marcação adversária e auxílio dos pontas pelos flancos.

No meio, muitas vezes formando um “doble 5” (dupla de meio-campistas que auxiliam na marcação, mas conseguem sair para o jogo), o treinador opta por jogadores que tenham um passe refinado, possam se movimentar pelo setor e auxiliar na criatividade da equipe.

Ao recompor, ainda com esses dois meio-campistas a frente de um volante, o Esquadrão pode ser visto em um 4-1-4-1, fechando os espaços entre linhas e buscando sair com velocidade nos contragolpes.

O 4-1-4-1 do Bahia – Próprio autor (Imagens: TV Aratu – SBT)

Sem dúvidas, o reforço que mais vem agradando aos adeptos tricolores é o jovem Gregore (que estava no Santos B e pertence ao São Paulo). Ao perder Renê Júnior para o Corinthians, o Bahia parece ter encontrado um atleta que ofereça suporte ao sistema defensivo, além de ser responsável pelo “primeiro passe” da equipe.

Com a movimentação de Gregore recuando à linha de zagueiros para oferecer mais qualidade nas saídas de bola, os laterais avançam e se aproximam aos “meias de articulação” Vinícius e Élton (titulares na partida diante do Altos-PI).

Gregore se infiltra entre os zagueiros e se encarrega do “primeiro passe” (Imagens: TV Aratu – SBT)

Guto Ferreira deve seguir a ideia tática, mesmo com todos os atletas a disposição. As mudanças que podem ser vistas na equipe tratam-se de nomes entre os titulares.

O centroavante Kayke pede espaço (briga com Edigar Júnio pela titularidade), em contrapartida Élber ainda não conseguiu atuar bem pelo Tricolor e cede terreno.

Sugestão: como o Bahia pode atuar taticamente!

Os meias Allione, Vinícius e Zé Rafael podem atuar juntos! Vinícius e Allione (que entraria por Élton) formariam o “doble 5” para auxiliar na transição e criação das jogadas ofensivas.

Pelo flanco esquerdo, o Tricolor chegaria com força ao setor de ataque a partir dos avanços de Léo e Mena, que também se ajudariam na recomposição. No lado oposto, Zé Rafael teria liberdade para “flutuar” e se aproximar de Edigar Júnio ou Kayke no comando de ataque.

O 4-1-4-1 que caberia no Bahia em 2018 (Próprio Autor)

Trata-se inicialmente de um 4-1-4-1 que pode se alternar a depender da movimentação dos jogadores de meio, principalmente, Allione e Zé Rafael.

Com os avanços dos lateraisNino Paraíba na direita e Léo na esquerda – o volante Gregore pode recompor para seguir oferecendo suporte nas saídas de bola, como demonstrado anteriormente.

Contudo, Allione e Zé Rafael seriam os responsáveis por ditar o ritmo de jogo da equipe e se aproximar do centroavante, que pode ser Edigar Júnio (com vantagem pela temporada anterior) ou Kayke (que briga pela vaga e possui características que se assemelham mais a um centroavante fixo).

*Agradecemos aos profissionais Fabrício Carvalho e Rafael Machaddo pela colaboração no texto. 



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