sábado, 17 de fevereiro de 2018

Vitória x Bahia: as expectativas para o primeiro ‘Ba-Vi’ do ano

Bahia e Vitória fazem o primeiro clássico ‘Ba-Vi’ desta temporada. As duas principais equipes do futebol baiano se enfrentam no Barradão, onde o Bahia não vence o seu rival há seis anos. As expectativas são para um duelo disputado com as equipes em momentos distintos na tabela de classificação do Campeonato Baiano.

O Vitória chega para o duelo na segunda colocação da competição com 10 pontos. Está a três do líder Juazeirense. Enquanto o tricolor iniciou mal a temporada e aos poucos busca a recuperação. O Bahia aparece na quinta colocação com oito pontos conquistados.

Ao perder Tréllez e David, Neílton assume a responsabilidade no Vitória

O rubro-negro perdeu algumas peças fundamentais da temporada anterior. Os atacantes David, vendido ao Cruzeiro, e Santiago Tréllez, que atualmente veste a camisa do São Paulo, marcaram 32% dos gols da equipe no Campeonato Brasileiro. Sem eles, Neílton torna-se ao menos neste início de temporada o jogador mais importante do sistema ofensivo rubro-negro.

Na ausência de um meia de ofício com características para executar tal função, Mancini encontrou em Neílton a solução para dinâmica e criação no meio campo. A movimentação do atleta é um dos principais destaques do sistema ofensivo da equipe. Neílton, além de marcar gols, serve aos companheiros para finalizar, com 37% em assistências e 48% em passes decisivos.

O atacante que passou de forma apagada por São Paulo e Botafogo, marcou quatro gols e concedeu três assistências em nove jogos nesta temporada. Além da notoriedade dos números, Neílton é o jogador com maior poder técnico no ataque rubro-negro.

“É o momento dele! Ao lado de Yago, Neílton é o melhor jogador do Vitória na temporada, até então. Consciente técnica e taticamente, acredito que Neílton seja a principal válvula de escape do time na transição meio-ataque. Com certeza vai dá muito trabalho à defesa do Bahia.” Marcello Góis, repórter e setorista do Vitória na Rádio Excelsior da Bahia.

Como Mancini leva o Vitória a campo?

A equipe de Vágner Mancini apresenta algumas virtudes em campo apesar dos poucos jogos na temporada. O treinador define a dupla de zaga formada por Kanu e Bruno Bispo com Bryan na lateral esquerda. A principal dúvida do comandante é a outra lateral. A vaga deve mesmo ficar com José Welison, que já atuou em outras oportunidades improvisado na função.

Além da linha com quatro homens no fundo, Mancini deve seguir no 4-4-2 formando outra linha à frente dos defensores. Uillian Correia está garantido na equipe, atleta que desempenha a função de ‘primeiro volante’. Ao seu lado, como interior, Lucas Marques deve permanecer titular. A presença desse ‘doble 5’ auxilia na construção das jogadas ofensivas com passes qualificados desde o setor mais recuado.

Lucas Marques e Uillian Correa no ‘doble 5’. José Welison na lateral direita. (Foto/Reprodução: Coluna ECVitória)

Pelos flancos, jogadores que oferecem velocidade para a equipe, além de um suporte defensivo na recomposição. O meia Rhayner deve atuar pela esquerda para auxiliar nesta recomposição, devido a instensidade ofensiva do Bahia pelo setor. Na direta, Yago utiliza da velocidade para se aproximar ao ataque, além de auxiliar na marcação.

Afinal, é por esse lado que o Bahia explora o sistema ofensivo com os avanços do lateral Mena e aproximações de Zé Rafael e Edigar Júnio ao setor.

Na frente, o rubro-negro conta com Neílton, principal destaque, que atua com liberdade para flutuar todo o sistema ofensivo. Para acompanhar o jovem no ataque, Mancini deve optar pela experiência e ‘faro de gol’ de André Lima. Outro com chances de titularidade para a função é o Denílson, que também se destaca neste início de temporada.

“Acredito que Mancini vai insistir no novo padrão de jogo que ele está tentando para a equipe. Será um Vitória que vai tentar manter a posse e pressionar quando estiver sem a bola.”  As expectativas de Adson Piedade, redator na Coluna ECVitória.

Guto Ferreira e a busca pela afirmação de um sistema

No Bahia, o técnico Guto Ferreira teve a semana livre para trabalhar com os seus atletas. O tricolor chega após goleada diante do Vitória da Conquista por 6 a 1, que deu ânimo aos torcedores para o clássico.

O tricolor de aço tenta embalar a terceira vitória consecutiva e, definitivamente, ganhar moral para a sequência da temporada.

Guto mantém o padrão tático que potencializa a equipe, porém ainda tenta encaixar as peças de qualidade à este padrão de jogo. Quem logo se adaptou e ganhou a vaga de titular foi o recém-contratado Gregore.

“Gregore tem muita qualidade, tem sido fundamental na tentativa de Guto em oferecer um modelo ao time. Qualifica a saída de bola pelo chão, tem capacidade de leitura para recompor e auxilia ao sistema ofensivo chegando como surpresa. É o dono da posição!”  Analisa Paulo Moraes, colunista do Táticas Bahia.

No 4-1-4-1, o volante atua à frente dos zagueiros para oferecer suporte e qualidade nas saídas de bola defensiva. O posicionamento de Gregore auxilia também para os avanços dos laterais. Por vezes, é capaz de ver a equipe de Guto em uma espécie de 3-4-2-1.

Gregore se infiltra entre os zagueiros e se encarrega do “primeiro passe” (Imagens: TV Aratu – SBT)

Leia também: O Bahia de Guto Ferreira: reforços, expectativas e análises táticas

Para abastecer os homens de frente, Vinícius seguirá com a função de ‘volante criativo’. É responsável por auxiliar à marcação no meio de campo e oferecer o passe qualificado aos setor ofensivo. O meia Zé Rafael deve atuar ao lado de Vinícius com responsabilidades mais ofensivas, apesar de também colaborar defensivamente.

Pelo costado esquerdo, Édigar Júnio flutua no setor e, por vezes, faz o famoso ‘facão’. O atacante costuma trazer a bola da ponta para o meio em busca de espaços para finalizar. Na direita, mais aberto praticamente como um ponta à moda antiga, Élber, que ainda não conseguiu convencer a torcida. O clássico pode ser uma boa hora para apagar da memória do torcedor algumas fracas atuações do atleta.

Outras opções podem ser as entradas de Allione ou Régis, deslocando Zé Rafael para a ponta e sacando o próprio Élber. Com isso, o substituto forma dupla no meio com Vinícius, deixando Zé Rafael e Edigar Júnio pelos flancos.

Com a ida de Hernane ao Grêmio (após marcar três gols na última partida), a titularidade vai ficar com Kayke. O centroavante marcou o seu primeiro gol com a camisa tricolor na vitória diante do Altos-PI pela Copa do Nordeste.

“A expectativa é para um clássico disputado. Apesar do Bahia não ter iniciado bem a temporada, vem mostrando evolução nos últimos jogos. Estou curioso para ver o duelo tático entre Guto Ferreira e Vágner Mancini neste primeiro Ba-Vi do ano.”  Comenta Kaká Santos, colunista do Táticas Bahia.

O Bahia precisa do triunfo no clássico para entrar de vez na disputa por vaga à fase final da competição. Uma derrota pode afastar o tricolor ainda mais da zona de classificação. Após o Ba-Vi restarão apenas três rodadas para o término desta primeira fase.

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