terça-feira, 27 de março de 2018

Que venha a Copa do Mundo!

Antes do confronto desta terça-feira frente a Alemanha, o medo do brasileiro era ver a Seleção Brasileira, comandada por Tite, sucumbir novamente aos alemães. O trauma, mesmo que muito se diz ser deixado de lado, paira sobre os torcedores, jogadores, comissão técnica e a todos os envolvidos com o futebol deste país.

No entanto, em campo, pudemos ver um time organizado, dominando várias ações durante a partida. O Brasil parece, finalmente, estar preparado e confiante para a disputa da Copa do Mundo.

Confiança que flui

A última vez que o Brasil se mostrou confiante para a disputa da Copa do mundo foi em 2006. Em todas as outras edições seguintes, sob comando de Dunga (2010) e Felipão (2014), muitas dúvidas rondavam as preparações para a competição. Até em 2006 o Brasil não foi bem, mesmo com o elenco forte que tinha.

Em 2010 e 2014 o problema era diferente. Complicações desde o comando da CBF que refletiam no comando técnico e, consequentemente, dentro de campo. O resultado não podia ser diferente, duas eliminações decepcionantes, com vexame no último mundial – jogando em casa.

Já Tite conseguiu devolver ao respeito ao Brasil. Se alguns ainda tinham dúvidas, a vitória sobre a Alemanha demonstra que o técnico brasileiro sabe o que está fazendo. Se vamos levar o Hexa, não sabemos, mas que as chances são grandes, são.

O jogo

Pode-se argumentar que a Alemanha jogou com time reserva diante de um time quase completo do Brasil. Apenas Neymar não pode jogar por causa de lesão. Löw, treinador alemão, preferiu rodar seu elenco, colocando um time jovem em campo.

Time jovem, mas bem preparado. A escalação que entrou contra o Brasil era composto por jogadores que fizeram parte da campanha das Eliminatórias para Copa do Mundo. Alguns destes ainda estiveram no elenco do título de 2014 e outros ainda no grupo que conquistou a Copa das Confederações ano passado. O time pode ser considerado reserva, apesar de 5 a 7 nomes serem titulares ou disputando vaga. De toda forma, era um time forte, muito bem treinado e disciplinado. E jogando em casa.

Tanto que a Alemanha começou ditando o jogo. Sob a batuta de Toni Kroos, um dos melhores meias do mundo, o time tentava sufocar o Brasil, que tentava avançar no campo. Demorou poucos minutos para a Seleção de Tite igualar a pressão. Assim, aos 37 minutos, em boa jogada de Willian, Gabriel Jesus fez o gol que definiria o placar da Partida: 1×0.

A ideia aqui não é descrever como foi o jogo, não é este o ponto. O objetivo é demonstrar que o Brasil conseguiu se impor, equilibrar as ações dentro de campo contra uma equipe formada durante 12 anos (e com titulo mundial nesse tempo).

Desde Que Tite assumiu a Seleção Brasileira, há quase 2 anos, entre eliminatórias e amistosos, foram 19 partidas disputadas, com 15 vitorias, e apenas uma derrota. O Brasil marcou 42 gols e sofreu 4. Um aproveitamento de quase 85%. Mas mais que números, o Brasil mostrou domínio e qualidade de jogo.

O fator psicológico

Durante a partida pudemos ver que Tite tem trabalho este fator com seus jogadores. Mesmo quando sofria com o domínio alemão, seus atletas se mantinham nas posições, tentando diminuir o campo de ação do adversário. A partida feita por Miranda foi exemplo de qualidade. O zagueiro foi, se dúvida nenhuma, um dos melhores em campo.

Outro jogador que merece destaque é Willian. O atleta do Chelsea tem vivido um bom momento no clube e pode trazer esta boa fase para a seleção, comandando o lado direito brasileiro.

A formação utilizada hoje foi uma abordagem nova, mas já sugerida por Tite. A entrada de Fernandinho ajudaria a limitar o campo da Alemanha, bem como promoveria liberdade maior ao trio de ataque do Brasil. Funcionou, pois, mesmo que Sané, Draxler e cia chegassem ao ataque, pouco trabalham ofereciam a Alisson. Aliás, o goleiro brasileiro teve mais trabalho mesmo somente no final da partida.

Essa vitória diante da Alemanha alivia, também, o lado psicológico do Brasil. A “sombra” do 7×1 paira sobre o time brasileiro. É claro que o resultado de hoje não apaga – e nem deve – aquele vexame, mas deixa claro que o Brasil não precisa temer mais seus adversários, mas enfrentá-los de frente.

O que vem pela frente

Mais que o time, o elenco brasileiro é forte. Podemos não ter enfrentado a melhor Alemanha, mas foi uma Alemanha bem treinada e organizada. O Brasil, mesmo sem seu melhor jogador, demonstrou um conjunto forte e entrosado para a disputa da Copa do Mundo.

A partir do dia 15 de maio a Copa do Mundo começa com a convocação final da Seleção. Dia 03 e 10 de junho seus últimos amistosos (contra Croácia e Áustria, respectivamente) e, finalmente, no dia 17, a estreia frente a Suíça.

O Brasil tem chance de ganhar a Copa do Mundo, está entre os favoritos e confirmou este estatuto hoje. Mas, mesmo que não garanta o título, teremos um bom time pelo qual torcer.

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