sábado, 15 de abril de 2017

Marcos Llorente, mais uma joia do Real Madrid

 

Mesmo não tendo toda a “grife” de La Masia, a categoria de base do Real Madrid já revelou e contribuiu muito para o futebol. Raúl González, Iker Casillas, Michel, Emilio Butragueño, Dani Carvajal e Juan Mata foram formados por La Fabrica. É sempre difícil e traiçoeiro o caminho para uma jovem revelação do merengue. Tanto que a maioria dos nomes recentes fizeram carreira em outros lugares. O clube está sempre se movimentando no mercado, comprando jogadores do maior alto nível. Ser titular no Real Madrid significa ser uma referência na posição. Para evitar perdas de suas jóias, foi feita uma política de contribuição para o desenvolvimento de seus jogadores jovens. Sejam eles formados em La Fabrica ou comprados de outros clubes. O clube empresta alguns jogadores e vende outros (geralmente mais maduros) com preço de recompra. Na maioria dos negócios, o atleta chega num lugar onde será titular. E nesse sistema para desenvolver suas jóias, surgiu um fenômeno: o volante Marcos Llorente.

Emprestado ao Alavés, recém-promovido à primeira divisão, encontrou um ambiente perfeito para sua ascensão. Quem acompanhava Llorente no Real Madrid Castilla talvez não esteja tão surpreendido. Mas o nível alcançado pelo jogador de apenas 22 anos espanta.

 

Falar do finalista da Copa do Rei sem falar de Llorente é impossível. É um dos pilares do time. Certamente, um dos três jogadores mais importantes dessa grande temporada do clube basco.

O Alavés tem seu foco na defesa, a quarta melhor do Campeonato Espanhol. Linhas baixas, muita pressão no lado de bola e performances individuais que maximizam o excelente sistema defensivo. Nisso entra Marcos Llorente, o terceiro jogador com mais desarmes na Liga. E décimo primeiro em interceptações. Apesar de seu físico não ser de um guerreiro, Llorente está sempre presente e firme em todas as colisões. Tem pernas grandes que sempre garantem incomodo ao adversário. Mas o que mais impressiona em seu jogo defensivo é sua inteligência. Sabe como retroceder ou precipitar ataques inimigos, mesmo não desarmando. Realiza coberturas com precisão e vai para área de caça sempre no momento em que o oponente reduz o ritmo da bola. Não é um defensor como Casemiro, mas mostra-se totalmente capacitado pra sustentar inclusive sistemas defensivos de times que atacam o tempo todo.

Estilo de jogo

Se Llorente fosse somente um volante das antigas; daqueles que destroem com monstruosidade e fazem um jogo simples com a bola no pé já seria excelente. Mas não é o caso. Marcos é um jogador de elite com a bola nos pés e no momento ofensivo. Mesmo num time onde o foco das ações está na defesa, fica nítida a aura que Llorente carrega. É o jogador que mais dá passes por jogo (55,1. O segundo colocado, Kiko Femenia, dá 38,5). E o que tem a maior precisão (86,2%).

É um líder, joga como veterano. Sabe o momento onde precisa dar um passo à frente e conduzir seu time. Quando tem que acelerar, quando tem que pausar o jogo. Está sempre se movimentando oferecendo linhas de passe e opção de retorno. Além de orientar com frequência seus companheiros sobre a melhor jogada na saída de bola.  Entrega a tranquilidade necessária de um time que geralmente é pressionado na sua fase de construção.

Sua precisão é fruto de seu repertório e leitura de jogo. Como não joga num sistema ofensivo poderoso e com jogadores de elite, simplesmente entrega simplicidade em momentos de pressão. Gosta de não quebrar o ritmo da troca de passes e não vê problemas em recuar ao goleiro, por exemplo. Talvez seja não um defeito no seu jogo, mas uma característica que o time lhe concedeu. Mas quando é necessário dar um passo adiante e superar a marcação seja com passes verticais, lançamentos ou dribles, é onde ele se sobressai e mostra ser diferente. É um jogador extremamente habilidoso, consegue manejar a bola numa velocidade impressionante. Tem giros fantásticos contra adversários que lhe agridem de peito aberto.

No centro das inovações

O futebol espanhol sempre exige atualização por parte das equipes, novas variantes. Nas últimas semanas, Maurício Pellegrino tem tentando fazer o Alavés ter mais a posse de bola. Tenta conseguir construir mais em fase posicional (tem o quarto pior ataque da Liga). Marcos Llorente é o epicentro e a chave de um time que vem tentando gostar mais da bola. Contra o Atlético de Madrid, por exemplo, o Alavés teve 60% da posse de bola e finalizou 19 vezes. Ótima produção tendo a bola e propondo o jogo. Llorente acertou 77 de 86 passes tentados, gerando segurança e assegurando o time de Pellegrino no campo de ataque.

 

Nas semifinais da Copa do Rei, contra um adversário que sempre pressiona a saída de bola, foi fundamental para a classificação para a final. Principalmente no jogo da volta. Quando o Alavés quis ter a bola e mandar no jogo, Llorente deu um passo à frente e foi perfeito para a proposta de jogo do time.

 

Já está confirmado que Marcos Llorente retornará para o plantel principal do Real Madrid na próxima temporada. No recheado elenco blanco, ficou a lacuna na posição de Casemiro, que não tem um reserva imediato (Kroos e Modric atuam ali em eventuais ausências do volante brasileiro).

Casemiro é um dos principais volantes do mundo, talvez o melhor da sua posição. Mas Llorente é com certeza é uma ameaça. Entrega bons resultados defensivos e mostra ser acima da média para construir e jogar com a bola.

Olho Nele!

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