terça-feira, 11 de abril de 2017

Uma Juventus bem ensaiada contra um Barça confuso

A Juventus provou que não está para brincadeira na Liga dos Campeões. Os comandados de Massimiliano Allegri fizeram uso do 4-2-4 como base em sua formação. Este esquema permitiu ao time conquistar uma sequência de mais de 10 partidas sem derrota na atual temporada. E mais uma vez o plano de Allegri funcionou. A Velha Senhora impediu que o Barcelona jogasse, garantindo uma excelente vantagem para a partida de volta.

Juventus bem ensaiada

Este esquema favorece muito as jogadas rápidas. Com a Juventus diminuindo o espaço entre a defesa e o ataque. Apesar de, em tese, ter menos meias na escalação, o jogo do da equipe é bastante focado no setor. Os defensores tendem a elevar a linha. A zaga vai subindo a marcação até os atacantes adversários. Isso favorece o desarme e amplia a chance de um contra-ataque mais rápido. A saída de bola, muitas vezes, é pelos lados, com apoio dos laterais e dos pontas.

Barça confuso

O Barcelona utilizou um esquema bastante controverso. Basicamente, tentando buscar uma defesa bem colocada e depender do brilhantismo de Messi, Suárez e Neymar. O time joga mais aberto, com a bola sempre em direção ao seu trio estrelar. Em teoria, a bola deveria passar bastante por Iniesta. Mas, na prática, vimos o time buscando sempre Messi e Neymar. Ou seja, se o trio ofensivo não brilha, o Barcelona não produz.

No entanto, o plano de Luis Enrique foi por água abaixo logo aos 7 minutos.

Primeiro tempo avassalador

 

Paulo Dybala, aproveitando um bom passe de Cuadrado, abriu o placar com belo chute colocado. Foi o gol mais rápido que o Barcelona sofreu nesta temporada.

O Barcelona tentou exercer seu favoritismo, partindo para cima do time italiano. E sempre controlando as ações, tentando manter a posse de bola. Mas, em uma jogada rápida de contra-ataque, desta vez do lado esquerdo com Mandzukic, o mesmo Dybala aproveitou o toque e novamente chutou colocado contra a meta blaugrana.

 

Foi um primeiro tempo quase perfeito da Juventus. Marcando o Barcelona, que matinha a posse de bola quase todo o tempo, mas de forma pouco produtiva. O “quase” ficou por conta de um lance genial de Lionel Messi, que deixou Iniesta frente a frente com Buffon. O craque espanhol chutou cruzado, mas Buffon, provando mais uma vez que, mesmo aos 39 anos, é um dos melhores goleiros do mundo, tocou na bola o suficiente para que ela fosse para fora.

O lance capital, dentre mais alguns outros na partida, garantiu que a lenda italiana completasse 07 partidas sem saber o que é buscar a bola no fundo das redes na atual edição da Uefa Champions’ League.

Resumo do primeiro tempo:

O esquema proposto pelo treinador do Barcelona não surtia efeito. Improvisando jogadores nas alas, nenhum deles rendia o que era preciso. Enquanto que Cuadrado e Mandzukic faziam bem suas funções. Além de tentar municiar Dybala e Higuaín, os dois pontas ajudavam bastante na marcação. O croata, inclusive, foi um dos destaques da partida, se doando a cada lance.

Segundo tempo, mais do mesmo

André Gomes entrou no lugar de Mathieu, mudando o esquema barcelonista. Masquerano voltou para a zaga e Umtiti passou para a lateral esquerda. O time passou a atacar mais. E mantendo a posse de bola. Mas, como sempre, com pouca finalização. Enquanto Luis Enrique apelava em suas mexidas, a Juventus aproveitou mais uma falha do Barça. Num escanteio cobrado por Pjanic, Chiellini, sendo marcado pelo “gigante” Mascherano (1,74 m), cabeceou para o contrapé do goleiro alemão. O italiano nem precisou saltar.

E o jogo se desenrolou da mesma forma que no primeiro tempo. Com a Juventus cedendo a bola ao Barcelona, que pouco produzia. Messi e Neymar tentavam, mas paravam na forte marcação italiana. Suárez muito apagado, pouco acertou na partida.

Dani Alves não deixou o ex-colega de time respirar na partida. Neymar pouco pôde fazer no ataque.

Números finais

Segundo os números oficiais da UEFA, a Juventus finalizou 14 vezes. Os italianos acertaram o gol 8 vezes. Enquanto o Barcelona finalizou 14, mas apenas 03 vezes acertou o gol. O Barcelona somou ainda, 65% de posse de bola, com 552 passes completados em 622 tentados. A Juventus teve menos da metade dos passes, tentando exatamente 300, com 233 completos, além dos 35% de posse de bola.

Quanto a faltas, a Juventus cometeu 21, com 4 amarelos. Enquanto o Barça cometeu 18, com 3 amarelos. Foram, por fim, percorridos 108,75 quilômetros pelo time da casa, com o adversário percorrendo 99,66 quilômetros.

Foi um jogo primoroso no Juventus Stadium e foi construída uma vantagem impressionante. Mas sabemos que para este Barcelona nada é impossível (vide apagão do PSG). A força da Juventus é que o time raramente sofre muitos gols. Agora é ver se sua defesa implacável e ataque eficiente serão suficientes para resistir a pressão no Camp Nou no jogo que decide a vaga para as semi-finais.

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