sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Flamengo ou River Plate: uma prévia da grande final da Libertadores

Há muito tempo não víamos uma final de Libertadores onde os dois clubes tenham tantos pontos positivos e, tudo para fazer uma das melhores finais da história da competição. De um lado o galático e badalado Flamengo, comandado pelo Português Jorge Jesus e, do outro um River Plate, do técnico Marcelo Gallardo, que chega a terceira final em cinco anos.

Rubro-Negro na final depois de 38 anos

Com o pensamento de acabar com uma fila de grandes títulos que dura desde a Copa do Brasil de 2013, o Flamengo começou a montar um mega time no início do ano. Contratou um trio de ataque que se tornaria o melhor do futebol nacional. Gabriel Batista, o “Gabigol”e Bruno Henrique chegaram do Santos, já De Arrascaeta veio do Cruzeiro, tornando-se na maior contratação da história do clube carioca. Os três contribuíram de forma efetiva para o time superar a marca de 100 gols no ano.

Mas nem tudo foram flores no ano rubro-negro. O clube iniciou a temporada com o experiente Abel Braga no comando. Mesmo com o título estadual, o treinador não conseguiu embalar boa sequência, culminando na sua eminente demissão. o Flamengo, então, fugiu do lugar comum e foi atrás de um técnico com experiência europeia. O escolhido foi ex-Benfica Jorge Jesus. Jesus, então, assumiu os trabalhos nas quartas de finais da Copa do Brasil.

O “mister”, como é chamado pelos torcedores, estreou na competição continental contra o Emelec, do Equador, nas oitavas de final. No primeiro jogo a equipe perdeu de 2 a 0 fora de casa. No jogo da volta, com Gabigol inspirado, o time reverteu o placar e se classificou nos pênaltis. O Flamengo foi crescendo gradativamente na Libertadores. Passou por Internacional e Grêmio, nas quartas de final e semifinal, respectivamente. Sendo que contra o tricolor gaúcho, a supremacia carioca foi evidente dentro dos 180 minutos de partida, culminando com uma vitória por 5 a 0 no segundo jogo.

Jogadores como Rafinha, Filipe Luis e Gerson chegaram na metade do ano e parecem que já estavam no time há mais de 10 anos. Os três atletas, que vieram do futebol europeu, encaixaram-se perfeitamente ao estilo de jogo do treinador, que possuí uma versatilidade poucas vezes vistas no futebol nacional. Éverton Ribeiro, Rodrigo Caio e o espanhol Pablo Marí completam o esquadrão rubro-negro, ao lado de Willian Arão e Diego Alves.

É evidente que o grande responsável pela retomada do bom futebol flamenguista é o comandante português. Com intensidade nos jogos, o time do Flamengo tende a mandar no jogo, mantendo um ritmo elevado. Apesar de ter participado uma final continental nos últimos dois anos – decidiu a Sul-Americana em 2017, perdendo o título para o Independente da Argentina –, o tiem do Flamengo não chega a uma decisão de Libertadores há de 38 anos, no título de 1981, com Zico e companhia.

LEIA MAIS: O melhor ataque do Brasil – A trajetória do trio Rubro-Negro

O River Plate de Marcelo Gallardo

Se no lado brasileiro da final o Flamengo possuí um time galático, o River Plate tem o melhor treinador do futebol Sul-Americano. Não é exagero dizermos que o craque do clube veste terno e não entra em campo. No River desde 2014, Marcelo Gallardo conseguiu montar um time competitivo, chegando à sua terceira final de Libertadores em cinco anos.

Os “Millionarios”, como são conhecidos, são os atuais campeões. no entanto, iniciaram a competição de forma apática. Com apenas duas vitórias e quatro empates na primeira fase, os argentinos só conseguiram se classificar em segundo lugar. Nas oitavas de final eliminaram um Cruzeiro em crise, e mesmo assim foram dois jogos complicados, necessitando das defesas de Armani nos pênaltis.

Nas quartas de final o River Plate eliminou os paraguaios do Cerro Porteño. Na semifinal o adversário foi o Boca Júniors, adversário da final do ano passado. O Clássico argentino, um dos maiores do continente Sul-Americano, é sempre cercado de emoção, e não foi diferente neste ano. em casa, no Monumental de Nuñez, a supremacia foi grande, com vitória por 2 a 0, gols de Borré e Ignácio Fernandez. Na volta, em La Bombonera, derrota por 1×0. O River Plate consegue a vaga na diferença de gols.

O time de Gallardo conta com nomes fortes como Armani, titular da meta da seleção Argentina na Copa América. Casco e Montiel nas laterais, com ótimo apoio ofensivo e forte na recomposição defensiva. Na zaga a equipe conta com a juventude de Martinez Quarta e a experiência de Pinola. No meio de campo o jovem Palácios e o veterano Enzo Pérez formam a dupla de volantes com De La Cruz e Ignácio Fernandez mais à frente, na armação. O colombiano Borré e o centroavante Lucas Pratto comandam as ações ofensivas. Scocco, Matías Suárez e Quinteiro – recuperado de grave lesão no joelho – são as três principais opções no banco.

Depois de uma grande carreira como jogador, Marcelo Gallardo também faz história no clube do coração como treinador. O técnico está em busca de seu décimo segundo título, sendo o terceiro da Libertadores.

Tal sucesso já atrai interesse de clubes europeus. Caso levante a taça, as especulações de uma ida para o Barcelona podem aumentar, ou até mesmo se concretizar, repetindo o bom desempenho de treinadores argentinos no velho continente, como Mauricio Pochettino ou Diego Simeone.

LEIA MAIS: A relação do treinador Marcelo Gallardo com a Libertadores

Lima 2019: A Grande Final

Esta será a primeira decisão de Libertadores da América decidida em jogo único. Inicialmente a final aconteceria em Santiago, no Chile. No entanto, o país vive momento conturbado, com diversos protestos da população exigindo melhores condições sociais. Desta forma, a Conmebol transferiu o jogo para Lima, no Peru, acontecendo no Estádio Monumental.

Mas mesmo assim a entidade não pode fugir de uma polêmica: o responsável pelo Árbitro de Vídeo deu declaração que culminaram na sua substituição poucos dias antes do jogo. Diego Haro teceu elogios ao River Plate, demonstrando conduta anti-ética.

Flamengo e River Plate entrarão em campo às 17h deste sábado. A partida marcará o encontro de um Flamengo com super-elenco e um treinador europeu recém chegado ao Brasil, mas com grandes ambições. Epelo lado argentino a consagração de Gallardo, assumindo de vez o papel de maior ídolo do River Plate, elevando ainda mais o patamar do time.

Ficha do Jogo:

Motivo: Final da Libertadores da América 2019
Local: Estádio Monumental “U”, Lima, Peru
Data e Horário: Sábado, 23 de novembro – 17 horas (horário de Brasília)
Transmissão: REDE GLOBO e FOXSPORTS

Arbitragem: Roberto Tobar (CHI)
Auxiliares: Christian Schiemann (CHI); Claudio Rios (CHI)
Responsável pelo Árbitro de Vídeo – VAR: Esteban Ostojich (URU)

Prováveis Escalações:

Flamengo: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí, Filipe Luis; Willian Arão, Gerson; Éverton Ribeiro, Arrascaeta, Bruno Henrique; Gabriel “Gabigol” Barbosa – Jorge Jesus

River Plate: Armani; Casco, Martinez Quarta, Pinola, Montiel; Enzo Pérez, Palácios, De La Cruz, ignácio Fernandez; Borré, Lucas Pratto – Marcelo Gallardo

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