quinta-feira, 23 de março de 2017

O maior desafio de Tite

A Seleção foi da água para o vinho com a chegada de Tite. Seis vitórias em seis jogos pelas Eliminatórias, e já para dizer que “a Rússia é logo ali”. Mais do que isso, é visível a evolução tática e até mesmo técnica da equipe.

O caminho do novo técnico passou por adversários complicados, como o Equador, em Quito, ou a Argentina, em Belo Horizonte, mas o maior desafio do gaúcho à frente da Canarinho bate à porta.

Vice-líder com 23 pontos, quatro a menos do que o Brasil, o Uruguai é um importante teste. Venceu os seis jogos que realizou no qualificatório para o Mundial como mandante no místico Centenário, palco do duelo desta quinta-feira, e terá dois aliados no duelo válido pela 13a rodada: a torcida e o gramado.

Foto: Divulgação/AUF – Cavani é o artilheiro do braço sul-americano das Eliminatórias

Não é novidade alguma a paixão do uruguaio pelo futebol, tampouco sua forte relação com a equipe nacional. Promessa de casa cheia e pressão, como manda o script sul-americano. Já o gramado, por sua vez, tende a estar mais alto do que normalmente se vê na Europa ou nas novas arenas tupiniquins. Uma estratégia contra um time de bom passe e rápida transição.

Com a bola rolando a maior ameaça atende pelo nome de Edinson Cavani, que vive excelente forma. É o artilheiro das Eliminatórias, com oito gols em nove jogos. Pelo PSG é o dono da artilharia da Ligue 1, com 27 tentos em 28 partidas. Na temporada, somando seleção e clube, são nada mais nada menos do que 38 gols em 39 aparições.

Se por um lado há (muitos) motivos para comemorar a ausência de Luis Suárez, suspenso pelo segundo cartão amarelo, por outro significará um Uruguai mais preocupado em marcar e anular o meio-campo verde e amarelo. A tendência é Óscar Tábarez trocar o 4-4-2 em duas linhas pelo 4-1-4-1, apostando em uma marcação média e compacta para povoar o centro do campo e atravessar as linhas de passe do Brasil, forçando o passe longo. Casemiro e os laterais, neste caso, serão os primeiros alvos da marcação celeste.

Foto: Divulgação/CBF – Firmino terá a missão de substituir Gabriel Jesus

Mas os problemas não se resumem apenas à qualidade do rival. Pela primeira vez Tite não poderá contar com Gabriel Jesus, que trouxe movimentação e velocidade ao ataque, e é responsável por cinco dos 17 gols marcados desde a chegada do novo técnico. Caberá a Firmino a missão de substituir o garoto prodígio. Conseguirá manter o nível?

O duelo contra o Uruguai acontece em um bom momento. As seis vitórias seguidas dão uma boa gordura para o jogo em Montevidéu, o que arrefece qualquer tipo de pressão em caso de derrota, ainda mais com a classificação para a Copa do Mundo praticamente encaminhada. Um cenário, por incrível que pareça, estranho para a Seleção nos últimos anos.

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