terça-feira, 7 de março de 2017

Um novo Barça em busca do sonho (quase) impossível

Foto: Divulgação/UEFA – Messi é o motor da estrutura catalã

A partida de ida contra o Paris Saint Germain mostrou um Barcelona que não estamos acostumados a ver. Não apenas pelo resultado, um incomum 4 a 0, mas também pela postura da equipe catalã no Parque dos Príncipes. O time de Luis Enrique viu seu meio campo ser engolido pelos franceses.

Escalado em um bem alinhado 4-1-4-1 por Unai Emery, o PSG apostou na compactação das linhas, com uma marcação média, e povoou o setor de meio campo. Deu a bola para os zagueiros barcelonistas saírem jogando, mas anulou as linhas de passes. Limitando o campo de jogo a pouco mais de 20 metros, também não deu a opção da bola longa para os visitantes. Os contra-ataques, verticais e velozes, fizeram a diferença no confronto.

Foto: Reprodução/Youtube – Compacto, o 4-1-4-1 do PSG encaixotou o meio campo do Barça

É difícil pensar em crise num time vitorioso como o Barça, mas a derrota em solo francês trouxe uma forte turbulência ao Nou Camp. Era preciso um ponto de virada, trazer um fato novo à equipe, e foi justamente isso o que o técnico blaugrana fez. Após uma pouco empolgante vitória por 2 a 1 sobre o Leganés, em casa, com direito a gol no finalzinho, era hora de mudar a maneira de jogar.

O 4-3-3 deu lugar a um esquema com três zagueiros, variando entre o 3-4-3 e o 3-3-4. Sergi Roberto migrou para o meio campo, ao lado de Busquets e Iniesta. Rafinha ganhou um lugar na ponta direita, enquanto Neymar seguiu na esquerda. Suarez, por sua vez, é o centro-avante. E o Messi? Bom, La Pulga, como se pode imaginar, é o motor da estrutura, responsável pela variação da formação no campo ofensivo. Flutuando na faixa central, pode recuar para buscar o jogo, carregar a bola vindo de trás, como tanto gosta, ou se tornar um segundo atacante ao lado do uruguaio.

Foto: Arte/DPF – Messi tem mais liberdade no novo esquema blaugrana

A ideia é justamente dar liberdade ao camisa 10. Com dois pontas abertos praticamente nas linhas laterais e um homem de frente que exige atenção total da dupla de zaga, o argentino consegue jogar entre as linhas do adversário. Foi assim, por exemplo, que saiu o primeiro gol da vitória por 5 a 0 sobre o Celta de Vigo, na última rodada da La Liga. E tudo isso, claro, com alta intensidade e trocas de posição. Luis Enrique quer povoar o terço final, tirando a sobrecarga do meio campo, e confundir a marcação rival.

Com o novo sistema tático foram três vitórias, entre elas uma sobre o Atlético de Madrid em pleno Vicente Calderón, 13 gols marcados e apenas dois sofridos. Messi teve participação direta em sete tentos do Barça, balançando a rede em quatro oportunidades e dando três assistências.

Sem a bola, poucas mudanças. O objetivo inicial ainda é recuperá-la no campo de ataque. Quando não é possível, a transição defensiva se faz com duas linhas de quatro, com Sergi Roberto retornando à defesa. Mas tal postura ofensiva aumenta o risco de sofrer com os contra ataques. Um perigo para quem precisa de uma atuação perfeita nesta quarta-feira.

Diante do PSG, a expectativa é que o Barcelona aposte em uma blitz desde o início, povoando o campo de ataque e apostando em um jogo intenso e apoiado. A tarefa beira o impossível. Além de encarar uma equipe de qualidade e bem treinada, os catalães precisarão quebrar um tabu histórico. Nunca na história da UEFA Champions League uma equipe conseguiu reverter uma desvantagem de quatro gols no mata mata.

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