terça-feira, 3 de setembro de 2019

Timo Werner e o salto para a elite

Timo Werner se acostumou aos holofotes antes mesmo de completar a maioridade. E especialmente desde sua chegada ao RB Leipzig, as expectativas foram correspondidas à altura – os 55 gols em 96 jogos de Bundesliga falam por si só. Apesar de sua indiscutível qualidade, é fato que Werner ainda não pertence à prateleira dos grandes jogadores do mundo da posição. Ainda! Porque Werner está destinado a ser um world class. E o salto para a elite parece cada vez mais próximo.

A amostra ainda é pequena, mas Timo Werner faz o melhor início de temporada da vida. São cinco gols em três jogos, ou um gol a cada 47 minutos. Para se ter uma ideia, essa é a marca que Werner possuía em dez rodadas na Bundesliga passada. Na última sexta-feira, contra o M’Gladbach, o alemão chegou ao primeiro hat-trick da carreira.

É o início de temporada dos sonhos. Ou não, se lembrarmos que o atacante tinha outros planos para este arranque. Werner queria ser transferido para o Bayern de Munique. Entendia que era hora de finalmente jogar no gigante do país. No entanto, os dirigentes do clube bávaro jamais chegaram a um consenso sobre sua contratação. E mesmo depois das tentativas frustradas por Leroy Sané, preferiram fechar acordos por Ivan Perisic e Philippe Coutinho.

Foto: Budesliga Oficial

A única proposta oficial que chegou à mesa foi do Atlético de Madrid. Mas como Werner não queria sair da Alemanha, a disputa contratual entre o atacante e o Leipzig acabou com final feliz para o clube da Red Bull: o vínculo, que ia até o final de 2020, foi estendido até 2023.

A vontade de Werner não foi feita, mas a boa notícia é que a referida mudança de patamar não necessariamente depende de uma grande transferência. A chegada de Julian Nagelsmann ao comando técnico oxigenou as ambições do Leipzig. Não se sabe até que ponto a equipe será realmente capaz de lutar pelo título alemão, mas é inegável que as ideias do novo treinador criam um ambiente fértil para que Werner entre na conversa dos grandes.

Timo Werner é um jogador de muitas virtudes. Sua capacidade associativa é notável, bem como a mudança de ritmo digna de um Karl-Heinz Rummenigge. Isso para não falar de suas qualidades mais perceptíveis: a explosão e o olho para o gol, combinação que se configura em pesadelo para os adversários.

No Leipzig, Werner ainda se beneficia do tempo de entrosamento com jogadores como Sabitzer, Forsberg e Poulsen. A propósito, o dinamarquês é quem faz o “trabalho sujo” para Werner brilhar, vencendo duelos físicos e disputas aéreas para que o alemão tenha tempo e espaço para arrancar e/ou finalizar.

É bem verdade que, para ser um atacante de elite, Werner também precisará subir o nível na seleção da Alemanha. Não é fácil substituir um ícone como Miroslav Klose, assim como é um desafio se adaptar a um sistema tático diferente. Com Joachim Low, Werner joga sozinho no ataque. Porém, quando se trabalha diariamente com alguém como Nagelsmann, fazer diferentes funções (inclusive em um mesmo jogo) é um pré-requisito – e isso pode impulsionar ainda mais o amadurecimento do atacante.

Foto: reprodução – Timo Werner pela Alemaha

Na volta da Data Fifa, Werner e o Leipzig encaram o primeiro grande desafio da temporada: o Bayern de Munique. Tudo o que o atacante já fez na carreira é digno de um grande talento, mas jogos como esse podem pavimentá-lo de vez na elite mundial. E a julgar pelas primeiras impressões, esse potencial está pronto para ser extraído em sua totalidade.

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